Batalhas em CG.
Muitas são as tentativas de grandes produtores de cinema em contextualizar algo que não possui, minimamente, conteúdo para isso, como jogos casuais, brinquedos ou mesmo jogos de tabuleiro, como é o caso deste Battleship. Se o resultado disso compensou o investimento é outra história.
O protagonista aqui é Alex Hopper (Taylor Kitsch), um jovem desajustado e sem rumo que acaba se tornando membro da marinha norte americana por conta da insistência de seu irmão mais velho, Stone Hopper (Alexander Skarsgård). O navio USS John Paul Jones é comandado pelo Almirante Shane (Liam Neeson desperdiçado), cuja situação mais complicada de sua carreira envolve a chegada de alienígenas na Terra.
Diante da prepotência humana em lidar com as tecnologias alienígenas, cabe a Alex Hopper a tarefa de elaborar um plano calcado pela estratégia para dar fim a ameaça de outro planeta. Bom, apesar de citar Sun Tsu em dado momento da produção, todas as soluções são simplistas ao extremo, não deixando com que os personagens tenham qualquer dificuldade em executá-las. A história consegue ser constrangedora em algumas situações, a ponto de deixar a sensação de um produto feito exclusivamente para o público sem exigências.
Por se tratar de um filme com alto investimento, as sequências de ação são incríveis. Mesmo fazendo uso de computação gráfica em muitas delas, a qualidade e realismo chega a impressionar, mesmo as que envolvem água e fogo são dotadas de uma qualidade de cair o queixo. Peter Berg certamente se inspirou no colega Michael Bay, já que usa e abusa de planos aéreos e rápidos para compor a ação sem qualquer pudor, além da fotografia que prima por tons quentes em grande parte o filme.
Apesar da historinha canhestra sem inspiração, BATTLESHIP - A BATALHA DOS MARES pode entreter aqueles que se atém a ação sem preocupação, contando com muitas explosões, efeitos especiais de primeira, navios que fazem drift em alto mar e uma trilha sonora que conta com AC/DC e Creedance no setlist. Esqueça Rihana e aproveite a casualidade da obra sem preocupações.