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    Todos os filmes do Studio Ghibli, do pior para o melhor
    Giovanni Rodrigues
    Giovanni Rodrigues
    -Redação
    Já fui aspirante a x-men, caça-vampiros e paleontólogo. Contudo, me contentei em seguir como jornalista. É o misto perfeito entre saber de tudo um pouquinho e falar sobre sua obsessão por nichos que aparentemente ninguém liga (ligam sim).

    É uma missão quase impossível, mas tentamos avaliar todas as produções dos grandes mestres da animação.

    Poucas empresas no mundo do cinema têm uma carreira tão brilhante quanto a do Studio Ghibli, cuja marca registrada é praticamente sempre sinônimo de qualidade. Fundado em 1985 por Hayao Miyazaki, Isao Takahata e Toshio Suzuki, é um emblema da animação japonesa, conhecido por tratar as imagens como pura arte - e não apenas como entretenimento audiovisual - e por criar narrativas emocionantes. Ao longo das décadas, a Ghibli criou mundos fantásticos que exploram a complexidade da experiência humana, a relação com a natureza e a busca pela identidade pessoal.

    Eles têm um estilo especial para contar histórias complexas de uma maneira única. A prova está no fato de que a infância, a comunidade, a mitologia ou o ambientalismo sempre fazem parte de suas produções, mas o fazem com uma beleza visual e espiritual, sem usar vilões tradicionais e sempre convidando à reflexão.

    Isso lhes rendeu aclamação unânime da crítica, mas também do público. Muitos de seus filmes foram grandes sucessos comerciais dentro e fora do Japão e, acima de tudo, continuam sendo joias animadas décadas após seu lançamento.

    Alguns marcos da Ghibli incluem Meu Amigo Totoro, que se tornou o símbolo icônico do estúdio, e A Viagem de Chihiro, que ganhou o Oscar de Melhor Filme de Animação em 2003. A reputação da Ghibli foi construída com base em sua capacidade de transcender barreiras culturais e geracionais e, por isso, damos uma olhada em sua filmografia, tentando classificar suas produções da pior para a melhor.

    A Viagem de Chihiro
    A Viagem de Chihiro
    Data de lançamento 18 de julho de 2003 | 2h 05min
    Criador(es): Hayao Miyazaki
    Com Rumi Hiiragi, Miyu Irino, Mari Natsuki
    Usuários
    4,6
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    24. Aya e a Bruxa

    Studio Ghibli

    O primeiro filme de animação 3D do Studio Ghibli foi Aya e a Bruxa e chegou aos cinemas em 2021, um ano depois do planejado por causa da pandemia. O diretor é Goro Miyazaki, e se o sobrenome dele soa familiar, há um motivo: ele é filho do próprio Hayao. Infelizmente, essa criação não está à altura do charme e da ternura dos outros títulos da empresa e é quase mais interessante por sua história de bastidores.

    A relação entre Goro e seu pai é um tanto especial. Hayao não ficou feliz quando seu filho começou a assumir o controle de seus próprios filmes, pois não o via como alguém preparado, mas Goro continuou. Anos depois de ver o que ele havia feito com Contos de Terramar (2006) - ele demorou um pouco para gostar - ele mudou de ideia e “aceitou Goro”. Os veteranos do estúdio deram sua bênção ao jovem cineasta e o deixaram desenvolver a história com pouca intervenção.

    O resultado, como dizemos, foi um fracasso longe dos padrões Ghibli. A técnica de animação não acrescenta muito a um filme que nunca encontra seu tom, que se debate com personagens sem inspiração e que, em geral, vai do tédio a uma paródia do que o estúdio sempre foi.

    23. Contos de Terramar

    Studio Ghibli

    Goro Miyazaki tomou uma decisão arriscada para seu primeiro longa-metragem. Ele não apenas teve que enfrentar o padrão estabelecido por seu pai - o mestre Hayao - a quem inevitavelmente seria comparado, mas também assumiu a adaptação dos romances de fantasia escritos por Ursula K. Le Guin, um material com milhões de seguidores em todo o mundo que também abriu a porta para possíveis críticas. Le Guin lhe disse claramente que estava desapontada, mas que era “um bom filme”. Seu pai, comedido com as palavras, comentou: “Eu estava observando meu filho. Ele ainda não é um adulto".

