As convenções do gênero estão presentes no filme, de modo que ele remete muito aos "westerns" clássicos, como Shane, ou mesmo os filmes de John Ford. A fotografia e cinematográfica são belas e bem executadas, com um apreço pelo figurino.
Em questões de roteiro, há um forte elemento de redenção presente, a jornada do Capitão Kidd é cativante, é um homem bom, que se arrepende de decisões do passado e preferiu seguir de modo itinerante pelo Texas ao invés de encarar seus "demônios". Mas, a vida lhe força a lidar com um situação que ele não previa.
O elenco é muito bom, Tom Hanks sempre carismático, passa confiança, afetuosidade e familiaridade a seu papel, parece alguém com quem nos importamos e queremos o melhor. A jovem Helena Zengel transmite um olhar de descoberta, espanto e adaptação, um personagem que nos importamos. A relação entre os dois é afetuosa e gera uma sensação de acolhimento.
O filme tem algumas falhas, a ação é pouco entusiasmante, e a presença do Tom Hanks, involuntariamente ofusca um pouco os outros personagens, não por intenção do ator, mas pela forma com o roteiro foi construído.
Contudo, os aspectos positivos do filme sobrepujam os negativos, de modo que o considero um bom filme de western, muito agradável de acompanhar.