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    O filme de Christian Bale que irritou três países e foi censurado: nas bilheterias e na crítica também não se saiu muito melhor
    Nathalia Jesus
    Nathalia Jesus
    -Redatora e crítica
    Jornalista apaixonada por cinema, televisão e reality show duvidoso. Grande entusiasta de dramas coreanos e tudo o que tiver o dedo de Phoebe Waller-Bridge.

    Com Ridley Scott como diretor, Êxodo: Deuses e Reis não agradou a todos. As críticas o destruíram, mas há governos que o proibiram diretamente.

    Ridley Scott queria colocar as mãos no grande épico bíblico e, em junho de 2012, anunciou que estava desenvolvendo uma adaptação de Êxodo. Foi lançado dois anos depois sob o título de Êxodo: Deuses e Reis. Logo desde o início, enfrentou críticas daqueles que temiam que não fosse biblicamente preciso. Scott assegurou que iria se concentrar nas causas naturais dos milagres e no papel principal que teve Christian Bale, que também fez a sua parte pela controvérsia: "Acho que [Moisés] era esquizofrênico", disse.

    A atmosfera, portanto, já estava aquecida quando o filme foi lançado em 2014, mas o que Scott não esperava era que vários países proibissem sua projeção, diretamente. O longa-metragem se passa no Egito por volta de 1300 a.C. Moisés é enviado para o deserto por seu confidente mais próximo, o faraó Rhamses (Joel Edgerton), porque ele é de ascendência hebraica. Ele deve libertar o povo egípcio de centenas de anos de cativeiro de escravos e, para isso, ele deve se tornar um líder pronto para a batalha.

    Êxodo: Deuses e Reis
    Êxodo: Deuses e Reis
    Data de lançamento 25 de dezembro de 2014 | 2h 30min
    Criador(es): Ridley Scott
    Com Christian Bale, Joel Edgerton, John Turturro
    Imprensa
    2,9
    Usuários
    3,7
    Adorocinema
    3,0
    Assista agora em Disney +

    O fato de Ridley Scott ter optado pelas causas naturais que poderiam ter causado essas histórias bíblicas não agradou os governos do Egito e dos Emirados Árabes Unidos. Conforme afirmado pelo departamento de censura pública egípcia, o filme contém "inexcisões" que eles não queriam ver projetadas em suas telas de cinema. Enquanto a Bíblia revela que o Mar Vermelho foi separado por um milagre realizado por Deus, através de Moisés, a fita conta que ocorreu de um terremoto, algo que irritou certos setores.

    "Vimos que tem muitos erros não apenas sobre o Islã, mas também sobre outras religiões. Portanto, não será lançado nos Emirados Árabes Unidos", disse Juma Obeid Al Leem, diretora de monitoramento de conteúdo de mídia do Conselho Nacional de Mídia, no jornal local Gulf News.

    Este não foi o único problema. O Egito apontou que era um filme sionista. "Eles ofendem o Egito e sua antiga história faraônica, em outra tentativa de judaizar a civilização egípcia, confirmando as impressões digitais sionistas internacionais ao longo do filme", afirmou o ministério egípcio.

    A PERSONIFICAÇÃO DO DIVINO, INACEITÁVEL EM MARROCOS

    Outro país que não concordou muito com a visão de Scott foi o Marrocos. O Centro Cinematográfico Marroquino disse em um comunicado que uma cena específica era a culpada. Em um certo ponto, há um diálogo envolvendo uma aparição representando Deus. No Islã, qualquer representação figurativa de Deus é proibida.

    No começo, decidiram censurar o filme completamente. No entanto, depois de chegar a um acordo com Fox e Ridley Scott, os trechos que "aludem à personificação do divino" foram removidos.

    A censura também não foi a única questão. Os críticos o detonaram, garantindo que o filme não era tão épico quanto o esperado. Você tem que ter em mente que Scott é o único por trás do Gladiador e qualquer filme do gênero que ele faça será comparado a ele. Nesse sentido, Êxodo: Deuses e Reis está muito longe. Na bilheteria, os dados não eram muito melhores. O longa-metragem arrecadou 268 milhões de dólares, com um orçamento entre 140 e 200 milhões.

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