    Goro também não foi aclamado pela crítica. Contos de Terramar é um dos filmes mais criticados do estúdio, apesar do esforço evidente em cada quadro. A narrativa é o que mais pesa em uma história que é muito monótona e sem imaginação.

    22. O Reino dos Gatos

    Studio Ghibli

    Hiroyuki Morita, um dos principais animadores da empresa, fez sua estreia na direção com O Reino dos Gatos, um filme divertido e cativante, mas que não se destaca em muitos outros aspectos no catálogo da Ghibli - há tantas obras-primas para classificar que esse, infelizmente, fica para trás.

    Haru é uma adolescente tímida e com pouca autoconfiança. Um dia, ela salva um gato de ser atropelado por um caminhão e sua vida vira de cabeça para baixo. Ela não sabe que o gato que salvou é Lune, príncipe do reino dos gatos, e ela se torna uma espécie de divindade felina. Lune o convida para ir ao seu reino e propõe que ela se torne sua esposa, então Haru, que não conseguiu recusar de jeito nenhum, mergulha nesse universo curioso em que diferentes personagens tentarão ajudá-la.

    21. O Castelo no Céu

    Studio Ghibli

    O primeiro filme de animação desenvolvido oficialmente sob a égide da Ghibli foi O Castelo no Céu, conhecido em alguns países pelo título Laputa - em homenagem a uma ilha flutuante com esse nome, para que você não tenha uma ideia errada. O filme foi lançado em 1986 e surgiu da experiência de Miyazaki no País de Gales, onde ele viu em primeira mão a greve dos mineiros de carvão. Como sempre acontece, o filme explora questões ambientais e filosofia ecológica.

    A história acompanha dois jovens, Pazu e Sheeta, que tentam impedir que um grupo de militares obtenha o controle de uma pedra mágica que os levaria a uma ilha lendária. É um anime divertido e bonito, mas muito menos envolvente do que os outros títulos do estúdio e, às vezes, um pouco monótono.

    20. Eu Posso Ouvir o Oceano

    Studio Ghibli

    Eu Posso Ouvir o Oceano foi uma maneira de a Ghibli experimentar novos formatos. Foi o primeiro filme a ser lançado diretamente na televisão e também o único em que Miyazaki e Takahata ficaram de fora, deixando Tomomi Mochizuki e Kaori Nakamura, os jovens talentos do estúdio, assumirem o controle.

    O resultado foi bom? Certamente não foi um desastre. O filme mostra o desejo dos novos talentos de contar histórias e eles acabam construindo uma animação com muito charme, simpatia e sentimento. Menos de uma hora e meia de amizade e amor.

    19. O Serviço de Entregas da Kiki

    Studio Ghibli

    O Serviço de Entregas da Kiki foi o filme da Ghibli que realmente fez perceber o perfil único de protagonistas que as equipes de Miyazaki e Takahata utilizam. Aqui, uma bruxa de 13 anos se separa de sua família porque chegou sua hora e procura um vilarejo onde possa começar sua vida por conta própria. Assim, ela inicia um negócio de correio.

    Essa é a premissa dessa história infantil que, pessoalmente, fica muito atrás de outros títulos do estúdio, como O Castelo Viajante ou Princesa Mononoke, mas que não podemos deixar de recomendar por seus fortes valores. Um ritmo lento, uma história sem conflitos e um gosto final de pura felicidade é o que torna esse filme tão simples e, ao mesmo tempo, tão complexo de ser lançado, pois quem poderia fazer um filme em que, na realidade, nada acontece e sair dele com louvor? Somente Ghibli.

