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    Um presidente dos Estados Unidos quase foi assassinado por causa deste filme do Scorsese
    Nathalia Jesus
    Nathalia Jesus
    -Redatora e crítica
    Jornalista apaixonada por cinema, televisão e reality show duvidoso. Grande entusiasta de dramas coreanos e tudo o que tiver o dedo de Phoebe Waller-Bridge.

    Taxi Driver é um dos filmes mais memoráveis do cineasta — e tem uma história macabra causada após seu lançamento.

    Taxi Driver foi lançado em 1976 e é um dos filmes mais conhecidos da carreira de Martin Scorsese, também sendo um dos primeiros a marcar a longa parceria entre o cineasta e Robert De Niro. O longa-metragem foi indicado a quatro estatuetas do Oscar, sete prêmios no BAFTA e, para além da glória, também esteve no centro de um trágico acontecimento fora das telas.

    Inspirado pelos atos de Taxi Driver, um fã chamado John Hinckley Jr. tentou matar o presidente Ronald Reagan, o 40º presidente dos Estados Unidos. As ações foram impulsionadas por sua obsessão pela atriz Jodie Foster, que fazia parte do elenco do longa-metragem. Ele a perseguia em todos os lugares e até chegou a se inscrever no mesmo curso na faculdade em que a estrela estudava.

    John Hinckley Jr. assistiu Taxi Driver mais de 15 vezes, com o objetivo de se tornar parecido com Travis Bickle (Robert De Niro), o personagem que protegia a prostituta Iris Steensma, interpretada por Jodie Foster. No final do longa-metragem, Bickle tenta matar o presidente dos Estados Unidos durante um discurso, e é exatamente o que o fã obcecado tentou fazer na vida real. Em 30 de março de 1981, ele disparou seis balas contra Ronald Reagan, e uma delas atingiu o governante, enquanto o outro tiro acertou o secretário de imprensa James Brady na cabeça.

    Taxi Driver - Motorista de Táxi
    Taxi Driver - Motorista de Táxi
    Data de lançamento 22 de março de 1976 | 1h 55min
    Criador(es): Martin Scorsese
    Com Robert De Niro, Jodie Foster, Harvey Keitel
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    4,4
    Assistir em streaming

    Vale mencionar que Hinckley foi considerado inocente por motivo de insanidade e passou mais de 30 anos no St. Elizabeths Hospital, em Washington. Em 2022, o criminoso recebeu libertação condicional e concedeu entrevista ao CBS Mornings, se desculpando publicamente com as famílias de suas vítimas — o então presidente Ronald Regan, o secretário de imprensa James Brady, o agente do serviço secreto Tim McCarthy e o policial Thomas Delahanty — e "para Jodie Foster por trazê-la para isso".

    “Tenho verdadeiro remorso pelo que fiz”, disse Hinckley no CBS Mornings. “Eu sei que [as vítimas] provavelmente não podem me perdoar agora, mas só quero que saibam que sinto muito pelo que fiz.”

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