cinetenisverde
Filmes
Séries
Programas
4,0
Enviada em 20 de fevereiro de 2017
Este é um filme que lida com espíritos. Porém, não são apenas espíritos além-vida, mas espíritos do mundo de hoje que vivemos, residindo em corpos inertes, vagando sem destino, odiando suas vidas e querendo ser outra pessoa. A atuação de Kristen Stewart é primordial aqui. Sempre incapaz de expressar muitas emoções, sua personagem é a figura latente em cada um de nós quando nos afastamos do nosso eu. Ela não gosta de seu trabalho e ...
Leia Mais
4,0
Enviada em 17 de fevereiro de 2017
Este é o filme indicado ao Oscar por fazer chorar. E por falar de um caso real, emocionante, e por falar sobre miséria e como os brancos são privilegiados. Se for um branco que fala inglês, então, nem se fala: a maioria do filme é falado em inglês.

E até por ser falado em inglês ele é elencável para o Oscar.
5,0
Enviada em 17 de fevereiro de 2017
“Fortran é uma nova e excitante linguagem usada por programadores para se comunicar com computadores…” – começa lendo Dorothy Vaughan, líder das programadoras de cor da NASA. É difícil imaginar como uma espécie tão irracional a ponto de subestimar a mente humana baseada na cor e sexo do corpo que a carrega teria conseguido chegar até ao espaço. Assistindo a Estrelas Além do Tempo torna-se difícil imaginar como colocariam um ...
Leia Mais
3,0
Enviada em 16 de fevereiro de 2017
Eu não sei se a bronca pela série de filmes com Christian Grey e Anastácia Steel (esses nomes são bons, não?) é porque as feministas ficam com nojo de um casal normal, com problemas como todo mundo, e com preferências sexuais particulares (como todo mundo) ou elas abraçaram, assim como os conservadores, a noção patética que existe apenas uma forma de ser feliz, e ela não pode de maneira alguma ter relação com a vida de um ...
Leia Mais
3,0
Enviada em 16 de fevereiro de 2017
Este é mais um filme de época. Dessa vez o foco é uma jovem rainha da Suécia, Cristina, considerada uma das mulheres mais instruídas de sua época (o que, se considerarmos como era o século 17, não era pouca coisa). A atriz que a interpreta, Malin Buska, rivaliza com Kristen Stewart como Bella Swan em Crepúsculo. E além disso o filme flerta com três estilos diferentes: um drama carregado, uma comédia de costumes e uma novela ...
Leia Mais
5,0
Enviada em 15 de fevereiro de 2017
Este é um filme que presta uma homenagem mais do que merecida a um homem que salvou diversas vidas durante uma batalha sem atirar uma bala. Mel Gibson, porém, pega o roteiro de Robert Schenkkan e Andrew Knight e transforma em algo muito, muito maior. Este é um filme de guerra que realiza uma ode à não-guerra. Ele usa levemente a simbologia cristã, mas seu foco são os princípios morais que regem a carnificina legalizada que é um campo de ...
Leia Mais
2,0
Enviada em 14 de fevereiro de 2017
Ale McHaddo foi o responsável pelo CD-ROM daquele jogo eletrônico em que Marisa Orth era a Esfinge. Isso nos anos 90. Se você se lembra disso, é capaz de entender quanto tempo e dedicação são necessários para construir algo no Brasil em termos de criação. E aqui McHaddo está de novo, em seu estúdio de cinema, produzindo com ajuda de dinheiro estatal uma animação em um 3D raso que se pendura em referências pop fáceis como E.T., ...
Leia Mais
4,0
Enviada em 13 de fevereiro de 2017
Este é um filme que se constrói inteiro na performance do seu ator principal, Casey Affleck, que estabelece um protagonista (Lee Chandler) traumatizado com um realismo que só consegue ser sentido no seu último momento na companhia de sua ex-esposa (uma Michelle Williams igualmente competente e com muito menos tempo de tela). Também é um filme que te leva fácil, pois tem uma história fácil para contar. São as entrelinhas que interessam, ...
Leia Mais
4,0
Enviada em 12 de fevereiro de 2017
Dos mesmos “mestres construtores” de Uma Aventura LEGO, este Lego Batman vem para iniciar uma franquia já sugerida no original. E vira um dos melhores filmes de Batman sobre filmes de Batman já idealizados por uma criança! A história usa e abusa de todas as histórias anteriormente contadas sobre o homem-morcego e se aproveita do traço mais conhecido do herói: seu isolamento emocional. Não se trata de pouca coisa quando você tenta ...
