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    Barry Lyndon
    Média
    4,0
    254 notas
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    15 Críticas do usuário

    5
    5 críticas
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    Denison R.
    Denison R.

    3 seguidores 9 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 15 de dezembro de 2013
    O filme pode ser resumido em suas seis meia-horas (total: 3 horas):

    1a Meia hora: na sua terra natal, Nora e o Capitao Quin. Amor inocente. Fotografia barroca, luz natural com sombras, lembra Caravaggio;

    2a meia hora: suas andanças e aventuras ate dublin: o assalto o faz perder a inocencia, pensa em ganhar algo com o recrutamento; entra o regimento, vem as batalhas, nessa parte começa a fotografia tipo LaTour, com velas e fogueiras. Aqui acontece a morte do maior amigo e a deserçao. Barry vai ganhando malicia. A seduçao da bela Lischen;

    3a meia hora: a chegada do Capitão Potzdorf na vida de Barry é a primeira coisa importante a acontecer nessa meia hora. A descoberta da deserção e o recrutamento na infantaria prussiana, aqui Barry se torna uma pessoa sem inocencia. Aprende más condutas. O salvamento do Cap. Potzdorf faz este se tornar amigo de Barry. E este é recompensado passando a trabalhar como espião em altas esferas sociais. Vigiar o Chevalier, conterraneo, que passará a ser seu maior amigo. Aqui ele aprende a se virar como pode e entra no universo do jogo de cartas e seus truques sujos. De forma genial, sem docs e passaporte, levado por dois oficiais prussianos, Barry atravessa a fronteira em direção à sua liberdade;

    4a meia hora: esta meia hora é dominada pela dupla de jogadores profissionais de cartas por todas as cortes européias. Barry e seu amigo, o Chevalier. Nesse capitulo Barry perde toda esperança no amor romantico e passa a caçar uma mulher rica. Dai surge em sua vida a Condessa de Lyndon. Barry tenta caçar a condessa de toda forma. Mesmo com toda perda da inocencia, Barry não perde a pureza no olhar, que agora se tornou uma arma a seu favor. Barry se casa com a Condessa e se torna Barry Lyndon. Seu unico obstaculo: o filho ciumento de Lady Lyndon, o qual trará sua desgraça. Nasce o filho do casal e Barry se entrega às orgias extra conjugais. Nesta meia hora as cenas de nudez artistica são de uma pureza esplêndida;

    5a meia hora: continua no ritmo leve e rico em luxo do anterior. A mãe de Barry o desperta para o fato de ele precisar do titulo de Lorde. O filho da Lady se torna adulto e Brian, o filho do casal, morre num acidente. Lyndon torra quase toda a fortuna da Condessa para tentar comprar o titulo de Lorde. Mas, nao consegue devido ao seu mal comportamento. O ódio entre Barry e o filho mais velho da Condessa apenas cresce;

    6 - ultima meia hora é dominada pela bebedeira de Lyndon, a despedida do tutor e da tentativa de suicídio de Lady Lyndon. O duelo entre Barry e o filho mais velho da Condessa é o climax de todo o filme, um dos momentos de suspense mais glorioso da carreira de Kubrick. O final mostra um Barry Lyndon cheio de dividas, tendo de deixar a Inglaterra, pobre, sem herdeiros e com a perna amputada.
    Elvira A.
    Elvira A.

    906 seguidores 266 críticas Seguir usuário

    4,5
    Enviada em 3 de outubro de 2013
    Uma fotografia de encher os olhos, ótima reconstituição de época, boas atuações de Ryan O'Neal e Marisa Berenson. Mais um tento da direção de Stanley Kubrick.
    roberto mauro zebral da silva
    roberto mauro zebral da silva

    4 seguidores 23 críticas Seguir usuário

    5,0
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Minhas pastas de filmografia já constam quase 2000 filmes assistidos, mas este do Kubrick eu ainda não tinha assistido. Trata-se de outra obra-prima do cineasta. A produção é esmerada, impecável. A trilha sonora é marcante e todo o elenco funciona, como sempre, nas mãos de Kubrick. O filme já começa com uma grande cena: Barry Lyndon treme à frente de sua prima, demonstrando como o homem é fraco na presença da mulher. Depois temos as sequências inesquecíveis de como Kubrick fala da morte do filho de Lyndon. Uma outra cena marcante: o funeral do filho de Lyndon. Acho que o ponto alto do filme é o duelo entre Lyndon e o seu rival, o filho do primeiro casamento de sua esposa. Stanley Kubrick, com sua maneira muito particular de ver o mundo (parecida com a minha), cria personagens e situações com certo sarcasmo, tocando na ferida do ser humano. Filme obrigatório para o caderno de qualquer cinéfilo. Imperdível. Obra-prima. Nota 10. É um Stanley Kubrick.
    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
    SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR

