Média
4,4
1862 notas
Você assistiu Capitão Phillips ?
4,0
Enviada em 10 de novembro de 2013
Em 2009, o Capitão Richard Philips estava no comando do cargueiro Maersk Alabama quando teve seu navio invadido por piratas da Somália. Sua experiência foi registrada no livro "A Captain´s Duty", que agora é adaptado para o cinema no filme Capitão Philips.
A adaptação cinematográfica foi roteirizada por Billy Ray e dirigida por Paul Greengrass. Para o papel do Capitão, nada menos que Tom Hanks.

O filme começa muito bem, apresentando os dois polos, o do Capitão que se prepara para uma viagem em águas perigosas e o dos Somalianos também preparando-se para a missão de saquear o cargueiro de Philips e render a sua tripulação a procura de uma recompensa milionária.
No começo, é tudo feito com paciência. A direção de Greengrass com a câmera na mão ajuda, cheia de closes e zooms, na captação da tensão iminente, deixando tudo bem próximo (um bom exemplo é logo no início, quando somos guiados por Hanks, que inspeciona - e ao mesmo tempo nos apresenta - o navio). Philips é um capitão sempre preparado e preocupado com o que pode acontecer no mar, o que poderia parecer até um pouco paranoico se não fosse o fato de que no meio de uma simulação de invasão, o barco realmente é invadido, e então a tensão iminente transforma-se em perigo.

Capitão Philips acertou em cheio ao ser dirigido por Greengrass, que adora pega temas baseados em fatos reais e entregar uma nova dimensão. Enquanto outros poderiam cair na armadilha de desenvolver um filme cheio de patriotismo e heroísmo desnecessário, Greengrass não toma partidos, apenas mostra os dois extremos (A "rica" América da qual até o antagonista parece querer fazer parte - seria ironicamente? -, e a "pobre" Somália) por razões de ambientação.

Outro ponto positivo foi o de não retratar o acontecimento com tantos detalhes e reconstituições do fato real, mas aproveitar o mesmo para criar uma ótima ficção dentro da realidade, indo desde a ação da invasão até os ótimos embates entre o Capitão e os piratas, principalmente o líder deles, Muse (Barkhad Abdi), que age também como um Capitão, sempre estratégico e burlando os possíveis truques de Phillips.
Algumas sequências pode parecer um pouco "esticadas", mas isso não atrapalha na apreciação do filme, que traz um drama de primeira, com tensão do início ao fim.

Capitão Phillips vai agradar a maioria que procura por um filme inteligente e estratégico, além da ação e atuação do elenco, principalmente Tom Hanks, que novamente esbanjou talento e faz você sentir aquele cheirinho de indicação ao Oscar.
5,0
Enviada em 1 de janeiro de 2014
Capitão Phillips, Paul Greengrass - 2013

Confesso que fiquei um pouco relutante para ver este filme. Não porque eu já desconfiaria como ele ia ser ou que eu não iria gostar, e sim porque estava mesmo afim de conferir outros filmes, mas ontem (30/12/2013) foi o seu dia e o resultado foi além do que eu esperava, Capitão Phillips consegue prender do início ao fim.

Tenso. Esta é a palavra definição deste filme. Vários são os momentos que a sentimos e acredito que esta seja a real proposta do filme, pois em alguns momentos encontro 'falhas' no seu decorrer sobre a possibilidade de ter evitado o fato ocorrido. É aquele velho e bom momento tão usado pelo espectador aflito: 'Por que ele não fez isso?' 'Não acredito que ele não tenha aquilo!' 'Se fosse eu teria feito desse jeito' e por aí vai! São momentos que fariam uma diferença na história.

Tom Hanks com toda a sua experiência manda muito bem em sua atuação, principalmente no momento final em que ele consegue nos emocionar de uma forma incrível. Alguns podem até dizer que ele esteja no automático, mas confesse, ele ainda consegue emocionar. Isso é fato! Não arrisco que ele venha a ganhar o Oscar. Pode sim ser indicado, mas ganhar eu acredito que não. Independente de qual seja o resultado, Tom Hanks continua mandando bem. E os Somalianos? Ah, os somalianos também tiveram boas atuações. Foram eles que carregaram o filme, porém senti uma decrescente neles, Não em atuações, mas na inteligência deles. No começo são bem sagaz, são atentos, mas depois isso vai sumindo. Atitudes imprudentes acontecem no momento. É como se o sonho americano (ideologia americana) cegasse a real situação e o patriotismo americano tomasse conta do local, não deixando mais espaço para os atos do somalianos por certos momentos.

