A priori, o final do filme me pareceu horrível. Depois de refletir, consegui entender a mensagem deixada pelo autor. Trata-se de uma metáfora sobre a nossa sociedade.
Não importa se a mulher é cruel, maldosa, fingida e assassina. No fim, sempre haverá um exército de escritoras, jornalistas e mulheres da sociedade que irão defendê-la e demonizar a figura masculina. Mesmo fingindo 2 estupros, matando um homem que a ajudava e quase fazendo o marido ser condenado a morte, a mulher sai ilesa e soberana no final. Sendo uma psicopata, nada do relato da personagem pode ser considerado verossímil. Até mesmo o relato da agressão sofrida por ela se mostra inverídico. O personagem principal tem sua honra totalmente destroçada partindo-se apenas de suposições e fantasias criadas pela esposa. Em nenhum momento o seu relato é considerado verdadeiro, até a irmã duvida dele. Mesmo a infidelidade não sobressai todas as maldades perpetradas pela esposa. Conhecendo a sociedade, ela cria uma teia para acabar com o marido, não só fisicamente, mas principalmente, moralmente. Os homens(principalmente o marido), são retratados como débeis, confusos e fracos. No fim, o marido tem que escolher entre a sua dignidade ou fazer parte da trama.
. Ótimo filme.