Jack Nicholson tem um currículo louvável, já tendo estrelado em O Iluminado, de Stanley Kubrick, o Coringa em Batman, de Tim Burton, Um Estranho no Ninho e Os Infiltrados. Já se passou mais de uma década desde que se aposentou da atuação, mas ao longo de sua carreira de quase cinco décadas, o ator desempenhou muitos papéis icônicos em filmes lendários.
O intérprete, cujo último filme foi a comédia romântica Como Você Sabe, em 2010, também ganhou três Oscars: em 1998, com Melhor é Impossível, em 1984, com Laços de Ternura, e em 1976, com o já mencionado Um Estranho no Ninho.
Porém, no início da década de 1970, o ator americano poderia ter acrescentado à sua lista um personagem incrível, uma vez que já começava a se destacar com trabalhos como Sem Destino. É por isso que Francis Ford Coppola teria oferecido a ele um dos papéis que acabaria fazendo história no cinema.
Como o próprio Nicholson confessou em entrevista para o Movieline em 2004, Francis Ford Coppola ofereceu-lhe o papel de Michael Corleone em O Poderoso Chefão, personagem que acabaria por parar nas mãos de Al Pacino, ganhando projeção internacional.
Na época, pensei que os indianos deveriam interpretar os indianos e os italianos deveriam interpretar os italianos.
"Mario Puzo escreveu um livro tão bom que, se você o ler novamente, verá muito do que há de especial no filme. Muitos atores poderiam ter interpretado Michael, inclusive eu, mas Al Pacino era Michael Corleone. Eu não consigo pensar em elogio melhor para lhe fazer", disse, explicando na entrevista por que havia rejeitado o papel.
Al Pacino nasceu em Nova York em 1940, embora sua ascendência, por parte de pai e mãe, seja siciliana. No lugar de Michael Corleone em O Poderoso Chefão, considerado um dos maiores filmes de todos os tempos sem discussão, Jack Nicholson escolheu outro filme, um dos que provavelmente é um dos menos conhecidos de sua carreira: O Rei da Ilusão, de Bob Rafelson.Nele, ele interpretou David Staebler, um apresentador de rádio que ajudou seu irmão a dar início a um golpe.
O filme não foi a primeira colaboração entre Nicholson e Rafelson e sua recepção não foi absolutamente negativa, mas está longe de ser comparada a O Poderoso Chefão. No entanto, o ator nunca precisou se arrepender de sua decisão, já que fez o que acreditava e não colocou em risco sua promissora carreira.