SERGIO LUIZ DOS SANTOS PRIOR
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2,0
Enviada em 9 de fevereiro de 2012
O livro da escritora inglesa Jane Austen já teve inúmeras adaptações para o cinema e para a televisão. Algumas melhores, outras não tão boas, mas o retrato das relações sociais na Inglaterra do final do século XVIII e do início do século XIX é de agudez ímpar. Em outras palavras: é difícil fazer um filme ruim da obra de Jane Austen. Em "ORGULHO E PRECONCEITO" quem ocupa o centro da narrativa é a família Bennet. O casal interpretado por Donald Sutherland e Brenda Blethyn (maravilhosa, por sinal) sente-se compelido a casar uma de suas cinco filhas com um homem capaz de trazer segurança financeira para a família. Não me digam que se trata de uma visão machista da sociedade inglesa. Há aproximadamente 200 anos atrás as coisas não eram regidas pelo feminismo. A chegada de dois jovens amigos, Mr. Bingley (Simon Woods) e Mr. Darcy (Matthew Macfayden) agita a vida da prole da família Bennet. É num baile que ambos são apresentados à sociedade local. É justamente sobre Mr. Darcy que recai as atenções da mais bela e "libertária" das irmãs Bennet, Elizabeth (Keira Knightley). No início mr. Darcy se mostra um verdadeiro pé-no-saco, esnobe e gélido. Ao longo da narrativa, ele mostra outras facetas da sua personalidade que em nada tinham a ver com as suas características iniciais. O filme não revolucionará o cinema contemporâneo. Os enquadramentos, a trilha sonora sublinhando as emoções de Elizabeth e de Darcy, o beijo ao nascer do sol, a fotografia, enfim, todos os lugares comuns estão presentes. Tudo é muito cuidado, do cenário à maquiagem, e, como já disse anteriormente, o que acaba prevalecendo é o ótimo texto de Jane Austen. Keira Knightley está exuberante como atriz e como mulher. O público feminino certamente diz o mesmo a respeito de Matthew Macfayden. É o típico cinema para agradar gregos e troianos.