Falar de Queen sem exaltar umas das maiores bandas de rock de todos os tempos, não é fácil. O filme Bohemian Rhapsody dirigido por Bryan Singer (X-men, Superman - O Retorno) é um longa que não só celebra a banda britânica, mas enaltece o seu icônico e excêntrico fundador e vocalista - Freddie Mercury, interpretado com uma performance avassaladora de Rami Malek (entreguem um oscar para ele). O título que dá nome a produção é uma das canções mais complexas e conhecida do Queen, usada com bastante frequência na mídia e em trailers como "Esquadrão Suicida" da Warner/DC. Ela foi composta em 1975, por Mercury, e incluída no álbum "A Night at the Opera". A canção envolve todo o longa desde a primeira tomada até a experimentação de sua composição no estúdio, no entanto, existem outras também famosas que fazem parte da trilha como "Somebody To Love", "We Will Rock You", "We Are The Champions", "I Want To Breack Free", "Radio Ga Ga", "Don't Stop Me Now", "Under Pressure", "Another One Bites The Dust", "Killer Queen", "Ay-Oh" e a linda "Love Of My Life", entre outros dos muitos clássicos. Bohemian Rhapsody fala sobre ascensão, queda e redenção, uma narrativa bem comum em filmes biográficos dessa envergadura, e o roteiro de Anthony McCarten contribui para isso, nas falas dos integrantes do grupo Brian May (Gwilyn Lee), Roger Taylor (Ben Hardy) e John Deacon (Joseph Mazzello) que também fazem parte da produção como consultores criativos (Brian May e Roger Taylor). Vemos muito planos detalhes desde o início, focando muito em elementos representativos de seu protagonista (Mercury), como trejeitos, óculos e vestimentas excêntricas, além dos enquadramentos e tempo de tela de suas relações amorosas. A montagem é muito bem feita, particularmente, gostei muito dos planos e da fotografia bem carregada de cores, às vezes lembra as composições de HQ's com a tela se dividindo em vários quadros. Apesar de não ser fã do trabalho de Singer, aqui ele faz algo competente e grandioso, mesmo não concluindo todo o filme e passando a bola para o diretor Dexter Fletcher - é quase imperceptível essa quebra visual, mesmo com alguns problemas no escopo do 1º ato ao 2º, onde fica algo meio atropelado é compreensível. O filme do Queen não trata, apenas, de um "bigodudo gay", mas de um artista fenomenal e fora dos padrões. Bohemian Rhapsody é só uma pequena parte do que foi, e do que é, essa banda memorável - que eu sou muito fã - como o Queen, na figura do icônico Freddie Mercury. Queen é, e sempre será tão grande quanto The Beatles.
Você vai sair do cinema cantarolando We Are The Champions!