Contudo, Capitão Phillips é um ótimo filme que vale muito ser conferido pelo clima de tensão que ele causa no espectador a partir do momento em que os somalianos estão prestes a invadir o navio até o seu final emocionante com uma bela atuação de Tom Hanks.
4,0
Enviada em 9 de novembro de 2013
Fazia tempo que uma história baseada em “fatos reais” não demonstrava uma abordagem tão particular e simplista como Capitão Phillips. O novo longa dirigido por Paul Greengrass (O Últimato Bourne, Zona Verde) não só agrega um leve discurso político, mas também usa do seu estilo “câmera na mão” para demonstrar objetividade na hora de despir valores, e principalmente, entregar para Tom Hanks um possível Oscar de Melhor Ator de bandeja.

Baseado no livro A Captain’s Duty, escrito pelo Capitão Richard Phillips, que em 2009 teve seu cargueiro, o Maersk Alabama, sequestrado por piratas somalis, vemos Hanks resgatando o seu melhor de outrora. Coeso e firme na sua atuação, o veterano ator simplesmente carrega a produção no papel de Phillips, indo do metódico e dedicado funcionário americano até o homem despido de esperança sem saber ao certo se irá sobreviver. Seu antagonista, o ator Barkhad Abdi surge como oposto pontual a realidade vivida por Hanks – líder somali que enfrenta uma dura realidade, mas que nem por isso remete ao ódio dos americanos, pelo contrário, ele quer abraçar o capitalismo da Terra do Tio Sam.

O filme percorre inteiramente essa dualidade entre os dois personagens, mas sem cair em diálogos extensos sobre lições de vida ou defesas políticas. Mérito de um roteiro simples e de um Greengrass inspirado naquele talvez, seja o seu filme mais particular. O diretor é praticamente um personagem no longa – com belas cenas, fica nítido o quão importante é a função do homem por trás das câmeras. Ela fala com espectador. Da cena inicial até o termino, nos momentos de ação e suspense e com a câmera tremida na mão, pode observar uma mão compentente em exibir aquilo que deve ser visto. Mesmo com uma trilha pouco original, mas também pontual, o cinema de Greengrass mostra-se mais maduro e caminhando para bons frutos.

Contudo, Capitão Phillips veio para fincar uma espécie de renascimento do próprio Hanks, deixando a sensação que o filme caiu como uma luva para ele. Se Anne Hathaway ganhou um Oscar por um tempo pequeno em Os Miseráveis, o eterno amigo do Wilson (Náufrago) é candidato forte a levar o grande prêmio (no ápice da experiência na cena final) e nem precisaria ir até o Zoltar (Quero Ser Grande) para fazer o pedido.
4,0
Enviada em 9 de novembro de 2013
O trunfo de Capitão Philips ser um bom filme é a sua simplicidade. Tudo no filme é simples, principalmente na escala do elenco. Greengrass poderia muito bem escalar um elenco de nomes, mas não, ele pega atores desconhecidos para realizar essa obra, e acabou dando muito certo. A história é simples também, não ha nada de novo, mas Paul faz dessa simplicidade, virar algo grandioso, pois ele usa da tensão para chamar o publico. Mas o melhor esta para o final, o clímax é ótimo, foi de deixar na ponta da cadeira. Muito bom!
5,0
Enviada em 10 de dezembro de 2013
Muito bom e realista, tensão do começo ao fim. Dá pra sentir junto as reações dos personagens.
4,5
Enviada em 17 de fevereiro de 2015
Violento mais muito bom Tom sempre da show. Excelente entretenimento .
4,0
Enviada em 30 de junho de 2020
Simplesmente espetacular! ação do começo ao fim e roteiro de prender o folego! atuação monstra de Tom Hanks e não da pra acreditar que ele não concorreu ao óscar, sendo essa uma das suas melhores performance, Um filme pra ficar na história!!!!
3,5
Enviada em 10 de abril de 2015
Neste ano Sniper Americano fez sucesso trazendo a velha história do herói americano para o Oscar, foi muito aclamado por alguns e por outros nem deveria estar entre os indicados. Alguns dizem que é só mais um filme de ação, de guerra e tiros, outros dizem que uma obra prima do cinema americano.

