Crítica do filme O Lobo de Wall Street por Elvira A.

A trama de O Lobo de Wall Street faz jus ao provérbio Quem semeia, colhe, aliás, dito pelo pai do protagonista Jordan Belfort, o ambicioso corretor da Bolsa Valores. O filme, narrado pelo próprio Jordan, é baseado numa autobiografia e é interpretado e produzido por Leonardo DiCaprio e dirigido pelo experiente e premiado Martin Scorsese. Mostra a que ponto pode chegar uma pessoa obcecada pela ganância, cuja ascensão meteórica o faz perder o chão e afundar numa vida de luxo, sexo e drogas. De um pequeno investidor, ele se integra a uma grande corretora, que age de modo lícito, mas, em pouco tempo, em busca de lucros fáceis, se alia a uma corretora de fundo de quinta, que age ilicitamente. Mais tarde, cria a sua própria corretora, a Stratton Oakmond, também sem valores éticos, e agrega muitos funcionários, igualmente desvairados. Troca a esposa, uma cabeleireira, pela bela e refinada Naomi, mas, após um ano e meio de casamento, as brigas do casal são uma constante. Perseguido pelo FBI, contrata uma "laranja", a tia de Naomi, e sua fortuna é transferida para o paraíso fiscal da Suíça. Preso, concorda em fazer "delação premiada" e cumpre pena de três anos. Abandonado pela mulher, que ganha a guarda das duas filhas do casal, após a soltura, recomeça sua vida da estaca zero. Ótimas atuação de Leonardo Dicaprio (que se supera a cada filme), locações e trilha sonora. O gênero de O Lobo de Wall Street oscila entre drama, policial e comédia, e cumpre o prometido de maneira brilhante.