Com a tecnologia avançada do que jeito que está e a cada dia evoluindo, não é difícil imaginar que no futuro as máquinas poderão dominar o mundo. Tanto é que vários filmes de ficção-científica (como a saga O EXTERMINADOR DO FUTURO) estão ai para "dizer": "eu avisei!" (ou "I'll be back".....).
E neste trabalho interessante mas pouco explorado do diretor/roteirista espanhol Gabe Ibáñez (fez HIERRO de 2009 e MÁQUINA de 2006. Conheces? Nem eu.....) temos mais uma visão de um futuro não dominado pela Inteligência Artificial, mas prestes a ser a "raça sobrevivente" após a extinção dos seres humanos pela natureza (que novidade). Esse é o ponto que chama mais a atenção, sobre o enredo passar em em alguns anos a frente, a humanidade "presa" na tecnologia para sobreviver e os robôs tendo indícios de "liberdade", o que não seria possível uma vez que são fabricados para obedecer ordens. Tudo dentro de um suspense bem cativante, que vamos seguindo o protagonista (o ótimo ator Antonio Banderas) atrás das "pistas" para resolver a questão sobre o que está acontecendo. Até o meio quase para o arco final, o filme segue bem, mesmo com alguns diálogos desnecessários, não se aprofundando em temas mostrados que são ignorados, alguns erro de continuidade de roteiro e a narrativa meio lenta (como um bom suspense, temos um desenvolvimento da história passo a passo), mas quando chega em seu desfecho, ai a trama fica muito fraca, repetitiva, os erros crescem e tudo o que foi construído em termos de história, começa a ruir como um castelo de cartas de baralho após um sopro de uma criança. Pena.....
No elenco, o ator Antonio Banderas como sempre não decepciona com suas caras e bocas. Temos outros nomes conhecidos (ou não) como Melanie Griffith (LOLITA de 1997), Dylan McDermott (AS VANTAGENS DE SER INVISÍVEL de 2012 - comentários aqui no NP) e Robert Forster (JACKIE BROWN de 1997), mas todos têm participações meio que irrelevantes.
Gostei do ambiente criado, os poucos Efeitos Visuais estão bem feitos e a Trilha Sonora está ok.
Um filme que lembra EU, ROBÔ (2004) mas sem a ação deste e alguns dizem que também dá "uma puxadinha" em BLADE RUNNER, O CAÇADOR DE ANDROIDES (1982) e ai não saberia dizer uma vez que não assisti (calma, eu sei que é um sacrilégio este feitio que prometo consertar logo logo). Um entretenimento que podia ser "O CARA", mas que infelizmente não conseguiu segurar a "peteca"...