Entre os três filmes, "Um Lugar Silencioso: Dia Um" se destaca pela abundância de cenas de ação, pelo uso habilidoso dos efeitos visuais e pela utilização da sonoridade como elemento narrativo primordial, especialmente por sua localização em Nova York. Este filme apresenta certas limitações que contribuem para a atmosfera de suspense e angústia, como a personagem interpretada por Lupita Nyong'o, que possui algumas limitações físicas e é acompanhada por um gato, frequentemente catalisador das principais cenas de ação, gerando um senso de urgência e claustrofobia ao longo da trama. Destaque também para Joseph Quinn, que impressiona ao demonstrar carisma em cena e uma química notável ao lado de Lupita, embora a profundidade dessa interação pudesse ter sido mais explorada.
No entanto, o terceiro filme da franquia, lamentavelmente, não consegue superar seus predecessores. Isso não significa que seja um filme ruim, mas a comparação com os anteriores é inevitável. Enquanto "Um Lugar Silencioso: Dia Um" carece de um desenvolvimento narrativo mais sólido e aprofundado nas relações, as interações parecem ocorrer de forma superficial e apressada. Michael Sarnoski, diretor e roteirista do filme, demonstra sua habilidade na direção, especialmente nas cenas de ação e efeitos visuais. No entanto, o enfoque parece ter sido mais nas sequências de ação do que na construção dramática que poderia enriquecer as interações entre os personagens e a complexidade da trama, o que ficou aquém das expectativas.
"Um Lugar Silencioso: Dia Um" se revela essencial para a franquia, evidenciando o potencial de expansão desse universo, seja por meio da introdução de novos personagens ou da ambientação em diferentes épocas. O filme cumpre seu propósito de entreter o espectador com cenas envolventes de suspense e ação, ampliando o universo de "Um Lugar Silencioso", com uma atuação inspirada de Lupita Nyong'o e a ascensão do carismático Joseph Quinn.