Com 2019 batendo à nossa porta, é hora de olhar para os momentos que marcaram 2018 na retrospectiva anual do AdoroCinema! E como pontapé inicial, nada melhor do que relembrar aqueles atores, atrizes e diretores que surpreenderam a todos neste ano: por isso, confira no slideshow acima o compilado de grandes revelações das telonas e telinhas dos últimos 12 meses!
Dos grandes estúdios de Hollywood às produções nacionais e dos badalados originais Netflix ao cinema indie, a seleção de apostas/estrelas em ascensão tem componentes para todos os fãs, seja das obras teen, seja da produção autoral. E continue ligado aqui no AdoroCinema para mais listas e compilados de fim de ano!
Letitia Wright
Em Wakanda, o Rei é T’Challa (Chadwick Boseman), mas quem manda nos corações dos fãs é Letitia Wright, a brilhante, irreverente e corajosa Shuri do Universo Cinematográfico Marvel — e princesa mais badass da Disney. A atriz britânica, que já era conhecida no Reino Unido, emplacou uma sequência vencedora com Pantera Negra, Guerra Infinita e Black Mirror. Wright é uma das donas de 2018.
John David Washington
Ser filho de um astro pode tornar tudo mais difícil, mas John David Washington não tomou conhecimento das pressões e expectativas — seu pai é ninguém mais, ninguém menos que Denzel Washington — e protagonizou um dos destaques do ano: Infiltrado na Klan. Através de sua performance no longa de Spike Lee, o ator se credenciou a disputa pelos troféu de Melhor Ator e provou ser uma estrela em ascensão. Filho de peixe, peixinho é.
Henry Golding e Awkwafina
É complicado eleger qualquer destaque do ótimo elenco de Podres de Ricos, mas como Constance Wu (Rachel) já brilha em Fresh Off the Boat, os representantes do hit de bilheterias não podem ser outros senão Henry Golding e a rapper Awkwafina — que também roubou a cena em Oito Mulheres e um Segredo. Em papéis completamente distintos, os dois elevam a comédia romântica de Jon M. Chu e já estão conquistando novos papéis e alturas em Hollywood.
Elsie Fisher
Do time teen e indie, Elsie Fisher é certamente o maior destaque. Na verdade, a protagonista do realista e impressionante drama Eighth Grade talvez seja A revelação do ano. Atraindo a atenção da crítica e do público como a jovem Kayla, símbolo da adolescência contemporânea, formada em meio à influência das redes sociais e do bullying, Fisher tem chances concretas, ainda que não muito firmes, para chegar à corrida pelo Oscar de Melhor Atriz. Mas mesmo que não alcance uma indicação, ser uma candidata tão jovem já mostra o potencial que ela tem.
Thomasin McKenzie
Outra representante da ala infanto-juvenil é Thomasin McKenzie, a protagonista de Sem Rastros, um drama quase existencial e familiar no qual a jovem intérprete não só rouba a cena constantemente, como também comanda e sustenta a empreitada como um todo. Ao lado do sempre consistente e competente Ben Foster, McKenzie atua como se fosse uma veterana — e talvez ela já seja, a julgar por este longa. Vem aí uma nova queridinha do cinema independente.
Noah Centineo e Lana Condor
Ah, nada como ter uma gigante como a Netflix para dar aquele bem-vindo empurrãozinho. Mas colocar a ascensão meteórica de Noah Centineo e Lana Condor nestes termos é imprudente, já que descarta o carisma natural e a química dos astros de Para Todos os Garotos que Já Amei, hit da líder do streaming que já garantiu continuação. Rapidamente alçados aos postos de ídolos teen, preenchendo lacunas neste quesito, ambos os atores estão mais em alta do que nunca, a caminho de conquistar Hollywood.
Tiffanny Dopke e Giovanni de Lorenzi
Se Eighth Grade examina os efeitos das redes sociais sobre a juventude de maneira tensa e dramática, Ferrugem o faz de forma trágica. Mérito ainda maior, portanto, dos protagonistas Tiffanny Dopke e Giovanni de Lorenzi que não só carregam o suspense nas costas, como também brilham nesta importante e contemporânea narrativa de Aly Muritiba. Donos, cada um, de suas metades do filme, os dois atores estão simplesmente incríveis em seus papéis.
Millicent Simmonds e Noah Jupe
A família de Um Lugar Silencioso, o surpreendente thriller de John Krasinski — uma revelação por si só como diretor — é inteiramente incrível. Mantendo o nível das ótimas interpretações de Emily Blunt e do próprio Krasinski, os jovens Millicent Simmonds e Noah Jupe são grandes destaques, recebendo tarefas largas — ser criança em um universo apocalíptico onde não se podem produzir sons não é nada fácil — e dando conta do recado, muitíssimo bem, aliás.
