Às vezes, na vida, todos nós precisamos tomar decisões que parecem impossíveis. Uma das decisões que a redação do AdoroCinema tomou em conjunto nas últimas semanas foi a de ranquear todos os 18 filmes que compõem o Universo Cinematográfico Marvel, e a ideia empolgante no início provou ser extremamente complicada durante sua execução. Mas nós gostamos do desafio e, obviamente, o cumprimos.
A lista foi definida em conjunto: nossos jornalistas montaram individualmente seus próprios rankings, e o resultado final é a soma de cada um dos votos recebidos pelos longa-metragens já lançados até agora pela Marvel Studios — de Homem de Ferro (2008) a Pantera Negra (2018).
Confira o ranking na galeria acima. Os filmes estão apresentados do último colocado para o primeiro. Será que você concorda? A opinião do público é sempre mais do que bem-vinda, mas lembrem-se de usar a caixa de comentários com educação.
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18º - Thor: O Mundo Sombrio (2013)
Um dos filmes mais criticados da Marvel, O Mundo Sombrio tem uma história genérica e um dos vilões mais rasos da franquia (um desperdício, diga-se de passagem, de Christopher Eccleston). Apesar do bom elenco, a história é previsível e muitas tomadas beiram a breguice.
17º - Homem de Ferro 3 (2013)
Apesar das expectativas que circulavam o terceiro filme solo de Tony Stark (Robert Downey Jr), o vilão pouco convicente (apesar das conotações socio-políticas) e a pouca liberdade criativa que teve Shane Black fizeram deste filme um passo bastante equivocado do Universo Cinematográfico Marvel.
16º - Homem de Ferro 2 (2010)
Responsável pela introdução de Natasha Romanoff, a Viúva Negra (Scarlett Johansson), Homem de Ferro 2 é repleto de altos e baixos e traz uma história pouco inspirada e deveras requentada — apesar da excelência de Natasha. É um "mais do mesmo" simpático, mas aquém do que veio depois.
15º - O Incrível Hulk (2008)
Apesar de muitas pessoas não se lembrarem, O Incrível Hulk protagonizado por Edward Norton faz parte do Universo Cinematográfico Marvel. Problemas na produção fizeram o ator deixar o papel, que foi entregue a Mark Ruffalo. O filme é pouco ou quase nada revolucionário, mas também não é exatamente excessivo. Memorável? Provavelmente não. Por isso, nosso 15º lugar.
14º - Doutor Estranho (2016)
Doutor Estranho faz parte da nova leva de filmes que acrescentam um universo de possilidades ao UCM. Fazê-lo de forma orgânica com um personagem que não se dá tanto assim ao humor é uma tarefa ardilosa, e justamente por isso, apesar de sua beleza, Doutor Estranho é menos memorável com o passar do tempo.
13º - Guardiões da Galáxia Vol. 2 (2017)
A expectativa raramente acrescenta algo de útil a um filme ou série, e Guardiões da Galáxia Vol. 2 é a prova disso. Apesar de Baby Groot, Yondu (Michael Rooker) e da incrível dinâmica entre Mantis (Pom Klementieff) e Drax (Dave Bautista), o arco principal, entre Peter Quill (Chris Pratt) e Ego (Kurt Russell), é artificial e enfadonho, apesar da boa promessa que o final deixa para o Vol. 3.
12º - Vingadores: Era de Ultron (2015)
Era de Ultron apresenta Mercúrio (Aaron Taylor-Johnson) e a Feiticeira Escarlate (Elizabeth Olsen), e apesar do bom ritmo da história e da dinâmica entre os Vingadores mais uma vez cativante, por vezes os desenvolvimentos soam artificiais e algumas decisões, como parear Hulk (Mark Ruffalo) e Natasha (Scarlett Johansson), um tanto questionáveis.
11º - Homem-Formiga (2015)
Divertido, amparado no humor e na computação gráfica, Homem-Formiga apresenta um personagem carismático, graças à própria competência de Paul Rudd e o seu timing para as piadas. Definitivamente não é um dos personagens principais do UCM, mas consegue surpreender em momentos inusitados que cativam e fazem até a previsibilidade do roteiro ficar de escanteio. A evolução é o caminho para a sequência.
10º - Thor (2011)
A primeira aventura do Deus do Trovão tem como marca registrada as piadas e o seu próprio deslocamento ao chegar à Terra. A apresentação de Chris Hemsworth ao UCM é convincente e memorável, embora não saia do campo do ordinário. Mas cumpre o objetivo e, ainda mais do que isso, é a porta de entrada para Os Vingadores.
