O novo filme de suspense da Netflix mistura tudo o que tem feito mais sucesso na plataforma: uma trama de True Crime - na esteira de Dahmer: Um Canibal Americano - e um elenco recheado de estrelas: a Netflix tem investido alguns milhões em suas últimas produções, para trazer nomes cada vez mais relevantes em produções cada vez mais caras. Em O Enfermeiro da Noite, temos os ganhadores do Oscar Eddie Redmayne e Jessica Chastain vivendo uma perturbadora história, que de tão trágica, é até difícil de imaginar que possa ser real.
Qual é a história de O Enfermeiro da Noite?
O filme conta a eletrizante história da perseguição a Charles Cullen (Eddie Redmayne), quando sua companheira de trabalho Amy Loughren (Jessica Chastain) começa a desconfiar de sua conduta profissional, após uma investigação começar dentro da enfermaria da instituição de saúde.
Os dois enfermeiros compartilhavam longos plantões durante a madrugada e acabaram ficando próximos como amigos. Mas quando acusações começam a surgir, Amy é forçada a arriscar sua vida e a segurança de seus filhos para descobrir a verdade sobre o enfermeiro assassino, que matava os pacientes induzindo-os a uma overdose de medicamentos.
Baseado no livro homônimo de Charles Graeber, o serial killer realmente existiu, e só foi capturado em 2003, em Nova Jersey, EUA.
A História Perturbadora (e real) de Charles Cullen
O verdadeiro Charles Cullen começou a matar seus pacientes logo no início de sua carreira na enfermagem, em 1987, e como sentiu-se impune, continuou matando pacientes, ao que as investigações indicam, por mais de uma década e meia, sempre em muitos hospitais diferentes. Assim que seus atos começavam a levantar suspeitas, ele era demitido, porém nunca investigado ou denunciado - os próprios administradores dos hospitais evitavam se comprometer.
Mas, quando ele começou a trabalhar com Loughren, no hospital Somerset Medical Center, sua sequência de assassinatos macabra precisou chegar ao fim. Assim que ela começou a suspeitar dos atos do colega, se tornou uma informante da polícia e auxiliou na investigação, além de ter sido essencial para conseguir uma confissão do criminoso. Charles admitiu em um primeiro momento, 29 assassinatos, mas eventualmente disse aos investigadores que, na verdade, o número poderia chegar a 40. Charles foi condenado à prisão perpétua, em 2003.
Com a publicação do livro de Charles Graeber, em 2014, no qual o filme se baseia, a história cruel voltou à tona, e o autor revelou que, durante a pesquisa do seu livro, Cullen disse aos investigadores que ele buscava de três a quatro vítimas por semana. Se esse número for real, multiplicado pelos 16 anos em que Cullen trabalhou em hospitais, o número de mortes pode passar de 400, o que o torna o pior serial killer da história.