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O filme Ondas do Destino tem um argumento sobre valores universais humanos. É um tratado sobre a vida e a morte, a solidão e a liberdade, a felicidade e a condenação. Neste longo filme de Lars Von Trier é chamada a atenção à moralidade, às nossas regras (o que pode nos levar à uma conclusão equivocada que o diretor quer atacar instituições, como a igreja ou valores como o machismo). É claro que ele se utiliza destes conteúdos. Porém, vai mais além. O maniqueismo arraigado na trama pela grande força das atuações não encerra o discurso do filme. Podemos identificar aí uma camada do filme. Trier quer debater sobre a nossa mente através de conceitos de sanidade e loucura. Trier busca enxergar como o ser humano consegue relacionar-se com seus limites. Trata da fé. Trata do amor humano: possessivo ou libertador? Um filme para aproveitar os grande "intervalos" de conteúdo para refletir. Um filme com muito do Dogma 95, mas Trier brinca com sua própria anarquia, valendo-se de um desenho de produção robusto e uma trilha essencialmente linda para o início de cada capítulo ou ato de seu filme. Assista buscando muito além de uma crítica social. O filme não é só isso (o que já seria grandioso). É um inventário sobre a vida humana, nossos valores, nossas decisões.