João Lucas B.
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4,0
Enviada em 19 de fevereiro de 2020
Em "The warriors", penetramos em uma Nova Iorque marginal, tomada por gangues caricatas e estilizadas (típicos do gênero "teensploitation") que representam, cada uma, um trecho do território novaiorquino. O foco narrativo se estabelece sobre a gangue dos "Warriors", que saem de Coney Island, no Brooklyn, para um comício com o líder da maior gangue da cidade. Porém, esse líder é assassinado e a culpa recai sobre os Warriors, que tem de voltar para Coney Island enquanto são perseguidos por todas as outras gangues.
O figurino e a maquiagem tornam todas as gangues únicas e peculiares, por vezes até caricatas e artificial, o que acaba incluindo o filme em um universo característico e fantasioso, ao passo que brinca com o realismo com cenas de ação. Essas escolhas narrativas dão ao filme uma cadência própria e icônica, que muito influenciou a cultura pop americana.
Assim, o filme cresce e traça uma narrativa épica ao acompanhar a jordana dos Warriors, que entre brigas e fugas, apresentam uma identidade própria e uma forte união. A forma de retratar Nova Iorque também contribui para o universo sombrio e sujo de "The Warriors", funcionando como um faroeste urbano. Assim como em Taxi Driver, o filme dá vida própria à cidade, que respira e transborda pelas ruas desertas e ameaçadoras.
Desse modo, "The Warriors" abraça o caos da jornada que a gangue enfrenta e apresenta, em seu macro, uma unidade estilística, que torna o filme um clássico e o eleva muito além de um simples filme de ação do gênero exploitation.
Nota: 7.6