Ao longo da história, diversos monstros gigantes fizeram sucesso conquistando – e aterrorizando – o público nas telas dos cinemas e é impossível falar sobre o gênero sem se lembrar do King Kong. Um dos maiores clássico do cinema, lançado em 1933, o longa está disponível no catálogo do HBO Max e é uma ótima opção para quem quer entender de onde vieram as inspirações para outros filmes e cineastas que fizeram sucesso décadas depois.
King Kong acompanha a história de um famoso diretor de cinema que está com dificuldades para encontrar uma atriz que possa estrelar sua próxima produção, já que nenhuma artista quer ir filmar em um lugar não revelado. Ele, então, decide dar um jeito no problema por conta própria e começa a andar pelas ruas, até que encontra uma jovem que aceita o emprego imediatamente, com objetivo de ganhar dinheiro e melhorar suas condições de vida.
A aventura, então, começa quando a equipe vai viajar para uma ilha desconhecida, habitada por nativos que oferecem “noivas” para um macaco gigantesco chamado Kong. Enquanto o animal começa a desenvolver sentimentos pela atriz, a equipe luta para capturá-lo e levá-lo à cidade de Nova York, onde querem exibi-lo ao público.
Dirigido por Merian C. Cooper e Ernest B. Schoedsack, o filme expõe uma notável habilidade no molde do visual do gorila e de outros monstros escolhidos para a história – e foi um dos usos mais antigos e proeminentes da animação em formato stop-motion. Seu uso é inteligente e criativo, dando uma escala especial à criatura que dá nome ao filme e causando impacto em cineastas como Peter Jackson, que comandou um remake de King Kong mais de 70 anos depois.
King Kong: Um dos “monstros” mais humanos do cinema
O que torna King Kong um filme tão marcante não é apenas a façanha técnica realizada, mas a visão profundamente humana que dá a seu “monstro”. Em vez de ser desenhado como uma criatura aterrorizante puramente bestial, Kong é apresentado a nós como um animal com sentimentos genuínos, que o faz encontrar sua maneira de proteger a atriz interpretada por Fay Wray e de atacar quando ameaçado – é quando submetido à violência e à exploração que ele revela seu poder animalesco.
Embora, é claro, o filme tenha se tornado obsoleto em termos de tecnologia - afinal, já se passaram 90 anos desde que chegou aos cinemas -, King Kong influenciou a indústria na décadas seguintes, como a produção de Jurassic Park. Não à toa, a importância cultural do filme de 1933 o tornou um dos longas da National Film Registry, uma seleção de filmes preservados na biblioteca do Congresso Americano.