Na última semana de novembro, 13 produções chegam aos cinemas do Brasil. Dentre elas, a maior estreia é a do terror Jogos Mortais: Jigsaw, que ganha um novo capítulo sete anos após o lançamento do último longa. Abrindo em 478 salas, a trama do sanguinário vilão perpetuado por Tobin Bell volta a assombrar as pessoas, quando as pistas de uma série de assassinatos levam ao alter-ego de John Kramer.
Outras duas produções norte-americanas possuem amplo alcance nos cinemas. A primeira é a animação A Estrela de Belém, que chega a 430 salas para contar a história do nascimento de Jesus Cristo de forma inusitada, através do ponto de vista dos animais que estão ao redor dele. A segunda é a adaptação da obra de Agatha Christie, o suspense Assassinato no Expresso do Oriente, lançado em 360 salas.
No âmbito nacional, a maior estreia é a comédia Os Parças, que chega em 251 salas. O filme traz Tom Cavalcante, Whindersson Nunes, Tirullipa e Bruno de Luca se envolvendo em uma série de trambiques para realizar um casamento refinado sem nenhum dinheiro.
Outros longas entram em cartaz em um circuito limitado. Uma das principais é o indicado da Noruega ao Oscar 2018 de Melhor Filme Estrangeiro, o drama Thelma (21 salas). Em seguida, temos três produções nacionais: Lamparina da Aurora, ipremiado no Festival Guarnicê; Antes o Tempo Não Acabava, que traz em sua trama os questionamentos sexuais de um indígena; e Meu Corpo é Político, obra exibida no Olhar de Cinema que retrata a vida de moradores LGBT das periferias. Os três filmes estarão em 18, 16 e 12 salas, respectivamente.
Projetado no Festival de Cannes e Sundance, o drama musical Patti Cake$ estreia em apenas seis salas brasileiras. Logo abaixo, o terror #SCREAMERS abre em cinco salas. Por fim, outras quatro produções não tiveram seus circuitos revelados: a singular animação Com Amor, Van Gogh, que foi feito completamente com pinturas no estilo do artista holandês para contar sua história; o drama brasileiro Cromossomo 21; e Yvone Kane, longa estrelado por Irene Ravache.
Para informações sobre os horários das sessões, acesse nosso guia de programação.
Confira abaixo os trailers, críticas e a opinião da imprensa sobre os filmes que estreiam nesta semana.
Jogos Mortais: Jigsaw: "Diretores de 2019 - O Ano da Extinção, os irmãos Michael Spierig e Peter Spierig fazem um trabalho interessante na construção de clima. Sem abrir mão do lado gore da franquia, a dupla optou por uma ação mais clara e menos sombria." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
A Estrela de Belém: "[...] foge bastante do tom solene e didático típico de filmes religiosos - até mesmo os feitos em animação, como O Príncipe do Egito. Por mais que haja óbvias citações, elas surgem mais no sentido de contextualizar o feito do que propriamente para converter espectadores incautos - o que é um ponto bastante positivo." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Assassinato no Expresso do Oriente: "Originalmente, trata-se de um produto pouco cinematográfico, portanto. Ciente de seus desafios como cineasta, Kenneth Branagh posiciona a câmera nos mais variados ângulos. Seja com tomadas feitas do teto dos vagões ou abusando (no bom sentido) do traveling no meio de transporte longilíneo por definição, a imagem resultante é de uma criatividade que agrada aos olhos." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Os Parças:
Thelma: "[...] cria imagens potentes para representar o desejo sexual e a opressão religiosa. Trier parte de metáforas clássicas (a serpente, o fogo) e subverte o sentido de cada uma delas. Além disso, retrata de modo complexo a reação das religiões diante das transformações sociais: para o conservadorismo, a diferença é necessariamente errada, precisando ser controlada e banida." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Lamparina da Aurora: "Em termos de gênero, estamos próximos do suspense, ou mesmo do terror, embora esta insinuação dependa demais da trilha sonora para se construir. Se não fossem os pesados acordes musicais, o registro imagético se passaria por um drama existencialista. O projeto pode estar em busca da mínima linguagem capaz de produzir significado e estabelecer comunicação." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Antes o Tempo Não Acabava: "[...] a cultura indígena é vista em constante relação com o conservadorismo dos pajés, com a falta de oportunidades profissionais e com a assimilação dos costumes urbanos. O tratamento da bissexualidade em meio indígena também é ousada [...]" Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Meu Corpo é Político: "Esteticamente [...] impressiona. O formato de tela bem retangular, em scope, é raro no gênero, mas permite que os corpos sejam bem inseridos no espaço que os cerca. A fotografia permite transmitir uma sensação de naturalidade, mesmo trabalhando com luzes chapadas de lâmpadas caseiras." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Patti Cake$: "[...] sem se dar conta, o público, se vê diante de um involuntariamente apaixonante trio de outsiders roots. O sentimento (a empatia com a plateia) nasce, principalmente, da chacoalhada no estereótipo na construção do perfil da personagem principal somada à suspensão da realidade como opção narrativa [...]" Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Com Amor, Van Gogh: "Poucos filmes representam uma declaração de amor tão intensa a um artista [...]. A começar pela forma como foi conceituado: estreando a técnica da animação a partir de pinturas a óleo, seguindo o mesmo estilo do próprio homenageado. [...] O resultado, visualmente falando, é deslumbrante." Leia a crítica completa e a opinião da imprensa.
Jogos Mortais: Jigsaw, de Michael Spierig e Peter Spierig
A Estrela de Belém, de Timothy Reckart
Assassinato no Expresso do Oriente, de Kenneth Branagh
Os Parças, de Halder Gomes
Thelma, de Joachim Trier
Lamparina da Aurora, de Frederico Machado
Antes o Tempo Não Acabava, de Sergio Andrade e Fábio Baldo
Meu Corpo é Político, de Alice Riff
Patti Cake$, de Geremy Jasper
#SCREAMERS, de Dean Matthew Ronalds
Com Amor, Van Gogh, de Dorota Kobiela e Hugh Welchman
Cromossomo 21, de Alex Duarte
Yvone Kane, de Margarida Cardoso