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Em um futuro não tão longínquo, a Terra foi devastada e o apocalipse aconteceu. Para as pobres criaturas que aqui permaneceram, restaram apenas fogo e sangue. No que antes era uma imensidão de vida, agora se tornou areia. Nesse mundo estéril, não há espaço para esperança, para leis ou para clemência. O mundo enlouqueceu. E vai enlouquecer você também...
Depois de tantos anos (trinta, para ser exato), George Miller retorna a saga de Max (agora interpretado por Tom Hardy) em sua grande empreitada pela sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico. Miller parece que guardou todas as suas energias para fazer esse filme, que na verdade não saía do papel há mais de dez anos, e não decepcionou. Nos últimos anos, Miller se dedicou a filmes um pouco menos agressivos, como “Happy Feet”, “Happy Feet 2”, e “Babe: Um porquinho atrapalhado na cidade”. Talvez toda essa versatilidade do criador da trilogia “Mad Max” da década de 80, tenha gerado certo receio no fãs da saga. A grata surpresa é descobrir que o plurivalente diretor não perdeu a mão, e entregou o melhor filme de ação de 2015 até o momento.
Com Tom Hardy como Max Rockatansky, Charlize Theron como Imperatriz Furiosa, e Nicholas Hoult como Nux, “Mad Max” tem um elenco de astros, e interpretações notáveis.
Tom Hardy interpreta um Max assombrado pelos fantasmas do passado, pelas perdas que não conseguiu evitar, e talvez, pelo próprio mundo insano do qual foge a todo momento. Tom Hardy talvez não seja tão conhecido pelo público em geral, apesar de ter aparecido em alguns filmes de destaque como “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” como Bane, no drama “Guerreiro” e na comédia romântica ao lado de Chris Pine e Reese Witherspoon, “Guerra é Guerra”. Vale a pena conferir mais uma boa interpretação do ator, que atualmente é um dos melhores do ramo, e se tudo der certo, deve ganhar ainda mais destaque. Charlize Theron interpreta a Imperatriz Furiosa, uma mulher com certo status na cidadela do tirano Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne). Charlize dá vida a essa personagem de maneira ímpar, nada de estereótipo feminino fraco, superficial e indefeso. Ela é independente, destemida, forte, talvez um retrato de como é a mulher realmente. E essa representação dela é altamente contrastante com o modo que as outras mulheres são tratadas no filme, como simples objetos de procriação do insano vilão. É uma excelente crítica a essa e a nossa sociedade, sem ser exagerada, mas no ponto certo. É claro que não precisa dizer que Charlize executa o papel com maestria. Por fim, temos Nicholas Hoult, o “Fera” dos novos filmes dos “X-men”, que se destacou também no excelente filme com péssimo título “Meu Namorado é um Zumbi” baseado na obra igualmente excelente com título decente “Sangue Quente” de Isaac Marion. Hoult dá vida a Nux um “menino de guerra” de Immortan Joe, uma espécie de soldado que é treinado desde a infância para o combate. A devoção desses “meninos de guerra” é tão grande, que eles podem, literalmente, morrer pela causa e pelos ideais de Joe. Nux é um personagem misterioso, confuso, caótico, louco e o mais interessante. Sua expressão, modo de falar, olhar, agir e andar é a personificação do mundo, ou do que o mundo se transformou: insano. Hoult faz esse personagem esquisito, ser, ao mesmo tempo, carismático, ganhando a atenção e simpatia imediata do público.
Além disso, temos a ação desenfreada, frenética e praticamente constante. Não há tempo para respirar. Miller optou em utilizar poucos efeitos especiais, buscando uma ação mais realista, bem mais palpável. Isso transporta, e aproxima o público para dentro do mundo de Mad Max.
Além disso, há a sensação de perigo e de ameaça a todo e qualquer momento, mostrando a angústia dos personagens que é transmitida para o público. Quando essa sintonia acontece, a experiência de ver um filme desse tipo muda completamente. Mad Max, nesse aspecto, é uma obra prima de ação dos tempos modernos, pintado a sangue e fogo.
Um bom filme de ação, não é nada sem uma boa trilha sonora. Felizmente, Mad Max conta com a experiência do talentoso compositor Hans Zimmer (que ao longo da carreira criou centenas de trilhas para filmes como a trilogia “Batman” de Nolan, “Interestelar”, “O Homem de Aço”, entre outros) e do músico Junkie XL. Juntos criaram uma trilha sonora impactante, muito presente nas cenas de ação, quase como um elemento participante daquela confusão de fogo e metal, e igualmente eletrizante.
Mas isso não é tudo. Falta a fotografia. E depois de acertar tanto, “Mad Max” acerta mais uma vez. O diretor de fotografia, e ganhador do Oscar de melhor fotografia por “Paciente Inglês” John Seale, nos presenteia com incríveis imagens do deserto australiano. Imagens essas que aprimoram a nossa viagem a esse mundo arrasado, mas que ao mesmo tempo é incrivelmente estonteante.
Ao final, “Mad Max” nos faz experimentar o cinema em sua melhor forma. Com cenas de ação viscerais, com uma trilha sonora arrepiante, atores em suas melhores formas, imagens deslumbrantes, e uma direção admirável. “Mad Max” não é apenas um filme, é uma aula de como transportar o público para dentro de um universo, trazendo ele completamente, o fazendo submergir totalmente na trama, apreciando todos os elementos que o cinema tem a oferecer.
