Retrospectiva 2017: As 10 maiores bilheterias no Brasil e no mundo

O recém-findo ano de 2017 foi um dos mais importantes ao longo dos quase 100 anos de história da The Walt Disney Company. A companhia se transformou em um conglomerado ainda maior ao comprar a boa parte da 21st Century Fox, incluindo os estúdios e o catálogo da 20th Century Fox, por US$ 52,4 bilhões, maior transação do tipo já vista no mundo do entretenimento.

No início desta década, o estúdio do Mickey comprou a Lucasfilm e já colhe os valorosos frutos. Em 2017, a Disney ultrapassou a marca de US$ 4 bilhões de bilhões de bilheteria (sem contar os astronômicos lucros com merchandising) com a franquia Star Wars — mesmo valor pago ao cineasta George Lucas, criador da saga Guerra nas Estrelas em 2012.

Neste ano, a Disney conseguiu emplacar o filme de maior bilheteria nos Estados Unidos, onde estreou há menos de três semanas, e o filme de maior bilheteria no mundo, a releitura com atores de A Bela e a Fera, estrelada por Emma Watson. O longa-metragem dirigido por Bill Condon arrecadou US$ 1,263 bilhão ao redor do globo.

Este foi o terceiro ano consecutivo em que um filme produzido por alguns dos estúdios que pertence à The Walt Disney Co. foi a produção que mais vendeu ingressos no Estados Unidos e no mundo. Em 2016 e 2015 os campeões de bilheterias nos cinemas americanos foram, respectivamente, Rogue One: Uma História Star Wars e Star Wars - O Despertar da Força. Nas bilheterias globais, os mais rentáveis em 2016 e 2015, respectivamente, foram Capitão América: Guerra Civil e Star Wars - O Despertar da Força.

No ranking mundial de 2017, quatro dos oito filmes de super-heróis lançados ao longo do ano situam-se entre os 10 filmes de maior bilheteria, em mais uma prova de força do gênero. Homem-Aranha: De Volta ao Lar foi o filme baseado em quadrinhos que mais vendeu ingressos no mundo, com arrecadação de US$ 880,2 milhões e quinto lugar no ranking geral. Nos Estados Unidos, o filme do gênero mais bem colocado no ranking de bilheterias foi Mulher-Maravilha, no terceiro lugar, com US$ 412,5 milhões arrecadados. No Brasil, o destaque ficou com Liga da Justiça, que garantiu a terceira melhor posição geral no ranking de bilheterias com arrecadação de R$ 128,3 milhões.

Para além das capas e dos super-poderes, outra franquia que deu sinais de sua força e apelo em escala global foi a saga The Fast and the Furious, que só perdeu para A Bela e a Fera nas bilheterias mundiais ao arrecadar US$ 1,235 bilhão com Velozes e Furiosos 8. O filme foi a produção que arrecadou a maior receita no Brasil no ano. A saga de ação estrelada por Vin Diesel, Dwayne Johnson e companhia vendeu R$ 133,4 milhões em ingressos e teve 8,5 milhões de espectadores. Em número de espectadores, no entanto, Velozes 8 perdeu para a animação Meu Malvado Favorito 3, que teve quase 9 milhões de espectadores no país.

Uma surpresa no ranking global para quem só acompanha o cinema do ocidente foi a presença do filme de ação chinês Wolf Warriors 2 na sexta colocação, graças a uma arrecadação de US$ 870,3 milhões. Atualmente a China é o segundo maior mercado de cinema do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, e referência asiática quando o assunto são blockbusters.

O top 10 brasileiro, aliás, conta apenas com uma produção nacional. Sempre popular, Paulo Gustavo voltou ao papel de Dona Hermínia em Minha Mãe é Uma Peça 2, que levou mais de 6 milhões de pessoas aos cinemas e arrecadou R$ 89,2 milhões em 2017. No total, considerando os números de 2016, quando a comédia familiar chegou aos cinemas, a continuação levou mais de 9,8 milhões de espectadores para a sala escura. Somando com os números de  Minha Mãe É Uma Peça - O Filme, a franquia alcançou uma marca de 11,4 milhões de espectadores, tornando-se a cinessérie mais vista do Brasil após superar o público dos dois filmes de Tropa de Elite.