No ano passado, o filme Capitão Phillips, traz a mesma forma de heroísmo do filme deste ano, mas com outra roupagem. De forma menos explicita ou com menos toques de patriotismo no seu decorrer, esse filme nos depara com aquele americano que acima de tudo vai fazer o que é correto, independente da situação não vai se abater, e se manterá firma contra aqueles que querem fazer mal contra ele ou seus conterrâneos. Algo que me assusta é que, cada vez mais cedo essas histórias estão sendo ilustradas nas telas. O capitão Phillips chegou após quatro anos e o Sniper um ano.

Na contramão dos americanos, vêm os somalis, guiados pelo seu também capitão Muse. Do alto de sua pobreza e sua desnutrição, atrás do que comer e como ganhar dinheiro, se alcança a mais alta história de clichês entre o bem e o mal. Logo após a divulgação do filme, os próprios marinheiros do capitão Phillips, em entrevistas, reconheceram que ele não foi tão heroico assim. Mas é lógico, quem vai falar mal de si próprio?

Mas deixando minhas queixas de lado. O filme monta uma narrativa sob tensão muito interessante e até empolgante, pois, é quase que contagiante aquela aflição toda sofrida no pelo Capitão.

O tempo do filme vai aumentando conforme vai passando o tempo, da calmaria das conversas iniciais até as últimas crises. Os cenários vão se modificando também, daquele grande navio nas primeiras investidas, culmina num barco salva vidas minúsculo. Quase claustrofóbico, a tensão só aumenta e se vê o mérito do diretor de fotografia que mantém o filme em alto nível, apesar da situação.