    1.542 seguidores 293 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    São 180 minutos de cinema com qualidade exuberante, por vezes, até asfixiante. Este era o único filme do "enfant terrible" Kubrick que eu não havia assistido. Tenho de admitir que perdi muito em não tê-lo visto e revisto antes. Após ter me deleitado inúmeras vezes com "2001, uma odisséia no espaço", achava ser impossível um diretor consigar filmar algo que chegasse aos pés de sua maior (e da própria história do cinema) obra-prima. O roteiro de autoria do diretor foi baseado no livro de William Makepeace Thackeray, e conta as aventuras de um jovem, belo e pobre irlandês, Redmond Barry (Ryan O´Neal) que após participar de um duelo contra um oficial do exército inglês, se vê obrigado a refugiar-se em Dublin. Sua mãe lhe dá todas as suas economias antes de sua fuga. No trajeto Redmond é assaltado com toda a polidez do mundo, numa cena engraçadíssima. Aliás, esse é outro mérito de Kubrick, o humor por trás da maioria dos personagens. Não devemos esquecer também que ele conseguiu fazer do rosto bonitinho de Ryan O´Neal (aquele mesmo de Love Story) um bom ator. Redmond participa da guerra dos 7 anos entre a Inglaterra e a França. Ele passa por mensageiro inglês - que tinha livre acesso a qualquer território com o pretexto de levar documentos importantes - como uma forma de deserção do exército. Mantém um caso amoroso com uma bela jovem holandesa até que é pego com a boca no botija por um oficial prussiano (Hardy Kruger). Redmond tem agora que lutar pelo exército da Prússia, um dos que pior tratava os seus oficiais. No entanto, pelo fato de ter salvado o oficial prussiano que o denunciou, ele ganha condecoração, dinheiro e um trabalho de espião. Sua missão é averiguar as atividades ilícitas do Chevalier de Balibari (Patrick Magee). No final das contas os dois tornam-se amigos e comparsas no carteado. Redmond é o serviçal que fica de olho no jogo nas mãos das maiores autoridades européias, que tentavam superar o famoso Chevalier de Balibari. Ao fugir da Prússia, o nosso Macunaíma europeu do século XVIII decide que irá casar-se com uma mulher rica. Flerta, então, com a milionária Lady Lyndon (Marisa Berenson), que nessa altura ainda era casada com o moribundo Sir Charles Lyndon (Frank Middlemass). Eles vieram a contrair núpcias (bonito, hein?) um ano após o falecimento de Sir Charles. As coisas seriam ótimas não fosse pela presença do filho de Lady Lyndon, Lord Bullingdon (Leon Vitali), de 7 anos de idade. Ele foi a pedra no sapato de Redmond durante o resto de seus dias. Após um período epicurista, Redmond retoma a sua paixão pela esposa, que culmina com o nascimento de seu filho. No entanto, a felicidade não vai durar para sempre. A parte técnica do filme é impecável. A música de Leonard Rosenman (com um tema de Handel, que é a marca registrada do filme); a fotografia de John Alcott; o figurino de Milena Canonero. Todos, por sinal, agraciados com o Oscar de 1975. Nunca o período vitoriano foi tão brilhantemente descrito como em "Barry Lyndon", magnífico exemplo de que o cinema é a maior das artes por ter a possibilidade de unir literatura, pintura, história e teatro no seu bojo.
    denis
    denis

    1 seguidor 10 críticas Seguir usuário

    2,5
    Enviada em 9 de fevereiro de 2012
    Visualmente é um filme perfeito, com imagens belíssimas e ricos detalhes da Era Vitoriana. Porém para algumas pessoas impacientes o andamento do filme pode chegar a incomodar muito, já que Kubrick não se importou em dar agilidade ao seu filme e propositalmente fez algo que poderia ser chamado como uma verdadeira pintura feita cena após cena, adicionando pequenos detalhes aqui e ali. É um filme único por possuir um raro sentido de percepção crítica em relacão à crueldade e efemeridade da vida e das coisas sem ter que ser explícito e redundante; sutilmente e lentamente desencadeia cada processo banal e fatal que a maioria de nós passamos. Discordo de alguns críticos que dizem que este é um dos piores filmes de Kubrick, ele é somente o que mais difere (se é que se pode afirmar isto) por não possuir o elemento kubrickiano de choque, surpresa e final aberto ou surpreendente."
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