Crítica do filme A Tempestade por Isis Lourenço

Filme com linguajar rebuscado e cansativo, é uma verdadeira viagem ao mundo da imaginação de Shakespeare: tudo muito intenso e louco.
Ele não poderia imaginar essas desgraças todas sóbrio.
Adaptação da peça teatral e livro dele, acredita-se que é a última peça escrita por ele.
No filme,ao invés de Próspero temos Próspera (Mirren) como uma bruxa, muito bem no papel
e maquiavélica querendo sua vingança e sua filha Miranda,entediada, na ilha se apaixona pelo primeiro cara que vê em anos,(horroroso por sinal),o Ferdinando. Tão magro que eu fiquei preocupada se ele ia conseguir realmente carregar aqueles feixes,o que salvou o romance foram as belas palavras ditas por ele e seu cavalheirismo.
O espírito Ariel muito bem feito e coreografado,mas com musiquinhas insuportáveis.
O Caliban com o Trinculo,os mais engraçados,um querendo servir o outro, achando que seria liberto,protagonizam o humor do filme.
A caracterização dele ficou bem legal com a pele manchada e um olho de cada cor.
A ilha lindíssima, mas passando aquela sensação sufocante de aprisionamento.

Citações:

" Somos feitos da mesma substância dos sonhos e ,entre um sono e outro, decorre a nossa curta existência."

"Amor é um marco eterno, dominante,
Que encara a tempestade com bravura;
É astro que norteia a vela errante,
Cujo valor se ignora, lá na altura.
Amor não teme o tempo, muito embora
Seu alfange não poupe a mocidade;
Amor não se transforma de hora em hora,
Antes se afirma para a eternidade."

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