Em 2017, Christopher Nolan embarcou, pela primeira vez em sua carreira, no gênero cinematográfico de guerra. Com Dunkirk, o diretor de A Origem e Interestelar narra os destinos cruzados de soldados, pilotos, marinheiros e civis britânicos durante a Operação Dínamo em maio de 1940, que consiste na evacuação da Força Expedicionária Britânica, cercada por tropas alemãs na praia de Dunkirk, para a Inglaterra, em plena Segunda Guerra Mundial.
Como em todos os seus trabalhos, Nolan não economizou em Dunkirk. Graças a um orçamento de US$ 100 milhões, foi possível realizar gravações em uma escala épica que deu ao projeto uma sensação de extremo realismo. Principalmente porque havia muitos elementos reais nele: locações históricas, navios e aviões da época, além de 2 mil figurantes.
Vencedor dos Oscars de Melhor Edição, Melhor Edição de Som e Melhor Mixagem de Som, Dunkirk consegue ser tão impressionante que não deixa ninguém indiferente. Raramente a guerra foi contada de maneira tão envolvente.
O sucesso do longa entre os críticos é inegável e é comprovado por sua pontuação quase perfeita de 92% no Rotten Tomatoes. Mas também foi um sucesso comercial, com mais de US$ 525 milhões arrecadados mundo afora. Uma quantia que fez da obra de Nolan o filme da Segunda Guerra Mundial com a maior bilheteria internacional, atrás apenas de Sniper Americano, de Clint Eastwood, que faturou US$ 547 milhões.
Estrelado por Fionn Whitehead, Mark Rylance e Tom Hardy, Dunkirk também caiu nas graças de Quentin Tarantino, que não hesitou em lhe dar um incrível segundo lugar em seu ranking de principais filmes da década de 2010- 2020. A revelação foi feita durante uma entrevista ao podcast The Rewatchables.
Conforme explicado pelo diretor de Pulp Fiction, Bastardos Inglórios e Era Uma Vez. em... Hollywood, Dunkirk estava em sua lista desde o primeiro momento, mas foi subindo de posição a cada vez que reassistiu. "Eu tive uma experiência interessante com o filme nas primeiras vezes. Não sei o que pensei na primeira vez que o vi. Estava assimilando o espetáculo que me foi oferecido”, lembrou Tarantino.
“Eu gostei do filme, mas tanta pompa quase me deixou insensível à experiência”, continuou. “Na terceira ou quarta vez, você supera o estilo e percebe os truques do mágico. É uma sinfonia, tudo funciona”, completou Tarantino.