Crítica do filme ARQ por Assu Broussard

ARQ é um filme intenso ambientado num mundo distópico devastado pelas guerras e conflitos armados travados entre uma corporação mega poderosa e os combatentes da resistência, gente comum, planejando recuperar o poder mundial de tal corporação. Mas o que é interessante é que esse plano de fundo no qual a história transcorre é pouco abordado, há implícitos e sutilezas, sem desconsiderar os limites, instigando nossa imaginação através das poucas e valiosas informações que nos são transmitidas. O foco do filme recai sobre a relação dramática entre os protagonistas e a situação dentro da casa, nada mais nada menos do que um loop temporal do qual dependem suas vidas. Com uma filmagem dinâmica, cenas frenéticas e muito mistério, o filme combina perfeitamente elementos indispensáveis de ficção científica que o enaltecem com um contexto fulminante e o transcorrer intenso e agitado que realça a estética do filme. Apesar de pouco apreendermos sobre esse universo envolto na distopia, em função da maioria das cenas se passarem na casa e do firme realce do loop temporal, obtemos o suficiente para declarar sem medo de errar: um filme incrível. Não apenas mais um de viagem no tempo. Mas, ao contrário, aquele filme de viagem no tempo!