Diante do fato de que a terra já está com seus recursos praticamente escassos, surge uma alternativa cujo experimento principal envolve o uso de um gigantesco acelerador de partículas. Instalado em uma estação espacial, o aparato passa por repetidas e frustradas tentativas de uso, até que a equipe em órbita decide reajustar procedimentos e alcança sucesso, porém, trazendo consigo algumas situações inesperadas e inconclusivas do ponto de vista científico, levando-os a descobertas vitais sobre quem vive ou morre.
Cronologicamente, O PARADOXO CLOVERFIELD visa funcionar com uma prequel do filme de 2008, mas não é bem isso que consegue fazer. Para começar, o grande problema ocorrido no experimento tem relação com algo próximo da física quântica, que pouco é explicado pelo enredo preguiçoso, deixando a sensação de que o expectador precisa de bagagem anterior para aproveitar decentemente o filme. As variações e sugestões que envolvem dimensões paralelas é interessante, mas falta audácia do diretor para explorar algo tão complicado para mostrar em menos de 2 horas de duração.
O elenco tem artistas competentes, tais como Gugu Mbatha-Raw, David Oyelowo, Daniel Brühl e John Ortiz, todavia eles não tem muito a oferecer em cena, já que seus papéis são rasos e, como exceção de Mbatha-Raw, a tripulação é quase descartável para a história. Para quem curtiu os longas anteriores, pode funcionar como entretenimento, desde que não torça o nariz para falhas bobas e falta de conexão lógica com a mitologia criada pela franquia.