Elvira A.
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4,0
Enviada em 23 de junho de 2017
"A Cabana" esteve durante meses na lista dos best-sellers em 2007, e somente agora foi transformada em filme. Os temas do perdão, da vingança, da dor, da culpa costumam tocar fundo nas almas das pessoas. Durante a primeira metade do filme, a ação transcorre de maneira lenta, e até monótona. A partir do encontro do personagem Mackenzie Phillips (Sam Worthington) - um pai amargurado e que transmite esse sentimento à família, após o assassinato da pequena filha Missy - com Deus, Jesus e o Sopro, o filme vai ganhando emoção e força. Os diálogos entre os personagens são ricos em significado. Gostei também da personagem Sabedoria (Alice Braga) ao questionar Mack sobre sua mania de julgar os outros. Muito emocionante a visão que ele tem da filhinha morta, correndo feliz pelos campos. Mack cai em si e, daí em diante, percebe que a ira que sente pelo assassino da filha vai se diluindo, a ponto de ele conseguir perdoá-lo, como também perdoara o pai alcoólatra. O mais interessante é a dúvida que fica: Mack sofreu um acidente e esteve em coma, voltando do pós-morte, ou realmente essas visões angelicais aconteceram? O fato é que Mack "volta" diferente e se reconcilia com a família, a quem pede perdão, para então a paz e a harmonia voltarem a reinar naquele lar. Sam Worthington (de Avatar) tem uma atuação inexpressiva, mas a atriz negra Octavia Spencer está ótima no papel de Deus.