Muitas pessoas ainda assistem aos filmes sem nem saber quem é o diretor. Entretanto, este não é o caso de Stanley Kubrick, que conquistou tanto o público quanto a crítica, ao deixar a sua marca registrada nas telonas.
O diretor, responsável por obras-primas como Laranja Mecânica, 2001 - Uma Odisséia no Espaço e O Iluminado, hoje é tido como um cineasta cultuado e de renome.
O artista Martin Woutisseth fez, em 2012, para uma exposição das obras de Kubrick, uma animação homenageando a filmografia dele. Veja a seguir:
Neste dia 07 de março, fazem 16 anos desde a sua morte. Confira os seus trabalhos mais importantes.
Novaiorquino, Stanley Kubrick conquistou o público e a crítica com seus longas-metragens, apesar de ter feito somente 13 deles nos seus 60 anos de vida. Curiosamente, ele também foi indicado ao Oscar 13 vezes. Mas o único prêmio da Academia que recebeu não foi como diretor ou roteirista, mas pelos efeitos especiais de 2001 – Uma Odisséia no Espaço.
Kubrick começou sua carreira com apenas 17 anos, como fotógrafo da revista Look. Nos anos 50, ele economizou dinheiro para fazer seu primeiro documentário, Day of the Fight, no qual, inclusive, atuou. Depois, resolveu fazer outros curtas documentários, entre eles The Seafarers (1953) e Flying Padre (1951).
Medo e Desejo (1953)
Em 1953, o diretor conseguiu investidores para fazer o seu primeiro longa-metragem, na Califórnia: Medo e Desejo. Este é um de seus filmes menos vistos.
O Grande Golpe (1956)
Dois anos depois, Kubrick dirigiu A Morte Passou Por Perto, que foi considerado um longa razoável, e no ano seguinte, O Grande Golpe, que foi um sucesso absoluto. Foram estes dois filmes que colocaram o diretor na mira de Hollywood.
Glória Feita de Sangue (1957)
Em 1957, Kubrick conheceu o ator Kirk Douglas ao dirigi-lo em Glória Feita de Sangue, um estudo sobre a insanidade da guerra que se tornou uma obra-prima incontestável.
Spartacus (1960)
Anos depois, Kirk Douglas estava estrelando e produzindo Spartacus (1960), inicialmente dirigido por Anthony Mann. Como ator e diretor se desentenderam, Douglas convidou Kubrick para assumir o longa. Sua primeira grande produção cinematográfica não abalou o cineasta - subestimado por muitos -, que passou a impor suas ideias e padrões, chateando membros da equipe como o diretor de fotografia Russell Metty. Este reclamou que Kubrick lhe dizia para não fazer nada. Curiosamente, Metty ganhou um Oscar pela fotografia de Spartacus.
Lolita (1962)
Depois de perder a direção de A Face Oculta, estrelado por Marlon Brando (que resolveu dirigir ele mesmo o longa), e de terminar um casamento, Kubrick se mudou para a Inglaterra, onde fez o seu primeiro filme fora das terras americanas: Lolita (1962).
Dr. Fantástico (1964)
Dois anos depois, Kubrick fez Dr. Fantástico, uma sátira da Guerra Fria. Apesar de originalmente ter sido escrito como um drama, já que "nuclear" não era motivo de comédia na época, Kubrick decidiu que muitas das ideias que ele tinha escrito eram muito engraçadas para serem levadas à sério. O sucesso comercial e de crítica do filme deram ao diretor a liberdade criativa que ele desejava.
2001 - Uma Odisséia no Espaço (1968)
Em 1968, Stanley Kubric dirige 2001 – Uma Odisséia no Espaço, um marco no cinema moderno, um cult favorito instantâneo e até hoje considerado um dos melhores filmes de ficção científica existentes. Esta produção levou cinco anos para ser feita e contou com a colaboração do autor do livro em que foi baseado, Arthur C. Clarke, que estava escrevendo a obra ao mesmo tempo em que o filme era produzido. O longa é famoso, também, por eternizar as músicas Assim falou Zaratustra, de Richard Strauss, e Danúbio Azul, de Johann Strauss II.
Laranja Mecânica (1971)
2001 - Uma Odisséia no Espaço abriu portas para Kubrick explorar a ficção científica. Seu próximo filme foi o polêmico e violento Laranja Mecânica (1971), que se passa em uma Inglaterra futurista. Diante de críticas, na época, o diretor chegou a declarar que Tom e Jerry era pior do que a ultra-violência de seu filme, pois mostrava a violência de forma positiva. Suas exigências por perfeição e compromisso obrigaram que os atores e a equipe gravassem dezenas de sequências sem descanso.
O Iluminado (1980)
Depois de recusar a direção da sequência de O Exorcista, Stanley Kubrick resolveu fazer seu próprio filme de terror: O Iluminado (1980), estrelado por Jack Nicholson e baseado no romance de Stephen King. O diretor foi acusado, novamente, de exigir perfeição dos atores.
Stephen King afirma que não gosta da adaptação de Kubrick, por ele ter modicado muito o teor do livro, colocando a sua marca de cineasta. Por esse motivo, muitos dizem que O Iluminado não é uma obra de King e sim de Kubrick, tanto que o autor fez, anos depois, seu próprio roteiro para um novo filme, lançado em 1997, que não fez nem metade do sucesso do longa de Kubrick.
Kubrick fez muitos filmes de guerra. Sete anos depois de O Iluminado (sem ter feito nenhum trabalho nesse meio tempo), ele resolveu retratar a guerra do Vietnã em Nascido Para Matar. Só que sua preocupação com a perfeição o prejudicou, pois enquanto tentava fazer um filme bastante realista, Oliver Stone lançava um ano antes o semelhante Platoon.
Nascido para Matar (1987)
Kubrick fez muitos filmes de guerra. Sete anos depois de O Iluminado (sem ter feito nenhum trabalho nesse meio tempo), ele resolveu retratar a guerra do Vietnã em Nascido Para Matar. Só que sua preocupação com a perfeição o prejudicou, pois enquanto tentava fazer um filme bastante realista, Oliver Stone lançava um ano antes o semelhante Platoon.
De Olhos Bem Fechados (1999)
Com muitos trabalhos em desenvolvimento abandonados ao longo da carreira, Kubrick resolveu unir dois deles, Rhapsody e Blue Movie, e fazer De Olhos Bem Fechados (1999), estrelado por Tom Cruise e Nicole Kidman, que na época eram casados. Este foi o seu último filme, concluído após três anos de trabalho. O diretor viria a falecer em 7 de março, antes mesmo da estreia da obra, que não foi bem recebida pelo público.
Kubrick não gostava de dar entrevistas nem de falar de seus filmes, mas aparece no making of do filme O Iluminado, feito pela sua filha Vivian. Qual é o seu filme favorito do diretor?
