Depois de 13 anos, temos a felicidade de ver Marlin, Dory e Nemo juntos de novo em "Procurando Dory". Desta vez, quem se perde é a Dory, em busca de sua família. O filme tem um ótimo roteiro, criatividade e muita aventura. Vemos a Dory se desafiar ao tentar resgatar sua família enquanto sofre da famosa perda de memória recente. Ao mesmo tempo, vemos uma história com ótimos personagens, inclusive os novos, com destaque para o Hank, o polvo. Hank faz de tudo, como se misturar no meio dos humanos sem ser notado, escalar qualquer tipo de lugar, manusear vários objetos e até dirigir, o que impressiona. Parte da essência do primeira filme permanece - destaque para a palavra parte, pois é aí que entra o lado negativo do positivo. Em "Procurando Nemo", a relação de amor entre pai e filho - no caso, entre Marlin e Nemo - foi extremamente forte e chegou a emocionar, um ponto positivo do filme. Em "Procurando Dory", a relação entre os pais de Dory e ela, ainda que positiva, não chega a causar tanta emoção quanto a relação de Marlin e Nemo no primeiro filme. Além disso, o segundo filme foi para um caminho mais infantil, usando piadas tipicamente infantis - pode ser que um adolescente ou adulto ria delas, mas é possível notar a infantilidade - e situações mais infantis também; Não que isso seja ruim, mas se comparado ao primeiro filme, esse estilo mais infantil não faz de "Procurando Dory" tão bom quanto "Procurando Nemo". Outro detalhe é que "Procurando Dory" deixa uma dúvida: como Marlin sabe que a Califórnia fica muito longe? Mesmo tendo ido até Sidney no primeiro filme, ele ainda não conhece todo o mundo dos humanos. Os personagens, aliás, parecem conhecer tudo do mundo dos humanos, o que também não acontecia em "Procurando Nemo", causando certa estranheza. Concluindo: "Procurando Dory" é um bom filme, com muita aventura, mas visivelmente inferior a "Procurando Nemo", além de ser mais infantil.