9º - Capitão América: O Primeiro Vingador (2011)
A memorável introdução de Chris Evans como Steve Rogers é também, cronologicamente, o início da história dos Vingadores. Hayley Atwell, Dominic Cooper e Tommy Lee Jones dão o tom desta aventura da 2ª Guerra Mundial que também nos deu de presente Bucky Barnes (Sebastian Stan). Esclarecedor, o filme deixa o ufanismo de lado em prol de uma trama contundente e empolgante.
8º - Thor: Ragnarok (2017)
A estreia do neozelandês Taika Waititi na direção de um filme da Marvel Studios imprimiu uma marca inconfundível na história do deus nórdico. O que era para ser um filme solo tornou-se praticamente um Lado B de Capitão América: Guerra Civil com os dois que ficaram de fora. O longa não economizou na comédia, emplacou Cate Blanchett no elenco e uma Tessa Thompson excelente e ainda mostrou que Thor é muito mais que seu Mjolnir.
7º - Homem-Aranha: De Volta ao Lar (2017)
Dizem por aí que a terceira vez é o charme, e no caso de adaptações cinematográficas da história de Peter Parker, o ditado parece se concretizar. O herói mais querido e popular da Marvel demorou para voltar ao lar em virtude da cessão dos direitos à Sony, mas um acordo entre as partes tornou a inclusão do Amigão da Vizinhança no UCM enfim possível. E o carisma de Tom Holland mais do que fez jus ao de Peter.
6º - Homem de Ferro (2008)
O pontapé inicial do UCM estabelece o que o público veria dali em diante no que diz respeito à mescla de humor e ação. Além de um protagonista cativante que fez jus à postura do herói que se tornaria o líder da turma, o primeiro Homem de Ferro, sob direção de Jon Favreau e apresentando Robert Downey Jr, mostrou que era possível ter artistas de respeito fazendo filmes de heróis. HQ é assunto sério por aqui.
5º - Os Vingadores - The Avengers (2012)
O primeiro Vingadores tinha uma tarefa e tanto a cumprir. É o ápice de uma construção que começou em 2008, e do seu sucesso dependeria tudo o que a Marvel faria a seguir. Conquistador com Loki (Tom Hiddleston) e frases-chiclete ("Eu tenho um exército" / "Nós temos um Hulk"), foi o primeiro indício do que, alguns anos depois, já saberíamos: respeitar a individualidade dos personagens é o primeiro passo para formar um time.
4º - Capitão América: Guerra Civil (2016)
Joe e Anthony Russo aqui se consolidam como os diretores mais queridos do Universo Cinematográfico Marvel. Tudo indica que não é uma tarefa fácil equilibrar em cena mais de uma dezena de super-heróis, e aqui eles não apenas conseguem fazer isso como atualizam com muita contundência a história da Guerra Civil dos quadrinhos. Há tempo para todos, e para uma Batalha no Aeroporto que fica na memória de qualquer fã.
3º - Guardiões da Galáxia (2014)
A comédia espacial de James Gunn parte de personagens desconhecidos e sabiamente utiliza a memória afetiva de Peter Quill (Chris Pratt) para causar empatia e ter uma trilha sonora fantástica. Mas, para além disso, mostra com uma quase perfeição como dosar comédia e ação em uma adaptação que veio para renovar totalmente a Marvel. E ainda nos deu Rocket Raccoon e Groot. Que dupla, meus amigos.
2º - Pantera Negra (2018)
Mais do que "apenas" socialmente importante, Pantera Negra é merecedor do nosso segundo lugar por reunir uma série de fatores improváveis que fazem de sua trajetória ainda mais impressionante: um personagem central pouco conhecido, sem usar a muleta de ter outro Vingador em uma ponta só para atrair público, com uma história que ressoa para muito além de adaptações de HQs. Não precisa ser fã da Marvel para gostar deste aqui. Basta gostar de bons filmes.
1º - Capitão América: O Soldado Invernal (2014)
Menos CGI, mais ação. A sólida segunda aventura do Cap é também a introdução dos Irmãos Russo e um divisor de águas em relação à S.H.I.E.L.D., além de apresentar uma dinâmica bastante agradável entre Steve e Natasha (Johansson). É um filme que vai direto ao ponto, com cenas de embate elegantes, uma relação bastante delicada com o vilão (que, justamente por isso, confere ao longa um caráter único) e um realismo que faz deste um longa particularmente singular no UCM — e merecedor da nossa medalha de ouro.