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Ari Willians
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137 críticas
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4,0
Enviada em 23 de maio de 2024
O título em português deveria ser Decisão Difícil. Tudo gira em torno da decisão em explodir ou não uma casa onde se encontram terroristas preparando homens bombas. Em um lugar do Quênia monitorado por um drone, este controlado por equipes britânicas e americanas, a situação é acompanhada por vários níveis de autoridade civil e militar num subir e descer do pedido de confirmação de ataque pois haveria o risco de vidas inocentes. A tensão de cada personagem em executar o ato reflete em um terrível drama. Não saímos ilesos ao assistir a esse filme. Não dá para entender por que a humanidade é assim.
Muito sentimental numa situação onde é o mundo contra o terrorismo! Não acredito que pessoas que estejam na linha de frente desta guerra tenha tanta incerteza para eliminar esses monstros.
Uma operação para capturar terroristas em Nairóbi, Quênia, comandada pela coronel Katherine Powell, verifica, através dos “olhos” de um drone inglês (daí o título original) a presença de alguns dos terroristas mais procurados da África, os quais estão se preparando para operações com homens bombas. A ordem é disparar um míssil na casa, mas a presença de uma menina vendendo pão próximo ao muro da casa alvo, gera uma grande discussão sobre atirar ou não, da qual participam algumas das maiores autoridades inglesas e americanas, além de militares. Os diálogos são bastante inteligentes, onde cada lado justifica sua posição. Será que vão abrir fogo ou não? É ver para confirmar.
Cheio de cenas corriqueiras em que o cara olha para a mulher com uma mistura de amizade, sensualidade e desejo, contrabalançando com cenas extraídas de altíssima tecnologia militar, que combinam fotos aéreas, satélites e de radar, com a novidade que aparece em todos os filmes de ação desde 2010, os drones ou veículo aéreo não tripulado que o exército pode enviar para matar todo mundo sem correr o risco de morrer, o filme vai passando na frente de quem assiste. As imagens são perfeitas e fazem com que o espectador se sinta realmente em uma sala de crise em que as autoridades vão decidir lançar ou não um míssil que vai matar uma galera de civis. O objetivo, como de sempre, é destruir terroristas considerados de alta periculosidade em um ranking internacional de terror e nesse ambiente se discute a ética de combate, sobretudo aquela relacionada ao efeito colateral decorrente da morte de inocentes. A medida ética é mais ou menos assim: dado que o combate ao terrorismo exige sacrifícios da humanidade, todos devem se dispor a aceitar, no caso desse roteiro, a morte de uma criança, pois junto com ela vai morrer um terrorista que já matou muitas outras crianças. O roteiro também mostra as diferenças entre o pragmatismo americano e a diplomacia inglesa, sem que, porém, ambos percam o foco: explodir terroristas com baixo riscos usando drones e aceitando o efeito colateral. Direção impecável, enxuta e simples.
Fica dificil acreditar que militares certamente muito bem e exaustivamente treinados para disparar o míssil se envolvam emocionalmente com a presença da menininha. São técnicos que cumprem ordens, apertam botões quando mandados friamente, fazendo a sua parte.
O filme Decisão de Risco, dirigido por Gavin Hood, se apoia numa dúvida razoável, que é estabelecida a partir do momento em que o piloto Steve Watts (Aaron Paul, conhecido pelo papel na série Breaking Bad) se recusa a cumprir uma ordem da Coronel Katherine Powell (Helen Mirren), em meio a uma operação que está sendo realizada contra três terroristas, no Quênia.
A dúvida reside num ponto importante: como agir de forma a evitar o mínimo de danos colaterais? Como minimizar o número de vítimas inocentes? A vida das pessoas que estão no lugar errado, na hora errada, importa?
Com base nisso, o roteiro escrito por Guy Hibbert coloca em lados opostos os diversos lados que estão envolvidos na operação. Apesar de não explorar a contento o dilema ético do piloto, o filme se debruça sobre a covardia daqueles que possuem o poder de decisão e que, na frieza de seus atos, não entendem as implicações maiores que estão por vir.
No final, Decisão de Risco é um filme que captura a atenção da plateia ao longo de seus 102 minutos de duração, muito em parte por causa do bom trabalho de direção de Gavin Hood, que conseguiu transmitir muito bem para a plateia todo o clima de tensão envolvido na situação que acompanhamos – ressalte-se também o ótimo trabalho da editora Megan Gill.
Um bom filme só achei meio piegas a parte em que o casal que é responsavel pelo disparar do missil ficar tão vacilante em executar ordens meio inverossimel tendo em vista que eles são treinados a obedecer ordens e cumprilas, poderiam até depois ficarem com remorsos mas na hora executam imediatamente as ordens mesmo porque se não executarem serão substituidos imediatamente, esse casal que deve executar a tarefa ja estaria em maos lençois só por vacilar em executar as ordens.
'Decisão de Risco' é daqueles filmes que vão diretamente no seu emocional, sem ser melodramático, ele nos faz sentir exatamente como é ter que decidir sobre algo que pode impactar a vida de diversas pessoas, seja para o bem ou para o mal.
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