Crítica do filme Operação Red Sparrow por Ricardo M.

Dominika Egorova (Jennifer Lawrence) é uma bailarina em ascensão que tem sua carreira interrompida por um acidente que a afasta dos palcos, motivando o agente do serviço secreto russo, Vanya Egorov (Matthias Schoenaerts), a escalá-la como eventual espiã da organização em questão. Parte do preparo de Dominika envolve a capacitação na famosa Escola Estadual 4, tida com uma das mais conservadoras e rigorosas do mundo quando se fala em espionagem, razão esta que leva a protagonista, de forma prematura, a "atuar" em prol de seu país para descobrir ações obscuras da CIA em solo russo.

Sustentado essencialmente pela força das interpretações de seus protagonistas, OPERAÇÃO RED SPARROW não desponta como a produção notável que tinha pretensões de ser, haja vista que a história possui força apenas nos elementos que menos recebem atenção da narrativa, como é o caso da escola de espiões. Do ponto de vista técnico percebe-se a qualidade de uma grande produção de Hollywood, com locações adequadas e coerentes, além de uma fotografia nada sutil que se esforça muitas vezes para a exibição de violência com o propósito único de exaltá-la.

É um filme de espionagem que exige pouca atenção ou reflexão do expectador, mas consegue garantir pouco mais de duas horas de diversão morna e razoavelmente interessante.