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    Homem-Formiga 3: Antes de Quantumania, confira 5 motivos que provam o quanto a Fase 4 do MCU foi boa
    Diego Souza Carlos
    Apaixonado por cultura pop, latinidades e karê, Diego ama as surpresas de Jordan Peele, Guillermo del Toro e Anna Muylaert. Entusiasta do MCU, se aventura em estudar e falar sobre cinema, TV e games.

    Com Jonathan Majors no papel de Kang, terceiro filme de Scott Lang vai iniciar uma nova etapa no Universo Cinematográfico da Marvel.

    Para os amantes da Casa das Ideias, a estreia de Homem-Formiga e a Vespa: Quantumania é um importante evento dentro do Universo Cinematográfico da Marvel. Não se trata apenas do “filme mais importante” desde Vingadores: Ultimato, segundo Kevin Feige, mas também é o início da Fase 5 deste emaranhado de produções audiovisuais.

    Para adentrar nessa nova etapa do estúdio, que terá, enfim, o aguardado antagonismo de Kang, o Conquistador (Jonathan Majors) e suas diversas variantes, é válido fazer uma pausa para relembrar alguns pontos importantes da última trajetória da Marvel até aqui.

    Na internet, há um debate acerca da força da Fase 4 dentro MCU. Para muitos, ela foi uma das mais fracas, mas longe deste senso comum há uma variedade interessante de pontos apresentados em séries e filmes que apresentam interessantes “respiros” dentro da fórmula já conhecida pelos projetos da marca.

    Iniciada de maneira promissora em janeiro de 2021, com WandaVision, a última saga conta com produções icônicas como Loki, Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis, Cavaleiro da Lua, Doutor Estranho no Multiverso da Loucura, Homem-Aranha: Sem Volta Para Casa, Ms. Marvel e muito mais.

    Foram 18 produções em dois anos, uma sequência massiva de lançamentos que, de acordo com o The Hollywood Reporter, deve ser alterada no futuro da Marvel. Segundo o veículo, nos próximos anos serão lançados menos projetos a fim de evitar a saturação do gênero, bem como focar na qualidade de tudo o que for distribuído daqui em diante.

    Antes, durante ou depois de conferir a terceira aventura solo de Scott Lang (Paul Rudd), confira cinco pontos que provam que a Fase 4 do MCU não foi tão ruim quanto pintam por aí.

    Introdução de novos personagens e fortalecimento de antigos

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    Se há algo extremamente promissor na Fase 4 do MCU é a introdução de inúmeros personagens vindos diretamente dos quadrinhos. Não apenas os principais heróis de cada edição, como Mulher-Hulk, Ms. Marvel, Shang-Chi, Namor, os Eternos e Cavaleiro da Lua, mas coadjuvantes que se tornaram queridinhos dos fãs mesmo com curto período de tela.

    Destes heróis ou apenas personagens secundários, Agatha Harkness é uma das mais importantes para o campo mágico da Marvel e pela excelente performance de Kathryn Hahn, ela ganhará uma série solo em breve, Agatha: Coven Of Chaos.

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    Entre outros que encantaram o público, há ainda Joaquin Torres (Danny Ramirez), que deve assumir o manto de Falcão em Capitão América 4: Nova Ordem Mundial, Sylvie (Sophia Di Martino), a variante de Loki, Katy (Awkwafina), Cavaleiro Negro (Kit Harington), Lobisomem (Gael Garcia Bernal), Elsa Bloodstone (Laura Donnelly), entre outros.

    Além da apresentação de novos rostos ao MCU, a Fase 4 também foi responsável por expandir a narrativa de super-heróis e vilões que não estavam exatamente nos holofotes durante a Saga do Infinito.

    As produções possibilitaram um mergulho nas vidas, angústias e motivações de personagens que fizeram parte das aventuras dos Vingadores, mas não dispuseram de muito tempo de tela no passado. Wanda Maximoff, Falcão, Soldado Invernal, Loki , Viúva Negra e Gavião Arqueiro tiveram novos desdobramentos com a etapa.

    Diversidade

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    É inegável que nas três primeiras fases do Universo Cinematográfico da Marvel, o destaque era dado principalmente para super-heróis homens e brancos. Na formação inicial dos Vingadores, apenas Viúva Negra representava as mulheres. Posteriormente, outras heroínas se juntaram às aventuras em Guardiões da Galáxia ou em outros projetos, mas foi apenas em 2019, mais de dez anos após o início do MCU, que uma heroína ganhou um filme solo: Capitã Marvel.

