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Um filme que emociona e faz refletir sobre o inconsciente dos doentes mentais, especialmente dos esquizofrênicos. A psiquiatra Nise da Silveira revolucionou os métodos de tratamento da doença, até então empregados, que se restringiam aos eletrochoques e à lobotomia. Ela começou seu trabalho em Engenho de Dentro (RJ) em 1944, preferindo chamar os doentes de "clientes", porque achava que o termo "pacientes" deveria ser aplicado a quem cuidava deles. Deixando-os livres, respeitando sua individualidade, tentando entender o porquê da agressividade de alguns, Nise enfrentou a descrença dos psiquiatras reacionários. A terapia da pintura, aliada à música, fez aflorar inúmeros talentos e entrou para a história. A exposição dos quadros, organizada pelo crítico de Arte, Mário Pedroza, surpreendeu a todos. Gostei especialmente de uma frase dita por Nise a um colega: "Eu uso o pincel, e você usa um picador". Algumas cenas marcantes foram ao do primeiro passeio ao ar livre, a quadrilha, o amor transmitido na relação entre os clientes e os animais. A própria Nise tinha dois gatos. Muito boa a ideia de, ao final do filme, mostrar imagens da verdadeira Nise da Silveira e dos seus clientes. Fantástica atuação de Glória Pires, muito sóbvtia e discreta, e do elenco. Recomendo assistir com atenção e emoção.