“Barry Lyndon” é um daqueles filmes que nos lembra porque Stanley Kubrick é o que é, vamos começar pelo ponto fraco do filme, o roteiro que é bem encaixadinho mas contem alguns furos, fora o ritmo que em alguns momentos se perdem, apesar de seus atos serem bem definidos, e as atuações que não empolgam apesar de não serem ruins, mas a fotografia deste filme sem duvida é uma das melhores do Kubrick e consequentemente do cinema, as cenas gravadas sem iluminação artificial são de uma beleza e realidade que são sul-reais, os figurinos e elementos de tela também são inacreditáveis, rico em detalhes e nos transporta diretamente para a época, e são perfeitos, juntamente com todas as composições de cena que são realmente uma obra de arte, os zoom in e out que Kubrick utiliza toda hora é para nos mostrar essa perfeição de cenário, isso é bem característico em seus filmes, mas nesse está fenomenal, se você pausar o filme a qualquer momento, você pode capturar a tela e mandar emoldurar e colocar na parede de sua casa, a beleza estética juntamente com os detalhes e composições de todas as cenas são algo que eu não consigo colocar em palavras, a trilha sonora não se destaca muito, mas quando aparece é fundamental e pauta o tom do filme, “Barry Lyndon” é belo, magnifico e triunfal nos seus quesitos técnicos que mostra toda aquela famosa obsessão de Kubrick pelos detalhes, as três horas do filme são um pouco desnecessárias, o roteiro se estende além do que se propõe, mas é bom termos mais um tempo para admirar a beleza do filme.