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    "Abusei de mim mesma": Florence Pugh chegou ao limite para atuação em filme de terror perturbador
    Bruno Botelho dos Santos
    Bruno Botelho dos Santos
    -Redator | crítico
    Bruno é redator e crítico do AdoroCinema, que divide seu tempo na cultura pop entre tomar susto com os mais diversos filmes de terror, assistir os clássicos do cinema ou os grandes blockbusters e enaltecer o trabalho de David Lynch e Stanley Kubrick.

    Um dos primeiros papéis de destaque da Florence Pugh no cinema foi em Midsommar (2019), filme terror perturbador comandado por Ari Aster.

    É comum que os atores de Hollywood se dediquem completamente e mergulhem na mente dos personagens que eles irão interpretar no cinema e na TV. Um desses casos aconteceu com Florence Pugh, que "abusou de si mesma" para interpretar a protagonista de Midsommar - O Mal Não Espera a Noite (2019), elogiado terror de Ari Aster.

    Em Midsommar - O Mal Não Espera a Noite, após vivenciar uma tragédia pessoal que a deixou em estado de luto, a estudante de psicologia Dani (Florence Pugh) parte com seu namorado tóxico Christian (Jack Reynor) e um grupo de amigos até a Suécia para participar de um festival local de verão. Mas, ao invés das férias tranquilas com a qual todos sonhavam, o grupo vai se deparar com rituais bizarros de uma adoração pagã.

    Florence Pugh abusou de si mesma durante filmagens de Midsommar

    A24

    Em entrevista ao podcast “Off Menu”, Florence Pugh foi sincera sobre o que ela fez para apresentar sua personagem psicologicamente devastada de Midsommar, Dani. "Quando fiz isso, estava tão envolvido com ela e nunca tive isso antes com nenhum dos meus personagens. Eu nunca tinha interpretado alguém que estava com tanta dor antes, e eu me colocaria em situações realmente ruins que talvez outros atores não precisem fazer, mas eu estaria apenas imaginando as piores coisas", explica a atriz sobre o papel na produção.

    "A cada dia, o conteúdo ficava mais estranho e difícil de fazer. Eu estava colocando coisas na minha cabeça que estavam ficando piores e mais sombrias. Acho que no final eu provavelmente, definitivamente, abusei de mim mesma para conseguir essa performance."

    Depois que as filmagens de Midsommar terminaram, Florence Pugh partiu imediatamente para o set de Adoráveis Mulheres (2019), filme de Greta Gerwig que lhe rendeu uma indicação ao Oscar como Melhor Atriz Coadjuvante. Mesmo assim, a atriz confessa que sentiu "imensa culpa" por deixar para trás essa personagem. "Lembro-me de olhar [para fora do avião] e sentir imensa culpa porque senti como se a tivesse deixado naquele, campo naquele estado [emocional]. Isto é tão estranho. Eu nunca tive isso antes".

    "Obviamente, isso é provavelmente uma coisa psicológica onde eu senti imensa culpa pelo que eu fiz, mas eu definitivamente senti como se a tivesse deixado lá naquele campo para ser abusada... quase como se eu tivesse criado essa pessoa e depois a deixei lá para fazer outro filme"

    Midsommar - O Mal Não Espera a Noite
    Midsommar - O Mal Não Espera a Noite
    Data de lançamento 19 de setembro de 2019 | 2h 27min
    Criador(es): Ari Aster
    Com Florence Pugh, Jack Reynor, Will Poulter
    Imprensa
    3,2
    Usuários
    3,2
    Adorocinema
    4,0
    Assistir em streaming

    Sua atuação em Midsommar acabou sendo bastante elogiada e, ao lado de Adoráveis Mulheres, foi o papel que alavancou sua carreira em Hollywood. Depois disso, a atriz entrou para o Universo Cinematográfico Marvel em Viúva Negra (2021), interpretando Yelena Belova, e ainda apareceu em O Milagre (2022), Não Se Preocupe, Querida (2022) e Gato de Botas 2: O Último Pedido (2022). Seus próximos projetos serão lançados ainda neste ano: Oppenheimer, novo filme de Christopher Nolan, e Duna: Parte Dois. Ela ainda retorna ao MCU em Thunderbolts, previsto para 2024.

    Enquanto isso, a mente perturbada de Ari Aster retorna aos cinemas com Beau Tem Medo estrelado por Joaquin Phoenix e previsto para 20 de abril, descito como um terror surreal. Antes de Midsommar, seu primeiro filme foi o aclamado Hereditário (2018).

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