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Kamila A.
7.552 seguidores
806 críticas
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3,5
Enviada em 14 de fevereiro de 2021
O título "Relatos do Mundo", do filme dirigido e co-escrito por Paul Greengrass, faz referência à forma como o seu protagonista, o Capitão Jefferson Kyle Kidd (Tom Hanks), ganha a vida: ele é um viajante, que percorre as cidades do Estado do Texas com o objetivo de ler as notícias do mundo para as pessoas. É importante mencionar aqui que o longa se passa no ano de 1870, logo após o término da Guerra Civil Americana, quando o Texas foi readmitido como um território dos Estados Unidos.
Os chamados road movies possuem algumas características marcantes - e todas elas ligadas a alguma perspectiva transformadora na vida das personagens envolvidas nestas histórias -, como: as presenças dos encontros, das paradas no meio do caminho; além da vivência de situações que representam rupturas e rebeldias diante dos acontecimentos retratados. Tudo isso está presente em "Relatos do Mundo".
O roteiro nos coloca diante do encontro entre o Capitão Jefferson Kyle Kidd e uma menina de 10 anos chamada Johanna (Helena Zengel). Na medida em que a trama progride, iremos perceber que os dois, apesar da enorme diferença de idade, possuem elementos em comum - principalmente o fato de que ambos são pessoas solitárias neste mundo e que perderam a referência daquilo que eles consideram como o lar. Por isso mesmo, a jornada maior deles em "Relatos do Mundo" é a preparação para o que vem pela frente, tanto para o Capitão Jefferson como para Johanna, e qual a melhor forma deles se posicionarem diante disto.
Por isso mesmo, o ponto mais importante de "Relatos do Mundo" é a excelente dinâmica que se estabelece entre Tom Hanks e Helena Zengel. Além da dupla, chama a atenção também, no filme, a competência da parte técnica - em especial da fotografia de Dariusz Wolski e da trilha sonora composta por James Newton Howard. A se lamentar somente o fato de que as transições entre as paradas no meio do caminho darem a sensação da narrativa ficar um tanto lenta. Mesmo assim, não é nada que prejudique no resultado final obtido por Paul Greengrass.
nem tom Hanks conseguiu salvar mais do mesmo, historia sem graça, não consegue fazer vc se apegar do começo ao fim! pena, desperdiçaram um SR ator com uma história sem roteiro.
Um filme DISPENSÁVEL! Os relatos apresentados pelo personagem de Tom Hanks durante a película são tão desinteressantes quanto o próprio desenrolar dos relatos de sua própria experiência no filme. O ponto forte do filme talvez seja a reconstrução dos cenários dos EUA após a guerra da Secessão. Um país polarizado e com cicatrizes expostas em consequência da Guerra. No entanto, a história é pouco inspirada para mostrar a redenção moral e existencial de um ex combatente de guerra. Por retratar tempos difíceis talvez a escolha de uma criança branca e de olhos azuis pudesse ser justificada pela violência daquele período que extrapolava a cor da pele ou a etnia indígena. Nessa linha survive e autoconhecimento a história vai se desenrolando em "linha reta" como o personagem de Hank sugere que deve ser a vida. O fim já é previsto por todos, mas o que fica é a sensação de já ter visto inúmeros filmes sobre acertos de contas com o passado e reinvenção de personagens com lembranças mais enriquecedoras do que esta obra dirigida por Paul Greengrass.
Tom Hanks é ótimo ator e carismático, não há como não criar empatia com seu personagem. Ótima atuação da linda menina revelação chamada Helena Zengel! Linda fotografia! Apesar de alguns clichês, o filme transcorre bem, com momentos de suspense, de ação e de emoção. Vale assistir!
Que grande filme. Que magnífica obra! Uma metáfora do quanto o ser humano é dependente da história; da própria e da interatividade com a de toda a humanidade. Hanks dá mais um show de interpretação, concedendo enorme carga emocional ao seu personagem e "arrastando" junto, todo o staff de atores; mesmo que todos tenham tido rápida aparição, à excessão da ótima coadjuvante, a menina Helena Zengel, que esteve soberba. Fotografia linda; historicidade levada a sério; e cronologia perfeitas dão a esse filmaço, desde já, a preferência para ser apontado como o favorito ao melhor do ano. Cinco estrêlas!
Tom Hanks em ação ou seja Western! Filme baseado num Best Seller e aqui nos proporciona um bom entretenimento, apesar dos clichês e de um roteiro com pequenos furos. É sempre bom vê o mestre Tom em cena.
(Insta: @cinemacrica): O ex-combatente, capitão Kidd, muda drasticamente de ocupação e passa a usar a verbalização de histórias e notícias como instrumento de sobrevivência. Interpretado por Tom Hanks, o antigo militar migra de cidade em cidade nos EUA do final do Século 19. Em dado momento, Kidd se depara com uma pequena garota abandonada e assume a responsabilidade de devolvê-la aos únicos familiares vivos, seus tios. Considerando que o design de produção primoroso, que aqui está presente, é praticamente algo esperado para uma obra desse porte, pode-se destacar as atuações da dupla principal como pontos altos. Hanks mantém o magnetismo do herói superador de adversidades: não há como não criar empatia. Ao seu lado, ótima atuação de Helena Zengel (Transtorno Explosivo) interpretando uma criança rebelde. A propósito, considero-a uma das maiores revelações juvenis. A mídia tem feito paralelos com "Central do Brasil". De fato existem semelhanças: jornada literária baseada em levar cultura para não letrados, relação entre gerações, processo de conhecimento íntimo da dupla protagonista induzido por um contexto adverso. Portanto, a comparação não só é possível, como torna didática a explicação do porquê a obra norte-americana é rasa. Em termos estruturais, é esperado que o arco mestre da jornada seja sustentado por subtramas capazes de demonstrar elementos como: o porquê de o adulto do relacionamento se interessar genuinamente por uma criança alheia ao seu cotidiano, como a relação amadurece mutuamente a ponto de virar amor, mergulho no íntimo do protagonista para embasar motivações, entre outros. O que se vê, contudo, é o esboço dessa estrutura , mas populada com insumos banais. A preocupação reside muito mais em oferecer episódios aventurescos e estéreis do que comprar o desafio de explicar a evolução das relações humanas com profundidade.
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