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No primeiro filme da franquia, vemos a apresentação de um jogo mortal que acontece em uma arena a mando de um governo tirânico. No segundo, Katniss Everdeen e seu "amante desafortunado", Peeta Mellark, sobreviventes dos Jogos Vorazes, voltam para a arena. Porém, se "Jogos Vorazes" é sobre a construção dos personagens como indivíduos, sua sequência, "Jogos Vorazes - Em Chamas", é sobre tais personagens em um contexto muito maior que eles. Enquanto no primeiro longa, baseado na trilogia de Suzanne Collins e adaptado para as telonas em 2012, vimos os contornos de uma revolução contra o cenário político e social, no segundo filme a posição da população diante da desigualdade entre os Distritos do país fictício de Panem toma forma e se estabelece como pilastra de sustentação da história, a qual é muito bem edificada por um elenco que merece elogios. "Em Chamas" nos concede duas horas e meia de atuações consistentes e, graças à sempre surpreendente Jennifer Lawrence, de tirar o fôlego, tanto do elenco que já estava presente no primeiro filme quanto dos atores adicionados para o segundo. Com uma arena muito mais elaborada e uma atmosfera muito mais tensa e opressora, "Jogos Vorazes - Em chamas" tem conteúdo e mostra para o espectador que as cenas românticas características de histórias baseadas em livros infanto-juvenis são apenas uma pequena peça de um quebra-cabeça muito mais complexo.