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Em abril de 2009, um caso chamou a atenção do mundo todo: quatro piratas somalis subiram a bordo do navio estadunidense Maersk Alabama. Por cinco tensos dias, Richard Phillips, o capitão da embarcação, foi mantido refém sob a mira dos criminosos. Quatro anos depois, essa história incrível chega às telas do cinema pelas mãos de Paul Greengrass, conhecido por transformar acontecimentos geopolíticos em produções de qualidade, como os ótimos "Voo United 93" e "Zona Verde", isso sem falar na aclamada trilogia "Bourne".
Interpretado pelo prestigiado Tom Hanks, Richard Phillips é mostrado como um homem pacato e responsável logo nas primeiras cenas. No entanto, frente a um desfecho trágico, Phillips vai pouco a pouco sucumbindo ao desespero. Concentrado no drama e na seriedade dos acontecimentos, Hanks literalmente transforma-se no personagem, ficando praticamente impossível não sofrer junto na companhia deste cena após cena. Sem dúvida, um trabalho louvável e digno de Oscar.
Entretanto, seria injusto falar de Hanks e esquecer de Barkhad Abdi. Na pele do pirata Muse, o jovem ator somali compõe um tipo de papel raro no cinema. Seu antagonista é, sem sombra de dúvida, um homem violento e cruel. Porém, com o decorrer da trama suas atitudes são justificadas pela realidade social em que se encontra, ficando difícil desejar sua morte. O que poderia ser uma falha fatídica do filme é transformado em um às na manga do diretor Paul Greengrass e do roteirista Billy Ray. A situação do vilão pouco detestável é explorada linha a linha no roteiro por meio de subtextos políticos, seja nos momentos em que Murse questiona a pesca de nações desenvolvidas em águas somalis ou no trecho em que Phillips indaga o motivo do pirata ainda estar na vida de crime se recentemente lucrara com um sequestro milionário.
Diferente do que muitos cineastas hollywoodianos fariam, Greengrass opta por escalar atores somalis para viver os criminosos, uma maneira de conferir realismo à trama, visto também que a maioria da parte dos diálogos deles são em sua língua nativa.
Utilizando várias tomadas aéreas, o diretor exprime tensão em suas cenas por meio de uma intensa trilha sonora acompanhada de uma ligeira sonoplastia, com destaque para o trecho em que o barco pirata se aproxima do navio Alabama, um verdadeiro momento de desespero para o público.
Se "Capitão Phillips" irá se tornar um clássico só o tempo dirá. Até lá, cabe apreciar suas várias qualidades e esperar ansiosamente por sua presença na premiação mais famosa do cinema mundial, o Oscar.
Interpretado pelo prestigiado Tom Hanks, Richard Phillips é mostrado como um homem pacato e responsável logo nas primeiras cenas. No entanto, frente a um desfecho trágico, Phillips vai pouco a pouco sucumbindo ao desespero. Concentrado no drama e na seriedade dos acontecimentos, Hanks literalmente transforma-se no personagem, ficando praticamente impossível não sofrer junto na companhia deste cena após cena. Sem dúvida, um trabalho louvável e digno de Oscar.
Entretanto, seria injusto falar de Hanks e esquecer de Barkhad Abdi. Na pele do pirata Muse, o jovem ator somali compõe um tipo de papel raro no cinema. Seu antagonista é, sem sombra de dúvida, um homem violento e cruel. Porém, com o decorrer da trama suas atitudes são justificadas pela realidade social em que se encontra, ficando difícil desejar sua morte. O que poderia ser uma falha fatídica do filme é transformado em um às na manga do diretor Paul Greengrass e do roteirista Billy Ray. A situação do vilão pouco detestável é explorada linha a linha no roteiro por meio de subtextos políticos, seja nos momentos em que Murse questiona a pesca de nações desenvolvidas em águas somalis ou no trecho em que Phillips indaga o motivo do pirata ainda estar na vida de crime se recentemente lucrara com um sequestro milionário.
Diferente do que muitos cineastas hollywoodianos fariam, Greengrass opta por escalar atores somalis para viver os criminosos, uma maneira de conferir realismo à trama, visto também que a maioria da parte dos diálogos deles são em sua língua nativa.
Utilizando várias tomadas aéreas, o diretor exprime tensão em suas cenas por meio de uma intensa trilha sonora acompanhada de uma ligeira sonoplastia, com destaque para o trecho em que o barco pirata se aproxima do navio Alabama, um verdadeiro momento de desespero para o público.
Se "Capitão Phillips" irá se tornar um clássico só o tempo dirá. Até lá, cabe apreciar suas várias qualidades e esperar ansiosamente por sua presença na premiação mais famosa do cinema mundial, o Oscar.