O diretor faz um belo trabalho, não só com Hanks, ator já consagrado, mas com o desconhecido Barkhad Abdi, não o deixando a sombra enquanto, a estrela brilha. E é claro as suas interpretações são convincentes e completas. Portanto, o filme deve ser assistido pelo que é, um bom filme, mas se deve buscar compreender essa cede de heróis que tem os americanos.
3,5
Enviada em 14 de novembro de 2013
Baseado em fatos reais e abordando um tema interessante e polêmico, Capitão Phillips presentei o espectador com uma bela atuação de Tom Hanks e uma realidade dura e cruel. Pensado para concorrer ao Oscar nas categorias principais, o novo filme do diretor Paul Greengrass acaba algumas vezes sendo e técnico demais, porém cumpre um papel fundamental de fazer o espectador conhecer um pouco da pirataria no mundo atual e buscar formar uma opinião sobre o assunto.
A pirataria mostrada no filme tem como foco a Somália com toda sua miséria e atrasos que nos fazem questionar se é possível existir um lugar tão fora dos padrões em pleno século XXI. Alguns poucos dominam este mercado de saquear e sequestrar embarcações comerciais que precisam se aproximar da costa africana, obrigando, na maioria das vezes, que membros de tribos façam parte de tripulações de piratas. Só assim existe uma oportunidade de sair de toda aquela miséria. O instinto básico de sobrevivência fica claro na escolha desta tripulação, onde a especialidade de cada um não foi aprendida na escola ou desenvolvida para ganhar dinheiro, e sim para continuar a respirar, viver. Parece uma escolha de time em um futebol de rua. Ninguém faz nada de forma perfeita, mas uma pequena diferenciação já é suficiente para fazer parte da equipe. A pirataria é mostrada de forma bem detalhada, sem o romantismo ou o a beleza do anti-herói pirata que já foram retratados na história do cinema. É possível ver o sofrimento dos piratas somalis em seus rostos. Aquilo tudo não é um caminho errado escolhido. É o único caminho que lhes foi dado, sem escolhas.
Capitão Phillips nos traz um tema diferente, apresentando um desenvolvimento de enredo bastante simples. E mesmo com esta simplicidade, ele ainda é capaz de incitar dúvidas sobre qual caminho o longa irá seguir. Talvez um caso de Síndrome de Estolcomo, surgindo uma amizade entre a tripulação e o capitão com os piratas? Ou alguma reviravolta mirabolante por parte da tripulação que consegue deter a ação dos piratas? De qualquer forma, a atenção de quem assiste é prendida e este fica inquieto para saber o que acontecerá no final, que acontece da forma mais real possível. A intensidade do filme, aliás, aumenta com o passar do tempo, mostrando um início bastante morno e monótono, crescendo em interesse no meio e chegando ao seu grande ápice no seu final tenso, algo bastante parecido com o vencedor do Oscar de 2013, Argo. A temática nacionalista também é outro ponto em comum entre os dois filmes, o que nos leva a pensar em altas chances de Capitão Phillips também concorrer ao Oscar de melhor filme, tendo em vista a previsibilidade e adoração da academia para este tipo de produção.
Uma coisa que pode ser previsível, porém com todos os méritos, é a possível indicação para o Oscar de melhor ator para Tom Hanks e quem sabe de melhor ator coadjuvante para Barkhad Abdi. É fato que Capitão Phillips se apoia nas atuações, principalmente dos seus protagonistas capitães. Os papeis de capitão herói precipitado e de pirata somali com vida sofrida caiu muito bem para ambos os atores – spoiler: impressiona ver Tom Hanks em estado de choque após ser resgatado pela marinha americana, assim como também impressiona ver a expressão de sofrimento passada por Barkhad Abdi durante todo o filme
.
A parte técnica do filme também é muito bem trabalhada. Capitão Phillips é uma película bastante técnica, reproduzindo detalhes mínimos com maestria. Isto acaba, algumas vezes durante o filme, sendo um pouco monótono. Porém é impossível negar que se realizou um trabalho primoroso com os detalhes. Todos os procedimentos do navio, como carregamento de mercadorias e ações contra piratas, são mostrados de forma bem convincente. A câmera seguindo tanto o capitão Richard Phillips quanto Muse no início do filme nos passa bem o que cada um sente com relação à situação na qual estão para entrar. E a ação da marinha é mostrada de forma espetacular e empolgante, sendo um dos pontos mais empolgantes do filme.
É certo que Capitão Phillips levanta alguns pontos controversos e isso faz com que o espectador reflita um pouco sobre cada um destes pontos, passando a entender um pouco mais sobre eles. A pirataria pode parecer algo inadmissível e cruel à primeira vista, mas ao se defrontar com a realidade da Somália, por exemplo, não é tão absurdo passar a pensar que as circunstâncias e os atos podem acarretar consequências diversas. Desta forma, nem todo bandido possui necessariamente um caráter ruim ou fizeram uma escolha errada. Ao presenciar o que acontece em Capitão Phillips, começamos a entender que muitas vezes não existe uma escolha a ser feita. A soberba e prepotência dos americanos – tanto do capitão Richard Phillips quanto da marinha – ao tratar com um povo que eles, mesmo que inconscientemente, consideram inferiores fica bem clara em diversas partes do filme. E não passam impune por Muse que, sempre se mostrando bastante sereno em seus comentários, critica e rebate muito bem todos os comentários provenientes dos americanos e de toda aquela situação onde está inserido. É triste ver a tripulação do navio sequestrado tentando comprar sua liberdade oferecendo comida. E é mais triste ainda ver o capitão Richard Phillips colocando em questão, de forma ingênua, mas que soa bastante hipócrita, que estão levando alimentos para a África – sendo que as quantidades destes são ínfimas comparadas com as mercadorias transportadas que darão lucro. O que não é triste é presenciar a sagacidade na resposta de Muse, que, por exemplo, destaca muito bem toda a exploração dos países tidos como de primeiro mundo ao continente africano.
No fim Capitão Phillips é um filme que nos faz refletir um pouco. No mostra que por mais que pareça absurdo, às vezes é possível olhar com outros olhos atos bárbaros e questionar se realmente existe um lado certo ou errado em determinada história. Não é um filme excepcional, ao contrário das atuações de seus protagonistas. Não acho que mereça ser indicado a algum Oscar de conjunto da obra, como de melhor filme, embora possua uma temática adorada pela academia bastante semelhante com a do vencedor do Oscar do ano passado, Argo. A diferença é que os concorrentes do segundo eram muito mais fracos do que os concorrentes do primeiro este ano. Resta esperar se esta injustiça será cometida na maior premiação do cinema mundial. De qualquer forma é um filme que vale ser assistido, apesar de que fui para o cinema esperando muito e sai com o sentimento que poderia ter sido mais.
4,0
Enviada em 3 de julho de 2015
a cenas de suspse do filme são muito boas a atuação de tom hanks não chama tanto atenção mais sim a de barkhad abdi um filme que tem um historia que prede atenção do público até o final para que nunca ouvir a historia de capitão phillips e fascinate tem incio ao fim o um dos melhores filmes de paul greengrass um som incrivel um roteiro com bastande foco um dos melhores filme de 2014.
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