Com a estreia de Star Wars - Os Últimos Jedi, o cineasta Rian Johnson — apesar de contestado por parte dos fãs — agora integra um seleto grupo de diretores que já teve a oportunidade de trabalhar em uma das maiores franquias cinematográficas de todos os tempos. O universo criado e idealizado por George Lucas no final da década de 1970 se desenvolveu, marcou a cultura pop de forma definitiva e está evoluindo à todo vapor desde que a Disney comprou a Lucasfilm por US$ 4 bilhões em 2012.
Recentemente, Kathleen Kennedy, presidente da Lucasfilm, mencionou que o realizador neozelandês Taika Waititi poderia ser um bom cineasta para a cinessérie intergalática. Antes disso, o diretor de Thor: Ragnarok chegou a afirmar que não era "um idiota" para negar uma oportunidade de trabalho vinda de Kennedy. "Quem diria não para Star Wars?", se indagou Waititi.
Respondendo à pergunta retórica do diretor: Muita gente não quis ter nada a ver com a Força e nem chegar perto de visitar uma galáxia tão, tão distante. No slideshow no topo desta notícia, conheça os diretores que disseram não para Guerra nas Estrelas. Há ainda casos de diretores que gostariam de ter trabalhado na saga, mas foram impedidos por motivos de força maior.
Qual deles você gostaria que tivesse assumido algum filme da franquia? Deixe sua opinião nos comentários.
Spielberg
Steven Spielberg foi a primeira opção de George Lucas para dirigir O Retorno de Jedi (1983), mas isso não foi possível por questões burocráticas relacionadas ao sindicato dos diretores de cinema dos Estados Unidos. O cineasta quis ter novas oportunidades com a franquia, mas Lucas "não quis mais compartilhar" a cinessérie "que era como um bebê para ele", segundo o realizador.
del Toro
"Foi muito legal ter sido convidado, mas acredite ou não, eu estava muito ocupado." Foi assim que Guillermo del Toro explicou o porquê de ter negado a oferta da Lucasfilm para dirigir o que viria a ser Star Wars - O Despertar da Força.
Cronenberg
Assim como Spielberg, o cineasta David Cronenberg foi convidado por George Lucas para dirigir O Retorno de Jedi (1983). O mestre do body horror negou a propopsta para poder focar em Videodrome - A Síndrome do Vídeo (1983). "Eu recebi um telefonema para saber se eu estava interessado em uma sequência de Star Wars", contou o cineasta. "Ao invés de dizer, 'Oh, meu Deus, sim!' eu disse, 'Bem, você sabe, eu não dirijo o material de outras pessoas."
Lynch
David Lynch também recusou a oferta para dirigir O Retorno de Jedi (1983) alegando que não gostava de ficção científica. "Eu gosto dos elementos, mas eles têm de ser combinados com outros gêneros", disse. Ironicamente, o criador de Twin Peaks não fez o Episódio VI, mas dirigiu o controverso sci-fi Duna (1984), que hoje pode ter até certo status cult, mas foi rejeitado na época de seu lançamento.
Zemeckis
É difícil encontrar algum fã que tenha em Star Wars: Episódio I - A Ameaça Fantasma (1999) seu filme favorito da franquia. Robert Zemeckis se livrou do filme porque estava ocupado demais desenvolvendo Revelação (2000) e Náufrago (2000) ao mesmo tempo.
Fincher
Kathleen Kennedy e David Fincher discutiram a possibilidade do diretor duas vezes indicado ao Oscar comandar o que viria a ser O Despertar da Força em 2012. "Meu filme favorito é O Império Contra-Ataca", comentou o diretor "Se eu dissesse 'Eu quero fazer algo assim', então as pessoas que estão financiando o filme diriam, 'Não! Você não pode fazer isso. Queremos algo mais parecido com o outro filme, com as criaturas [O Retorno de Jedi]!"
Blomkamp
O produtor Simon Kinberg trabalhou com o diretor sulafricano Neill Blomkamp em Elysium e foi o consultor criativo de O Despertar da Força. Kinberg chegou a perguntar se o realizador gostaria de dirigir o Episódio VII de Star Wars, mas a resposta foi negativa pois Blomkamp não queria dirigir um filme baseado em uma história que não foi criada por ele próprio.
Howard
George Lucas só dirigiu A Ameaça Fantasma porque não encontrou ninguém que lhe agradasse para a vaga. Ron Howard foi a terceira pessoa que Lucas procurou depois das recusas de Spielberg e Zemeckis. Howard afirmou que os diretores não queriam se envolver no projeto por medo da pressão e por acreditarem que o diretor correto seria o criador da franquia. "Era uma honra, mas teria sido assustador", afirmou.
Bird
Diretor de Os Incríveis (2004) e Ratatouille (2007), Brad Bird foi convidado pela Lucasfilm para dirigir O Despertar da Força, mas optou por centrar suas atenções na direção de Tomorrowland - Um Lugar Onde Nada é Impossível (2015), também da Disney. O cineasta diz que não teria sido possível trabalhar em Star Wars e dar a ênfase que seu outro projeto precisava. "É raro fazer um grande filme original", explicou.
Vaughn
Depois de se destacar com Kick-Ass - Quebrando Tudo (2010) e com X-Men: Primeira Classe (2011), Matthew Vaughn se tornou a opção da Lucasfilm para O Despertar da Força depois que Brad Bird não quis participar do filme. As conversas entre Vaughn e a companhia não avançaram devido a "diferenças criativas" entre o diretor e o estúdio.