Cineasta famoso por seus filmes de terror, David Cronenberg é conhecido como o Rei do Horror Venéreo e o Barão Sangrento. Só pelos nomes que recebe já dá para imaginar o teor de longas que recheiam sua carreira, certo?
O diretor completa 72 anos hoje! Parabéns para ele!
Lembre alguns momentos marcantes de sua carreira!
Essa cara de mau não engana ninguém! David Cronenberg é um escritor de mão cheia, tendo escrito e publicado pequenas histórias, seguindo os passos de seu pai antes mesmo de começar sua carreira no cinema.
Ele alcançou o status de cult de horror, com suas versões cinematográficas sangrentas e modernas de histórias de vampiros, zumbis e parasitas, como Calafrios (1975) e Enraivecida na Fúria do Sexo (1977), passando por uma fase experimental no cinema independente e em programas de televisão canadenses.
Depois de fazer o controverso e subestimado filme autobiográfio Os Filhos do Medo, em 1979, ele ganhou popularidade. Como? Com o longa Scanners - Sua Mente Pode Destruir, por seu horror telepático e cabeças explodindo.
Segundo Cronenberg, Scanners - Sua Mente Pode Destruir foi o trabalho de direção mais frustrante que ele já teve.
Com Videodrome - A Síndrome do Vídeo, em 1983, Cronenberg se tornou uma espécie de guru da mídia de massa, já que o filme criticava fortemente o efeito da televisão e da estética contemporânea sobre as pessoas. Na foto, o diretor ao lado do ator James Woods.
O diretor continuou explorando em sua arte a dicotomia entre corpo e mente. Assim, fez Na Hora da Zona Morta, baseada no livro de Stephen King. Posteriormente, a trama ganhou um seriado: The Dead Zone.
O mesmo tema sobre mente e corpo foi abordado na refilmagem do famoso filme de terror, A Mosca (1986). O diretor chegou a atuar neste longa e roterizá-lo, como fez em grande parte de suas obras.
No ano 1988, a crítica colocou Cronenberg no foco da mídia devido a um de seus melhores filmes: Gêmeos - Mórbida Semelhança, estrelado por Jeremy Irons.
Cronenberg quase foi o diretor de O Vingador do Futuro (1990), inclusive escreveu os primeiros esboços do roteiro. Ele também teve a chance de dirigir Top Gun - Ases Indomáveis (1986) e RoboCop - O Policial do Futuro (1987), mas nestes dois casos, recusou o trabalho.
Em Mistérios e Paixões, o diretor explorou os mistérios do vício em drogas, com uma pitada de ficção - insetos que dominaram uma agência do governo. Com este longa, Cronenberg passou de ser um diretor de gênero e foi considerado pela crítica como um cineasta realizado.
Os filmes Crash - Estranhos Prazeres, de 1996, e eXistenZ, de 1999, se saíram bem nos Festivais de Berlim e de Cannes. Ambos exploraram a humanidade moderna e da sociedade em constante mudança.
Aos poucos, o diretor começou a abandonar o seu jeito exagerado de filmar, para explorar de forma psicológica as contradições humanas. O primeiro exemplo disso foi Spider - Desafie Sua Mente, estrelado por Ralph Fiennes.
Outro exemplo dessa mudança de direção é Marcas da Violência, estrelado por Viggo Mortensen. O ator é um grande amigo de Cronenberg, e aparece em muitos dos seus filmes.
O ator Viggo Mortensen disse em uma entrevista que Cronenberg não dá apertos de mão: ou ele não cumprimenta você ou ele lhe dá um selinho. Tanto é que o ator e o diretor foram vistos se beijando em diversas ocasiões.
Cronenberg dirigiu Mortensen novamente em Senhores do Crime. O ator foi indicado ao Oscar de Melhor Ator por seu trabalho neste filme.
David Cronenberg durante a direção do filme Um Método Perigoso, estrelado por Keira Knightley, Michael Fassbender e, novamente, Viggo Mortensen.
Cronenberg dirigiu, também, o drama Cosmópolis, no qual trabalhou pela primeira vez ao lado de Robert Pattinson.
O diretor voltou a encontrar o ator Robert Pattinson no filme Mapas Para as Estrelas, que estreia no Brasil na próxima quinta-feira, dia 19.
O premiado diretor, que mudou tanto seu estilo de filmes nos últimos anos, merece ou não merece os parabéns?! 72 aninhos não é para qualquer um!
Feliz Aniversário, David!