Assu Broussard
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3,5
Enviada em 13 de janeiro de 2025
Histórias distópicas tem por hábito e assim são definidas como empreitadas artísticas que visam projetar um mundo futuro marcado por aspectos degradantes que contrastam nitidamente com o acentuado avanço da tecnologia mostrado na tela sem demora. Não é bem uma regra inalterável ou infalível. Há variações, para o nosso proveito, como em qualquer gênero artístico. Algumas dessas variações são sutis, outras mais exacerbadas. No entanto, um elemento estético que parece figurar sempre é o desencanto e a desilusão patentes pelo futuro, como se nossa condição só tendesse a se degradar inexoravelmente. Tudo isso posto em um molde estético específico. Na nova versão de Vingador do Futuro, acompanhamos um mundo desmoronando, mas muita ação e cenas de perseguição frenéticas que nos fazem saltar no sofá e se ater a história transcorrendo bem diante de nós. Um solavanco provocado por um roteiro ousado, rico e amplo, nos convencendo de que, apesar de centrados em catástrofes delirantes se abatendo sobre uma sociedade, histórias distópicas têm os componentes exatos para nos entreter, nos fascinar e nos mostrar a mágica do cinema. Como um remake de uma época em que as distopias eram a tônica, Vingador do Futuro traz a prova incontestável de que engenhosidade e criatividade sempre funcionam, mesmo que a perfeição não seja o verdadeiro objetivo.