Ricardo M.
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3,0
Enviada em 20 de setembro de 2019
Sob a premissa de aliviar-se do constante stress, Louis (Jason Clarke) se muda com a esposa e filhos para um pacata cidade interiorana. Um dos elementos não informados pelos vendedores do imóvel adquirido é de que nos arredores há um antigo cemitério de animais, ainda usado pela população. As origens do local têm relação com rituais indígenas, que por sua vez produzem complicadas reações ao colocar em questionamento conceitos acerca da morte e como conviver com ela, algo que Louis enfrentará arduamente.

Inspirado na obra do célebre autor americano Stephen King, o remake de CEMITÉRIO MALDITO tem bons elementos que trafegam pelo psicológico ao tratar da dificuldade em lidar com a eventual presença da morte, seja simplesmente ao falar dela abertamente ou conviver com a fatídica evidência da perda de um ente próximo. Este, sem dúvida, é o ponto mais interessante do filme, pois mostra duas perspectivas do casal de protagonistas que muitas vezes duelam entre o lado espiritual e o científico.

Do ponto de vista do terror, faltou certa astúcia dos diretores Kevin Kölsch e Dennis Widmyer em criar efetivamente o suspense, característica que daria muitos pontos à obra que possui ótima proposta, mas falhou por abordar em demasia os ambientes muito escuros com nítidos efeitos em CG para caracterizar os detalhes. Estão lá os elementos de terror, as reações e ações descuidadas dos personagens, as explicações da origem do cemitério e as consequências do pós-morte, no entanto, depois de tantos filmes abordando o gênero, o resultado oscila próximo ao mediano.