Leia Mais
4,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2017
Um senhor cheio de gueixas, uma esposa generosa e uma amante ninfomaníaca fazem a história de Império dos Sentidos percorrer uma curva de aprendizado sobre sexo. Ambientado no Japão da década de 30, o mais curioso é que esse ato aparentemente podia ser praticado sem nenhum pudor na casa de alguém que tinha várias gueixas para servi-lo. Além disso, a própria gueixa-amante podia ir para outro senhor a possui-la em troca de dinheiro, no ...
Leia Mais
4,0
Enviada em 7 de fevereiro de 2017
Fences é um filme baseado em uma peça. Mas isso dá pra saber logo nos primeiro minutos do filme dirigido por Denzel Washington e adaptado pelo próprio dramaturgo August Wilson. A história se passa praticamente na casa e nos arredores da casa dos Maxson, uma família cujo patriarca, Troy (Washington), é uma figura encontrada facilmente entre as camadas mais pobres da sociedade, muitas vezes criado por pais ainda mais rígidos que ele. É ...
Leia Mais
2,0
Enviada em 5 de fevereiro de 2017
O objetivo desse filme é te convencer que o sistema carcerário americano é um resquício do sistema escravagista do passado. Para isso ele irá distorcer significados de boa parte da história política do século 20 da forma que convir, fazer propaganda (ainda que crítica) a favor dos democratas em detrimento dos republicanos (que possuem um espantalho como Donald Trump para fazer o serviço), apelar para os sentimentos do espectador sem ...
Leia Mais
5,0
Enviada em 4 de fevereiro de 2017
Denis Villeneuve (Incêndios, Os Suspeitos, O Homem Duplicado) nos apresenta uma ficção científica completamente focada em seu drama. Tudo o que está além da realidade no filme nos serve como reflexão sobre as falhas de comunicação da humanidade como um todo, e uma reflexão ainda maior sobre a falha de comunicação dos nossos sentimentos uns para com os outros. A Chegada imortaliza um conceito apresentando-o da maneira mais ...
Leia Mais
3,0
Enviada em 4 de fevereiro de 2017
Um filme sueco indicado a Oscar de filme estrangeiro e maquiagem. A maquiagem de fato é algo marcante em Um Homem Chamado Ove, mas não apenas no rosto dos atores, mas em todo o filme. Seu design de produção, sua narrativa e seu roteiro transformam um estudo de um personagem difícil como Forrest Gump em uma comédia/drama/romance folclórico, que mantém seus pés no chão da Suécia hoje em dia, que definha em torno de uma cultura que ...
Leia Mais
2,0
Enviada em 1 de fevereiro de 2017
As animações de teor francês, como o indicado ao Oscar Minha Vida de Abobrinha e este (canadense) A Bailarina estão francamente em declínio desde a refilmagem de O Pequeno Príncipe (que foi o ápice). Manipulativo do começo ao fim, tendo personagens que verbalizam suas emoções (e as dos outros, mesmo se os conheceram há duas horas) e câmeras lentas com saltos ornamentais e muita música pop (apesar da história ser sobre balé e Paris ...
Leia Mais
5,0
Enviada em 31 de janeiro de 2017
Este é mais um documentário para abrir e manter aberta a ferida do passado de segregação racial norte-americana. Algo precisa ser feito, de acordo com o autor, James Baldwin, cujo roteiro é baseado em seu romance inacabado. Baldwin foi amigo/conhecido de três ícones do movimento negro americano: Medgar Evers, Malcolm X e Martin Luther King. Curiosamente, como ele bem coloca, cada um deles uma liderança muito diferente, muito única, do ...
Leia Mais
4,0
Enviada em 27 de janeiro de 2017
Existe uma aura de saudosismo misturado com melancolia que cobre Hollywood. Junto dela os sentimentos mais exagerados no Cinema são celebrados em La La Land, que constrói, sim, mais uma homenagem à Sétima Arte (e aos musicais), mas ao mesmo tempo não pára por aí. O seu sentimento de que há algo especial nisso tudo que merece ser preservado se une com a ideia ambiciosa de que é justamente a mudança que preserva os fundamentos que tornam ...