Chloé Zhao
São poucos os diretores indies que impressionam a Marvel com apenas um ou dois títulos em seu currículo — mas esse é o caso de Chloé Zhao, contratada pela Casa das Ideias para comandar o vindouro The Eternals por causa de seu sensível trabalho em Domando o Destino. Versátil, a cineasta prova em um só longa que sabe lidar com o aspecto psicológico de seus personagens e que pode criar sequências memoráveis: ou seja, tudo de que a Marvel precisa.
Boots Riley
Em um Festival de Sundance sem claras obras-primas como o deste ano, Boots Riley impressionou por dois motivos: primeiro porque seu Sorry to Bother You é uma contundente crítica social; e segundo porque esta aclamada ficção científica, estrelada por um Lakeith Stanfield mais louco do que nunca, é 100% insana e funcional. Não é nada fácil apresentar sua marca pessoal logo de cara, mas foi exatamente isso que Riley fez. Com muita, muita personalidade.
Ari Aster
Com o terror cada vez mais entregue à quase gambiarra dos jump scares — os sustos repentinos acompanhados por barulhos extremos —, o realizador Ari Aster pegou a contramão. Entregando aquele que promete ser o filme de terror do ano, Hereditário, o cineasta acumulou críticas positivas por onde passou e agora pode levar um horror ao status de favorito na temporada de premiações, apesar do preconceito histórico com os filmes de gênero. Assim como Robert Eggers fez em A Bruxa, Aster roubou a atenção de todos e chocou muitos pelo caminho com o poder da sugestão e do terror puro.
Eliza Scanlen
É complicado jogar em pé de igualdade com duas “monstras” da atuação como Amy Adams e Patricia Clarkson — particularmente em uma adaptação da obra de Gillian Flynn, a inteligente autora de Garota Exemplar — mas é precisamente isso que Eliza Scanlen faz, e muito bem, na inquietante minissérie Sharp Objects. No papel da jovem Amma, irmã da personagem de Adams, Scanlen representa e aguça todos os pesadelos da protagonista — e também os nossos.
Jodie Comer
Para sustentar o interessante conceito de Killing Eve e equilibrar a balança tendo a veterana Sandra Oh do outro lado, é preciso ter habilidade e coragem; por sorte, a roteirista e showrunner Phoebe Waller-Bridge encontrou em Jodie Comer a serial killer perfeita: perigosa, sanguinária, genial e carismática em iguais medidas. Enquanto é evidente que Oh sempre se supera, Comer surpreende vez após vez e concretiza a façanha de roubar o show de uma das atrizes mais queridas das telinhas.
Elenco de Pose
O elenco principal de Pose — formado por MJ Rodriguez, Indya Moore, Dominique Jackson, Hailie Sahar e Angelica Ross — não só vai entrar para a história da televisão por causa de sua diversidade, como também por causa de suas habilidades cênicas. As cinco atrizes supracitadas são todas mulheres trans, protagonizando o primeiro seriado da TV a elevar esta parcela da população ao status de estrelas das telinhas. Mais um ponto para o caça-talentos Ryan Murphy.
Sydney Sweeney
Sydney Sweeney não passou muito tempo na televisão em 2018 — ela fez participações nas badaladas The Handmaid’s Tale e Sharp Objects e estrelou a precocemente cancelada Everything Sucks! —, mas fez ótimo uso dos momentos que lhe foram dados. Aparecendo em todos os lugares, da comédia teen aos dramas pesados, Sweeney demonstrou versatilidade e repertório, provando que veio para ficar — ela, inclusive, já está escalada para o novo épico de Quentin Tarantino, Once Upon a Time in Hollywood.
As crianças de A Maldição da Residência Hill
McKenna Grace, Violet McGraw, Julian Hilliard, Lulu Wilson e Paxton Singleton. É bom anotar esses nomes porque as crianças da popular série A Maldição da Residência Hill prometem continuar asssustando e surpreendendo o público por muitos anos com seus talentos diversos e, é claro, suas inegáveis fofuras enquanto crianças.
Cody Fern
Para finalizar, mais uma das muitas descobertas do produtor Ryan Murphy: Cody Fern, que teve um 2018 incrível, destacando-se na segunda temporada de American Crime Story e também na oitava de American Horror Story — sem contar sua breve, porém importante, participação na última temporada de House of Cards. Com a bênção de Murphy e seu evidente talento para personagens complicados — talvez o Anticristo seja um pouco mais do que só “complicado” —, o ator australiano promete ir longe.