Venom 3, dirigido por Kelly Marcel, encerra a trilogia com uma abordagem cômica e despreocupada, mas a promessa de uma despedida épica e um embate com um vilão imponente como Knull acabam ficando aquém do esperado. O filme brinca com o tom de despedida e assume um lado mais galhofa, onde as risadas surgem de interações leves entre Eddie e Venom. É, no entanto, uma abordagem que pode deixar o público dividido.
A trama estabelece logo de início uma expectativa de que Knull trará uma ameaça à altura, mas essa promessa é frustrada pela pouca presença do vilão e pela ausência de um conflito realmente marcante. Mesmo quando o roteiro tenta evocar um clima de fim de jornada, a história evita se comprometer, e a Sony deixa claro que esta pode não ser a última vez que vemos Eddie e Venom. Em cenas de ação, o filme prefere tons escuros para disfarçar o que parecem ser limitações nos efeitos visuais, o que compromete o impacto das batalhas.
Embora Venom 3 consiga ser mais divertido que seu antecessor, seu ritmo é comprometido por subtramas paralelas e um roteiro que se perde em tentar equilibrar comédia e drama, resultando em uma experiência inconstante. Fãs que buscam um bom entretenimento podem se satisfazer com o tom leve, mas aqueles que esperavam um confronto mais intenso ou uma despedida definitiva poderão sair desapontados.
Por fim, o filme ainda faz acenos para futuros projetos no Aranhaverso, deixando pontas soltas e sugerindo que mais personagens e vilões podem estar a caminho. No entanto, apesar das referências, continua a incerteza sobre quando – ou se – o Homem-Aranha dará as caras nesse universo. Venom 3 fecha a trilogia de maneira leve e divertida, mas falta o impacto que tornaria essa “última rodada” realmente memorável.