    Quando o assunto é diversidade racial, também foram poucos representantes ao longo dos anos, com a principal mudança dada pelo lançamento de Pantera Negra, que não apenas apresentou um elenco e uma equipe majoritariamente negros, mas também fez parte de um movimento racial importante para a mudança da cultura em Hollywood.

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    Há dois anos, a Marvel tem dado prioridade a histórias que representam, sim, a força, a origem e os desafios de ser um super-herói nos tempos de hoje, mas sob perspectivas diversas. Há a primeira heroína muçulmana da editora em uma aventura de amadurecimento dificilmente vista desta maneira no estúdio, há o primeiro protagonista asiático em um filme do gênero com Shang-Chi, em que houve um efeito representativo semelhante ao do longa estrelado por Chadwick Boseman. Agora, há também casais LGBTQIAP+ em diversos filmes e séries, algo dificilmente visto na primeira década do estúdio. Há mais cores, tons e linguagens nessa etapa do estúdio.

    Uma das responsáveis por essa toada de inclusão é Victoria Alonso, presidente de produção física, pós-produção, efeitos visuais e animação da empresa. “Eu acho que é importante ouvir constantemente o que os fãs estão dizendo”, disse a executiva que integra a comunidade LGBTQIAP+. “Há algo realmente mágico em ser vista”.

    “Você não precisa de uma capa, martelo ou escudo. Sua superpotência é a sua voz, e sua voz vai criar a mudança para si mesmo, para a sociedade e para aqueles que você ama”, disse anteriormente. “Se você usar sua voz, você vai criar o tipo de energia que vai trazer a mudança para nós. E não usar a sua voz significa silêncio, e o silêncio é um veneno.”

    Aclamação da crítica

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    Levando em consideração as avaliações do Rotten Tomatoes, portal que reúne críticas de diversos veículos da mídia especializada, as produções variam entre 98% e 47% de aprovação. O baixo número, que surge apenas uma vez na lista, está relacionado a Eternos, que recebeu amargas críticas da imprensa.

    No mais, há certa aclamação das produões da Fase 4, com Ms. Marvel (98%), Loki (94%), What If...? (94%), Guardiões da Galáxia: Especial de Festas (93%), WandaVision (91%), Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis (91%) e Lobisomem Na Noite (90%) ganhando mais destaque positivo na lista. No geral, as produções agradaram a maior parte do público e da crítica.

    Experimentação de gêneros

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    Outro ponto interessante a ser observado na Fase 4 do MCU é a experimentação. Depois de receber longas críticas sobre a “fórmula Marvel”, o estúdio se dedicou a testar novas possibilidades narrativas. Isso pode ser visto na produção inaugural da etapa, WandaVision. A série homenageia a história das comédias norte-americanas utilizando a linguagem televisiva de cada uma, algo extremamente elogiado durante a exibição da trama.

    No gênero do terror, Sam Raimi e Michael Giacchino conduzem Doutor Estranho no Multiverso da Loucura e Lobisomem na Noite, respectivamente. São dois projetos que flertam com diversos elementos de horror e, enfim, dão um fôlego entre as antigas histórias convencionais.

    Ms. Marvel é uma série teen, com o fator especial de apresentar as origens e uma aventura enriquecedora no universo cultural e místico de Kamala Khan e sua amável família. Enquanto isso, duas produções de Natal marcam a etapa: Guardiões da Galáxia - Especial de Natal e Gavião Arqueiro.

    No mais, entre as dezoito produções, há thrillers de ação e espionagem, há comédias de ação e de tribunal, tramas familiares, histórias assombrosas de terror, produções adolescentes, longas com tom de guerra e muito mais. Bem-vinda ou não, a experimentação permeou a Fase 4 ao longo dos últimos anos.

    Séries e novas linguagens

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    A Fase 4 inaugurou a junção de séries ao Universo Cinematográfico da Marvel. Desde 2021, o Marvel Studio tem produzido projetos seriados para o Disney+ que integram o emaranhado de filmes da Casa das Ideias.

    Inicialmente, o intuito era justamente explorar outros lados do MCU, assim como ter mais tempo para contar histórias mais intimistas, que não necessariamente tinham características para ir aos cinemas. No entanto, como dito acima, o excesso talvez tenha sido um problema para a empresa e agora os planos envolvem uma desaceleração de projetos como esses.

    Ao lado das atrações feitas para o streaming, o estúdio também passou a desenvolver programas especiais. O formato foi inaugurado com Lobisomem na Noite, um média-metragem com aproximadamente 55 minutos, que apresenta o lado sobrenatural da editora. Essa é uma oportunidade de contar breves histórias dentro deste vasto universo de super-heróis.

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