Em 2018, o cinema brasileiro estará presente em Cannes principalmente com coproduções: além do aguardado O Grande Circo Místico, de Cacá Diegues, feito em parceria com Portugal e a França, serão exibidos os longas Los Silencios (Brasil-Colômbia-França), Chuva é Cantoria na Aldeia dos Mortos (Brasil-Portugal) e Diamantino (Brasil-Portugal-França), além do curta O Órfão (Brasil).
Desde a primeira participação do Brasil, em 1949, o cinema nacional venceu prêmios importantes como a Palma de Ouro e troféus de melhor diretor, melhor atriz e melhor curta-metragem.
Acima, você relembra o histórico das nossas recompensas em Cannes.
A 71ª edição ocorre entre os dias 8 e 19 de maio, com cobertura diária do AdoroCinema.
O Cangaceiro (1953): O primeiro prêmio para um longa-metragem brasileiro foi o de "melhor filme de aventura", categoria extinta nos dias de hoje.
Orfeu Negro (1959): Embora o Brasil seja coprodutor minoritário deste filme francês, a Palma de Ouro vencida pelo drama de Marcel Camus costuma ser considerada uma vitória francesa.
O Pagador de Promessas (1962): A única Palma de Ouro brasileira foi criticada pelos diretores do Cinema Novo e pela crítica francesa, que preferia outros concorrentes como O Anjo Exterminador e Cléo das 5 às 7.
Vidas Secas (1963): O filme de Nelson Pereira dos Santos venceu o prêmio OCIC, hoje chamado de prêmio do júri ecumênico.
Terra em Transe (1967): Pela segunda vez em Cannes, após a exibição de Deus e o Diabo na Terra do Sol, Glauber Rocha levou os prêmios FIPRESCI e Luis Buñuel.
O Dragão da Maldade Contra o Santo Guerreiro (1969): Em sua terceira participação na competição oficial, Glauber Rocha levou o prêmio de melhor diretor.
Di Cavalcanti (1978): Glauber Rocha vence mais um prêmio, desta vez com o melhor curta-metragem.
Meow (1982): O curta-metragem de Marcos Magalhães obteve a primeira recompensa da animação brasileira em Cannes, com o prêmio de melhor curta.
Memórias do Cárcere (1984): Nelson Pereira dos Santos recebeu um novo troféu com este prêmio da crítica (FIPRESCI) na Quinzena dos Realizadores.
Eu Sei que Vou Te Amar (1986): Aos 20 anos de idade, Fernanda Torres levou o prêmio de melhor atriz pelo drama de Arnaldo Jabor.
Cinema, Aspirinas e Urubus (2004): Vencedor do prêmio da Educação Nacional na mostra Um Certo Olhar.
Carandiru (2004): Rodrigo Santoro levou o troféu de relevação masculina no papel de uma transexual.
Diários de Motocicleta (2004): Esta coprodução entre cinco países, na qual o Brasil tem uma parte minoritária, levou o prêmio do júri ecumênico e o Grande Prêmio Técnico.
Cidade Baixa (2005): O drama com Wagner Moura, Lázaro Ramos e Alice Braga recebeu o prêmio da juventude.
Linha de Passe (2008): Em seu primeiro papel num longa-metragem, Sandra Corveloni surpreendeu com o prêmio de melhor atriz.
O Duplo (2012): O curta-metragem dirigido por Juliana Rojas recebeu uma menção honrosa na Semana da Crítica.
Cinema Novo (2016): O filme de Eryk Rocha levou o Olho de Ouro, destinado ao melhor documentário do festival.
Gabriel e a Montanha (2017): Selecionado na Semana da Crítica, o filme levou o prêmio Revelação France 4 e o Fundação Gan de Ajuda à Difusão, que garantiu sua exibição na França.