Houve quem o abandonasse pela metade, mas este filme merece cada segundo: uma história inspiradora com trilha sonora perfeita
Apaixonado por cultura pop, latinidades e karê, Diego ama as surpresas de Jordan Peele, Guillermo del Toro e Anna Muylaert. Entusiasta do MCU, se aventura em estudar e falar sobre cinema, TV e games.

Filme está disponível em serviço de streaming.

Ao longo da história do cinema muitos filmes fizeram com que, por motivos diversos, alguns espectadores decidissem abandonar a sala antes do final da exibição. No entanto, curiosamente, em muitos dos casos o motivo não tinha relação com a qualidade do longa. Na verdade, em muitas ocasiões, o abandono de salas de cinema está ligado a uma questão de... estômago.

Exemplos disso poderiam ser o famoso filme A Travessia, que foi filmado em 3D com tanto realismo que impossibilitou a apreciação de pessoas com vertigens; Pulp Fiction, de Quentin Tarantino, ou Irreversível, de Gaspar Noé, pelas suas cenas de violência; e até mesmo A Bruxa de Blair ou Cloverfield, que devido ao seu status de imagens encontradas deixaram algumas pessoas tontas enquanto assistiam.

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Outro caso famoso, bem diferente dos anteriores, foi o de A Árvore da Vida, de Terrence Malick, cuja lentidão e a abstração de sua trama tornaram as saídas do cinema tão comuns que alguns cinemas chegaram a devolver o dinheiro aos espectadores.

Porém, devemos dizer que muitos dos filmes que fizeram com que as pessoas abandonassem o cinema por um motivo ou outro merecem cada milésimo do seu tempo. Basta mencionar Laranja Mecânica, de Stanley Kubrick, a obra-prima do terror O Exorcista, o próprio Pulp Fiction ou, mais recentemente, Titane, de Julia Ducournau, vencedor da Palma de Ouro no Festival de Cinema de Cannes em 2021.

Um outro exemplo recente é, sem dúvida, o filme 127 Horas, dirigido por Danny Boyle e estrelado por James Franco. Um filme que tem pontuação praticamente perfeita no Rotten Tomatoes - 93% - e que se diferencia dos anteriores por não ser denso, nem extremamente violento, nem abordar nenhum tema polêmico. O problema que muitas pessoas tiveram com 127 Horas é uma única cena. Uma sequência, sim, que dura bastante e é absolutamente explícita apesar da crueza do que acontece nela.

Se você já viu o filme de 2011, sabe que estamos nos referindo ao momento em que o protagonista, um alpinista preso em uma rocha, corta o próprio braço para escapar e sobreviver. É a história verídica de Aron Ralston (Franco), um aventureiro que explorava o Blue John Canyon, perto de Moab, Utah, quando um deslizamento de montanha esmagou seu braço contra a rocha, impedindo todos os seus movimentos. Depois de vários dias tentando se libertar e pensando que iria morrer, Ralston quebrou os ossos com uma pedra e depois cortou os músculos e a carne com uma faca.

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Essa façanha salvou sua vida, mas a cena foi filmada com tantos detalhes, realismo e closes por Boyle que teve gente que não aguentou. Na época foram publicados diversos relatos de pessoas que vomitaram, desmaiaram e tiveram convulsões durante a exibição, então, por melhor que seja o filme, a anedota marcou sua passagem pelos cinemas.

Na verdade, o próprio Boyle confessou em declarações ao Deadline que temia que as pessoas abandonassem o cinema por causa da cena. “Meu medo era que as pessoas saíssem nesse momento. É uma homenagem a James que, mesmo não sendo uma cena fácil de assistir, você vê pessoas fazendo um esforço para ficar.” Ele acrescentou: “Você está em uma jornada e as coisas que acontecem são difíceis. É importante que as pessoas saibam que passaram por algo e que isso traz uma recompensa”.

Atualmente, 127 Horas pode ser visto no catálogo do Disney+.

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