Média
4,2
112 notas
Você assistiu Pixote - A Lei do Mais Fraco ?
5,0
Enviada em 11 de abril de 2016
O filme te prende do início ao fim devido a realidade exposta sobre a criminalidade infantil.
Deixa a questão da maioridade penal, visto que, os menores entram no mundo do crime por fatos decorrentes da vida, porém abusam do direito dado aos menores, pois logo ao atingirem a maioridade sua ficha criminal será limpa.
Destaca-se pela exploração do menor no mundo do crime, a realidade nua e crua sobre os problemas enfrentados dentro o fora da penitenciária infantil.
Não deixando de comentar sobre o elenco marcante que se destaca pelas atrizes: Marília Pera e Elke Maravilha.
4,0
Enviada em 31 de dezembro de 2022
Ao assistir Carandiru, também do diretor Hector Babenco, receava a retratação nua e crua da violência na extinta maior penitenciária da América Latina.

É curioso como Babenco desconstruiu minhas expectativas, pois em Pixote, ambientado em um centro socioeducativo para menores infratores, a representação da violência do cotidiano dos menores marginalizados é muito mais realista.

Filme visceral, que nos desencanta em relação ao sistema de reintegração social brasileiro, promete incomodar e impactar. É com certeza um filme que não se esquece após os créditos.
5,0
Enviada em 29 de fevereiro de 2024
“Pixote” não é apenas um filme, é um soco no estômago da realidade brasileira. 👊🏽

Uma narrativa crua e visceral que te prende do início ao fim, te jogando na dura vida de crianças abandonadas à própria sorte.

Pra mim, a cena com Marília Pera e Fernando Ramos, chamada de "A Regressão" é um clássico mundial, um retrato dilacerante da miséria humana.

É um filme que te faz pensar, te revoltar, te emocionar. 🥹

Um drama potente que se transforma em thriller, com um roteiro impecável e atuações memoráveis.

“Pixote”, para mim, foi um tapa na cara, um lembrete cruel do país que desampara suas crianças.

Impossível de esquecer.

𝘗𝘚.: 𝘕𝘢̃𝘰 𝘵𝘦𝘯𝘩𝘰 𝘧𝘰𝘳𝘮𝘢𝘤̧𝘢̃𝘰 𝘦𝘮 𝘤𝘪𝘯𝘦𝘮𝘢. 𝘔𝘪𝘯𝘩𝘢 𝘰𝘱𝘪𝘯𝘪𝘢̃𝘰 𝘦́ 𝘮𝘰𝘷𝘪𝘥𝘢 𝘱𝘦𝘭𝘰 𝘢𝘧𝘦𝘵𝘰! 😌
4,5
Enviada em 1 de outubro de 2013
Um dos melhores filmes (brasileiro) de todos os tempos. A história aborda o problema do menor abandonado no Brasil com bastante propriedade.
3,5
Enviada em 11 de julho de 2014
Então... realmente, o filme trata de uma realidade que após 30 anos ainda pertence ao Brasil, mas...
será que não foi realista demais?
Violência, morte, estupro, pedofilia, prostituição...
É muita informação negativa, é pesado demais...
Atores que hoje são consagrados na teledramaturgia brasileira como Marília Pera, Elke Maravilha,Rubens de Falco...que fazem ou fizeram parte da vida de todos nós, em papéis tão baixos....
Não sou crítica, longe disso, apenas estou manifestando a minha singela opinião, por incrível que pareça, assisti o filme na Globo, no Corujão de 10/07/2014, nunca imaginei assistir um filme assim, fiquei realmente chocada e sem mais palavras.
2,5
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
Maravilhoso. O Fernando da um show de interpretação para um moleque tirado das ruas de São Paulo. Respondendo a critica que teve nota "2" é tão bom porque mostra a realidade em que nós vivemos! A realidade é isso aí, pesada, isso faz o filme ser interessante à maioria, apesar de só a minoria ter acesso ao cinema."
Dona buce

