Júnior S.
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3,5
Enviada em 4 de agosto de 2017
Erin Brokovich – Uma Mulher de Talento (como de praxe, aqui no Brasil, a originalidade e qualidade dos subtítulos nem sempre é das melhores), fita lançada em 2000 que hoje é lembrada mais por ser aquela que deu à Julia Roberts o Oscar de melhor atriz. O filme contava com a maior estrela de Hollywood da época (creio que hoje, Julia ainda dá as cartas por lá), coadjuvantes de renome, equipe técnica de primeira, e um diretor que, naqueles anos, era o queridinho dos executivos e de 9 entre 10 astros americanos. Toda esta estrutura conferia a uma história basicamente simples, um grau de importância maior do que o realmente devido. A aura de produção classe “A” que o rodeava, prejudicava o resultado final. Não pelos defeitos eventualmente existentes no filme, mas sim pelo fato de a fita prometer mais do que cumprir. Da mesma forma, o diretor Steven Soderbergh foi considerado o melhor pelos críticos de Los Angeles e Nova Iorque. Só não ganhou o Oscar por este filme porque, naquele ano, ele próprio se superou ao realizar o superior Traffic, pelo qual saiu vencedor (batendo os favoritos Ang Lee e Ridley Scott). Apesar de não trazer nada de muito novo, o filme possui qualidades indiscutíveis. Boas interpretações e um competente desenvolvimento dos personagens principais, especialmente o de Erin. O roteiro original, de Susannah Grant, de trabalhos tão díspares como Para Sempre Cinderela e 28 Dias, escapa com eficiência da armadilha do linguajar jurídico, que poderia afastar os leigos no assunto. A história se desenvolve com um bom ritmo. O carisma dos atores ajuda. Soderbergh também. Enfim, um bom filme pra passar o tempo entretido na frente da TV, mas que não oferece nada de novo.