Depois de tantos anos (trinta, para ser exato), George Miller retorna a saga de Max (agora interpretado por Tom Hardy) em sua grande empreitada pela sobrevivência em um mundo pós-apocalíptico. Miller parece que guardou todas as suas energias para fazer esse filme, que na verdade não saía do papel há mais de dez anos, e não decepcionou. Nos últimos anos, Miller se dedicou a filmes um pouco menos agressivos, como “Happy Feet”, “Happy Feet 2”, e “Babe: Um porquinho atrapalhado na cidade”. Talvez toda essa versatilidade do criador da trilogia “Mad Max” da década de 80, tenha gerado certo receio no fãs da saga. A grata surpresa é descobrir que o plurivalente diretor não perdeu a mão, e entregou o melhor filme de ação de 2015 até o momento.
Com Tom Hardy como Max Rockatansky, Charlize Theron como Imperatriz Furiosa, e Nicholas Hoult como Nux, “Mad Max” tem um elenco de astros, e interpretações notáveis.
Tom Hardy interpreta um Max assombrado pelos fantasmas do passado, pelas perdas que não conseguiu evitar, e talvez, pelo próprio mundo insano do qual foge a todo momento. Tom Hardy talvez não seja tão conhecido pelo público em geral, apesar de ter aparecido em alguns filmes de destaque como “Batman: O Cavaleiro das Trevas Ressurge” como Bane, no drama “Guerreiro” e na comédia romântica ao lado de Chris Pine e Reese Witherspoon, “Guerra é Guerra”. Vale a pena conferir mais uma boa interpretação do ator, que atualmente é um dos melhores do ramo, e se tudo der certo, deve ganhar ainda mais destaque. Charlize Theron interpreta a Imperatriz Furiosa, uma mulher com certo status na cidadela do tirano Immortan Joe (Hugh Keays-Byrne). Charlize dá vida a essa personagem de maneira ímpar, nada de estereótipo feminino fraco, superficial e indefeso. Ela é independente, destemida, forte, talvez um retrato de como é a mulher realmente. E essa representação dela é altamente contrastante com o modo que as outras mulheres são tratadas no filme, como simples objetos de procriação do insano vilão. É uma excelente crítica a essa e a nossa sociedade, sem ser exagerada, mas no ponto certo. É claro que não precisa dizer que Charlize executa o papel com maestria. Por fim, temos Nicholas Hoult, o “Fera” dos novos filmes dos “X-men”, que se destacou também no excelente filme com péssimo título “Meu Namorado é um Zumbi” baseado na obra igualmente excelente com título decente “Sangue Quente” de Isaac Marion. Hoult dá vida a Nux um “menino de guerra” de Immortan Joe, uma espécie de soldado que é treinado desde a infância para o combate. A devoção desses “meninos de guerra” é tão grande, que eles podem, literalmente, morrer pela causa e pelos ideais de Joe. Nux é um personagem misterioso, confuso, caótico, louco e o mais interessante. Sua expressão, modo de falar, olhar, agir e andar é a personificação do mundo, ou do que o mundo se transformou: insano. Hoult faz esse personagem esquisito, ser, ao mesmo tempo, carismático, ganhando a atenção e simpatia imediata do público.
Além disso, temos a ação desenfreada, frenética e praticamente constante. Não há tempo para respirar. Miller optou em utilizar poucos efeitos especiais, buscando uma ação mais realista, bem mais palpável. Isso transporta, e aproxima o público para dentro do mundo de Mad Max.
Além disso, há a sensação de perigo e de ameaça a todo e qualquer momento, mostrando a angústia dos personagens que é transmitida para o público. Quando essa sintonia acontece, a experiência de ver um filme desse tipo muda completamente. Mad Max, nesse aspecto, é uma obra prima de ação dos tempos modernos, pintado a sangue e fogo.
Um bom filme de ação, não é nada sem uma boa trilha sonora. Felizmente, Mad Max conta com a experiência do talentoso compositor Hans Zimmer (que ao longo da carreira criou centenas de trilhas para filmes como a trilogia “Batman” de Nolan, “Interestelar”, “O Homem de Aço”, entre outros) e do músico Junkie XL. Juntos criaram uma trilha sonora impactante, muito presente nas cenas de ação, quase como um elemento participante daquela confusão de fogo e metal, e igualmente eletrizante.
Mas isso não é tudo. Falta a fotografia. E depois de acertar tanto, “Mad Max” acerta mais uma vez. O diretor de fotografia, e ganhador do Oscar de melhor fotografia por “Paciente Inglês” John Seale, nos presenteia com incríveis imagens do deserto australiano. Imagens essas que aprimoram a nossa viagem a esse mundo arrasado, mas que ao mesmo tempo é incrivelmente estonteante.
Ao final, “Mad Max” nos faz experimentar o cinema em sua melhor forma. Com cenas de ação viscerais, com uma trilha sonora arrepiante, atores em suas melhores formas, imagens deslumbrantes, e uma direção admirável. “Mad Max” não é apenas um filme, é uma aula de como transportar o público para dentro de um universo, trazendo ele completamente, o fazendo submergir totalmente na trama, apreciando todos os elementos que o cinema tem a oferecer.