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5,0
Enviada em 2 de janeiro de 2024
Tudo de ruim que se pode imaginar na sociedade tá nesse filme. Incrivelmente me traumatizou de várias formas, mas ainda recomendo para todos... p ver como a vida pode ser cruel. Tem um filme brasileiro que já vi também que relata sobre a experiência de um adolescente dentro de um manicômio por ser viciado em drogas, mas nada se compara ao terror que foi Pixote. A cada minuto eu clicava na tela para ver quando iria acabar essa coisa. Sem desmerecer esse claramente, o trabalho árduo para deixar tudo realista merece conhecimento sim!! Eu acho que só poderei falar isso, até porque eu iria dar spolier. Enfim, vejam... mas plmds, preparem seus psicólogos.
5,0
Enviada em 31 de maio de 2020
Em se tratando de grandes realizadores da sétima arte, podemos dizer que o Brasil possui ótimos nomes e, sem medo de errar, pelo menos uma dezena deles não faria feio em qualquer outra parte do mundo em que ousassem desbravar. Um caso em especial chama a atenção, pois apesar de ser argentino de nascimento, escolheu o Brasil como sua pátria, e vem desde o seu primeiro trabalho enriquecendo ainda mais o acervo cinematográfico de nosso país.
Falo de Hector Babenco, que produziu desde trabalhos grandiosos como “Carandiru” e “Brincando nos Campos Do Senhor” a outros de cunho mais intimistas como “Coração Iluminado” e “O Beijo da Mulher Aranha”.
Entre os trabalhos de Babenco, um que possui enorme destaque, inclusive internacional é “Pixote – A Lei Do Mais Fraco”, que aborda uma realidade tida como crônica em nosso país até os dias de hoje. O filme é cheio de cenas antológicas e não poupa o espectador de momentos fortes - e muitos desses momentos, são vividos de forma peculiar por Fernando Ramos da Silva, que dá vida ao personagem do título. Curiosidade que vale frisar é que Babenco se utilizou de vários atores não profissionais (Fernando é um deles), misturados a outros já com muito prestígio e reconhecimento na TV, cinema e teatro (Jardel Filho, Marilia Pera e Toni Tornado).
O diretor já evidência de início o que nos espera, em uma espécie de “prefácio realista e contestador”, onde faz um rápido discurso utilizando de pano de fundo a própria realidade (nua e crua!), onde vivem os personagens retratados no filme.
Naquela época ainda vivíamos em regime autoritário em que as expressões artísticas eram pautadas por uma censura escancarada. Mas Podemos afirmar com toda certeza que hoje a maioria das cenas apresentadas no filme, seriam sumariamente “limadas” em nome de uma moral sustentada por uma hipocrisia sem precedentes (mesmo não havendo uma censura declarada). E são exatamente essas cenas, contidas em abundância na película, que enriquecem a fita e dão o tom poético necessário para se atingir o “status” de obra de arte. A “liberdade” nesse processo é tida como o grande condutor, pois uma das mais emblemáticas cenas, onde Sueli (Marília Pera), amamenta Pixote e depois o rejeita, é uma das mais fortes e belas expressões artísticas já vista no cinema.
Na realidade o que o diretor fez, foi pegar a difícil realidade vivida por aqueles garotos, e dar cores cinematográficas, não com o intuito de deixá-la mais aceitável, mas para evidenciar ainda mais a sensação de impotência/ indiferença por parte de nossa sociedade.
5,0
Enviada em 10 de setembro de 2013
Um Triunfo de sensibilidade e crueza!!!

A crítica Pauline Kael ficou impressionada com o filme pela sua qualidade como documentário da vida real com uma dose de realismo poético. Ela escreveu, "As imagens de Babenco são realistas, mas o seu ponto de vista é chocantemente lírico. Escritores sul-americanos como Gabriel Garcia Marquez, parecem ter um perfeito e poético controle da loucura, e Babenco também tem este dom. Artistas Sul-americanos tem que tê-lo, para poderem expressar a textura da loucura cotidiana. "

Sobre a personagem de Marília Pêra que foi eleita a melhor Atriz do Mundo em 1981, pela Associação dos Críticos de New York. A personagem de Pêra é “A prostituta mais prostituta que se possa imaginar. Morena e com um rosto aquilino, tem uma presença que lembra a de Ana Magnani – horripilante e sensacional. A paixão que ela exibe elimina os garotos não-atores da tela. É a prostituta gerada pelas fantasias masculinas mais tenebrosas, e nas suas cenas o filme atinge um esplendor de brilhante crueza”.
Erick S.

1 crítica

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5,0
Enviada em 9 de novembro de 2017
Impecável! Simplesmente um dos melhores filmes do cinema nacional. O filme desenvolve ao longo do seu decorrer um tom extremamente realista e brutal. Confesso que é preciso ser forte para ver esses filme. Com uma linguagem bruta, seca, cética, irônica, incomodante, Babenco constrói um verdadeiro panorama da realidade brasileira e trata de um tema muito antigo e atual ao mesmo tempo: a criminalização na infância e adolescência. Um filme perfeito, os atores são ótimos (fica a destaque a atuação da Marília Pêra), os diálogos são bem colocados, a crítica social é descascada de forma magistral, a linguagem do filme é perfeita, enfim... vejam esse tesouro nacional.
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