É um dos grandes fenômenos de bilheteria dos últimos anos. O filme, que gira em torno de um imenso monstro subaquático, conta com Jason Statham atuando como um rosto reconhecível com carisma e dominando os cinemas em todo o planeta. No entanto, nem tudo foi um mar de rosas para trazer Megatubarão para a tela grande, embora pareça o tipo de projeto que você faz sem pensar.
O filme foi dirigido por Jon Turteltaub, baseado no best-seller de Steve Alten, que aborda um tubarão pré-histórico de dimensões insondáveis. Foi lançado em 2018 de forma avassaladora, arrecadando mais de 530 milhões de dólares em todo o mundo. No entanto, foi uma odisseia adaptá-lo, com uma jornada que envolve muitos estúdios, cineastas e que dura 20 anos.
Na parte mais profunda do planeta, um grupo de pesquisadores está realizando uma expedição como parte de um programa internacional de vigilância subaquática. Assim, eles fazem a descoberta de suas vidas enquanto estão em grave perigo. Após terem sido atacados por uma criatura gigantesca que se acredita estar extinta, a tripulação ficou presa dentro do submarino danificado.
A expedição contratará um especialista em resgate em alto mar (Statham) para derrotar a ameaça imparável que se esconde no oceano: o mortal tubarão pré-histórico de 23 metros ancestral do grande tubarão branco, conhecido como Megadolon. Embora, o que ninguém imagina, é que o profissional já havia enfrentado esse perigoso predador no passado. Agora, ele terá que arriscar sua vida e enfrentar seus medos para cumprir sua missão antes que seja tarde demais.
O livro de Alten foi publicado no verão de 1997, mas antes disso já estava cativando a atenção de toda Hollywood. Houve uma guerra de lances no ano anterior à publicação, com a Disney assumindo os direitos e começando a mover a produção com o diretor Jan de Bont, que já havia assinado o sucesso Velocidade Máxima. Havia até modelos de como a criatura seria, mas nenhum convenceu o autor.
MEGATUBARÃO: DIREITOS DE PRODUÇÃO E UMA PETIÇÃO POR ASSINATURAS
Essas diferenças causaram a saída de De Bont, e a Disney finalmente esfriou o projeto antes do lançamento iminente de Do Fundo do Mar, que iria consumir sua participação de mercado. Não conseguindo preparar um outro longa-metragem antes do filme rival, eles decidiram parar tudo. Alten acabou recebendo os direitos de adaptação dele em 2002 e tentou reviver o interesse do estúdio. Através de sua comunidade de fãs online, fez uma petição por assinaturas que chegou a 65.000 para tentar mostrar que havia interesse em um filme.
Em 2004, vendeu o projeto novamente, desta vez com um roteiro escrito por ele mesmo, para a New Line, e Guillermo del Toro assumiria a responsabilidade de dirigi-lo. No entanto, o orçamento estava ultrapassando 100 milhões, o que gerou ansiedade para o estúdio, que exigiu um novo roteiro. O mexicano perdeu o interesse e o projeto acabou sendo cancelado porque, supostamente, o público não estava interessado em filmes de desastre pós 11 de setembro.
Alten recuperou os direitos novamente e novamente recorreu aos fãs nas redes para que o projeto não morresse completamente. Em 2013, foi iluminado pela Warner Bros., com Turteltaub dirigindo. O filme terminou de ser filmado em janeiro de 2016, mas a pós-produção e planejamentos de marketing atrasou o lançamento até 2018.