Leia Mais
3,0
Enviada em 27 de janeiro de 2017
Esta é uma animação em stop-motion irretocável, com um tema lúdico de cores e formatos belíssimos, texturas criativas e movimentos perfeccionistas. Tem pouco mais de uma hora de duração e durante todo esse tempo impressiona pelos seus dotes artísticos. Porém, como narrativa, peca, e muito. É simplório, bobinho, limitado. Assim como o bobo O Menino e o Mundo, que converte ideologias em fatos através dos olhos de uma criança – ...
Leia Mais
4,0
Enviada em 24 de janeiro de 2017
Este é um filme intimista que lida com nossa percepção de humanidade, e desumanidade. Ela conta a história de uma doutora competente, perfeccionista, mas que por isso mesmo atende seus pacientes como doenças a serem solucionadas ou mantidas sob cuidados constantes. Apenas com um gesto automático, ela causa a morte indireta de uma moça desconhecida em frente ao seu consultório e a desistência de seu estagiário da medicina. A redenção ...
Leia Mais
3,0
Enviada em 23 de janeiro de 2017
Este é um drama que une três mulheres e suas relações com homens que viram seus bonecos (e vice-versa). A discussão gira em torno de ter ou não bebês e de ter ou não amantes. Acaba virando um thriller com aquela reviravolta que todos já conhecem, mas no meio do caminho acompanhamos as semi-divertidas aventuras de uma mulher sem destino, que insiste em pegar um trem mesmo sem ter aonde ir, devidamente alcoolizada e sem noção do que foi ...
Leia Mais
5,0
Enviada em 22 de janeiro de 2017
Na época o que mais havia eram filmes independentes sobre famílias disfuncionais. Isso virou um sub-gênero que até hoje é a base de muitos trabalhos, autorais ou não. Porém, Pequena Miss Sunshine aproveita este tema para desenvolver uma crítica ácida e bem-humorada sobre a cultura norte-americana, que divide a sociedade em vencedores e perdedores. Este filme celebra o fracasso não como um ato subversivo, mas como uma forma de dizer que ...
Leia Mais
2,0
Enviada em 21 de janeiro de 2017
Este é um filhote dos filmes que criticam os ricaços de Wall Street que fraudaram seus clientes. Juntando em um bolo só, aqui os clientes são também funcionários de um prédio chique em Nova Iorque onde o ricaço é o cliente. Há um quê de retorno aos anos 80, com Eddie Murphy fazendo um ladrão pé-de-chinelo e um plot previsível entediante. O que salva é o elenco competente, com piadas engraçadas o suficiente para tornar a experiência passável.
5,0
Enviada em 20 de janeiro de 2017
Quando quiser ver um filme sobre o nazismo realmente forte, não esqueça de procurar por um diretor russo. E no caso de Andrey Konchalovskiy, seu “Paraíso” flerta duramente com “A Fita Branca”, um trabalho de Michael Haneke que, como de praxe, desafia o espectador a achar um pingo de esperança na humanidade (spoiler: você nunca acha). Infelizmente (ou felizmente) Konchalovskiy não vai tão além, e se rende a um água-com-açúcar em ...
Leia Mais
4,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Aroma de série de TV. Acontecimentos espaçados em episódios, convenientemente movendo a história. Apesar disso, este é um filme que consegue dialogar o tema da imigração com uma sutileza ímpar ao lidar com o arco narrativo de sua heroína de maneira sóbria.
3,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Este é daqueles filmes bonitinhos, com lição de moral, ou lição de vida, que tenta aumentar a trilha sonora solene e emocionante sempre que pode, além de colocar lágrimas nos rostos dos personagens para induzir o espectador ao choro fácil. Choro fácil este que não vem, já que seus personagens não são assim tão carismáticos, e o protagonista, apesar da história de vida sofrida, parece não possuir condições de exprimi-la de uma maneira civilizada.
5,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Muitos não gostaram do resultado final em Sin City, um longa que emula com perfeição o visual de uma graphic novel. Isso, de certa forma, explica o marasmo do Cinema comercial, onde a mesmice é condecorada, e as criações originais, boas ou ruins, são vistas simplesmente como boring. Não se engane: quando alguém diz que não gostou de algo diferente, na esmagadora maioria dos casos não é porque ela possui uma visão crítica com ...
Leia Mais
3,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
O estúdio responsável pelo Meu Malvado Favorito e Os Minions agora vem reciclar sua biblioteca de criaturas e vai explorar justamente mas uma coisa que humanos acham uma fofura: animais domesticados.
2,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Black Mirror é uma série que realiza com sucesso uma crítica à tecnologia atual e em um futuro próximo (e talvez distópico). E ela faz isso em episódios de uma hora, que de acordo com alguns espectadores da Netflix, é “tempo demais para contar uma história tão simples”. Pois bem. Nerve vem à tona como uma versão para jovens em um longa metragem que tem tempo demais de tela para uma história boba e imprevisível porque, no fundo, ...
Leia Mais
4,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Não se engane com a simplicidade deste filme (porque ele é bem simples). Seu jogo de cintura rápido, suas gags ligeiras – metade ruim, metade interessante – seus conceitos um tanto esquizofrênicos – uma hora algo é importante, depois é outra, depois volta de novo – e os diálogos expositivos de tudo que está acontecendo – principalmente da boca do filho de um casal super-ocupado – parecem obra de um amador. Parece tanto, mas ...
Leia Mais
4,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Filmes baseados em jogos não costumam gerar resultados positivos. Um jogo para celulares, então, teria probabilidades maiores ainda de fracassar como Cinema. Porém, eis aqui um filme que aproveita cada oportunidade de sua história para evocar o universo simples de Angry Birds. Ele constrói personagens e seu mundinho baseados nos elementos do jogo, mas está longe de ser apenas isso. É um filme sobre como os sentimentos ditos como negativos ...
Leia Mais
3,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Este é daqueles filmes bonitinhos, com lição de moral, ou lição de vida, que tenta aumentar a trilha sonora solene e emocionante sempre que pode, além de colocar lágrimas nos rostos dos personagens para induzir o espectador ao choro fácil. Choro fácil este que não vem, já que seus personagens não são assim tão carismáticos, e o protagonista, apesar da história de vida sofrida, parece não possuir condições de exprimi-la de uma maneira civilizada.
5,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Este é um filme texano no sentido mais texano da palavra. Ele exibe contemporaneidade usando a crise de 2008 como pano de fundo de uma dupla de irmãos que trazem de volta o fantasma de Bonnie e Clyde em um formato totalmente novo, mas realista, intenso e dramático. Tudo isso em um policial dos bons, que usa a ação a seu favor e que ainda se beneficia pela presença de Jeff Bridges, que cria personagens paradoxais a cada filme que participa.
5,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Um milagre acontece. E está um bom ano para milagres em animação. Trolls, assim como Angry Birds como adaptação de games e Zootopia como a contemporaneidade da vida social, consegue se tornar um exemplo ainda melhor de como pegar um fiapo de argumento -- brinquedos feios da década de 80/90 -- e transformar em uma ode à felicidade, à referência de uma era, ao retorno da simples e não-cínica vida comum.
4,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Esta revisita nos anos 90 ao conto dos irmãos Grimm usa os próprios documentaristas dessa fábula folclórica para dar um laço mais realista à história imortalizada por Disney. Usa atores compentes em situações interessantes -- o que Morgana faz como a madrasta? -- e ao mesmo tempo decide formatar seu núcleo em um romance convencional, de época e água com açúcar. Mas, ainda assim, apaixonante.
3,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Algo vem me incomodando nos filmes da Marvel. Algo que normalmente passa batido em outros filmes menores: não há personagem nenhum nas histórias, exceto seu herói protagonista. Às vezes um vilão. Aqui há apenas um inicial anti-herói, cercado de pessoas que estão aí para falar o resto dos diálogos. São coadjuvantes. Normalmente possuem funções mais elaboradas do que descrever o universo onde se passa a história ou como o personagem ...
Leia Mais
1,0
Enviada em 17 de janeiro de 2017
Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal não é apenas um filme ruim. Ele vai muito além do que simplesmente duas horas desperdiçadas. Ele trai uma trilogia bem acabada e desencanta um universo intocável. E vai ainda além. Ele subverte a beleza da aventura realista de tempos pré-digitais em prol de um fundo verde que dá lugar a uma pavorosa fotografia que empalidece até o conceito de filme de ação contemporâneo. Ele explora ...
Leia Mais