    18. Meus Vizinhos, Os Yamadas

    Studio Ghibli

    É difícil acreditar que Meus Vizinhos, Os Yamadas venha da mesma mente que o diretor de Túmulo dos Vaga-Lumes, sendo o primeiro uma comédia animada encantadora e o segundo um dos primeiros traumas que enfrentamos na vida. Entre os dois, Isao Takahata decidiu que não queria mais dramas e pediu para se voltar mais para a ternura. Ele fez isso primeiro com Pompoko e, alguns anos depois, com essa adaptação de uma famosa história em quadrinhos japonesa.

    Pode não ter a beleza de produções como Princesa Kaguya - que foi lançado em 2016 - ou Memórias de Ontem, mas Meus Vizinhos, Os Yamadas tem uma humanidade especial, o que o torna um filme perfeito para assistir quando se quer terminar com um sorriso. Como se costuma dizer, “um bálsamo calmante”.

    17. PomPoko: A Grande Batalha dos Guaxinins

    Studio Ghibli

    Um dos filmes mais japoneses do estúdio. No centro da história estão os tanuki, uma raça japonesa de cães, que têm a capacidade de se transformar em humanos ou em qualquer criatura que desejarem. Pompoko é inspirado no folclore japonês e na tradicional mensagem Ghibli de cuidado com o meio ambiente e apreciação da natureza.

    Embora a ideia tenha sido de Miyazaki, foi Takahata quem a adotou. Ele estava ansioso para fazer uma comédia depois de Túmulo dos Vaga-lumes (1988) e Memórias de Ontem (1991), então os tanuki foram uma boa resposta. Pompoko não costuma figurar entre os melhores filmes da empresa, mas é uma grande contribuição para seu catálogo. Uma obra única que agrada do começo ao fim.

    16. O Mundo dos Pequeninos

    Studio Ghibli

    Lançado em 2010, O Mundo dos Pequeninos é o primeiro filme dirigido por Hiromasa Yonebayashi, um dos animadores do estúdio. Ele é a pessoa mais jovem a dirigir um projeto Ghibli e, embora não seja uma de suas obras-primas, é um filme divertido, gentil e muito sólido que mantém o legado de forma digna.

    Se você já assistiu a Os Pequeninos em algum momento de sua infância, o enredo de O Mundo dos Pequeninos lhe parecerá familiar, pois é uma nova adaptação do romance escrito por Mary Norton. O filme se concentra em uma família de pequenas criaturas que vivem escondidas sob uma casa de fazenda. O pai e a filha fazem incursões no mundo humano em busca de suprimentos e, em uma dessas incursões, são descobertos. Assim começa o relacionamento especial entre Arrietty e a criança que vive na casa.

    15. Sussurros no Coração

    Studio Ghibli

    Sussurros no Coração foi a carta de apresentação do homem que viria a ser o sucessor de Miyazaki e Takahata: Yoshifumi Kondo. O estúdio ficou muito interessado nele e permitiu que dirigisse esse filme com um roteiro do próprio Miyazaki. O filme foi muito bem recebido, mas Kondo morreu em 1998, deixando apenas um filme para trás.

    Essa ficção se concentra em Shizuku Tsukishima, uma estudante de 14 anos que descobre que todos os livros que ela retira da biblioteca já passaram por Seiji Amasawa, um garoto que não sabe quem ele é. Seus caminhos se cruzam em uma curiosa loja de antiguidades de propriedade da família Tsukishima, e eles se tornam amigos.

    14. Da Colina Kokuriko

    Studio Ghibli

    A segunda tentativa de Goro Miyazaki de provar que é capaz de contar boas histórias deu certo. Baseado no mangá de mesmo nome, Da Colina Kokuriko é o filme de Goro que mais se aproxima da essência do estúdio e, talvez por isso, por respeitar as regras não escritas de suas produções, é o que teve melhor resultado.

    No Japão de 1963, Umi Matsuzaki é uma estudante do ensino médio que cuida de seus irmãos mais novos e da avó enquanto administra uma pensão no topo de uma colina. Um dia, ela conhece Shun Kazama, outro jovem com quem desenvolve uma bela amizade, transformando esse filme em uma demonstração de ternura e charme.

    13. As Memórias de Marnie

    Studio Ghibli

    Em 2014, o Studio Ghibli anunciou que iria fechar temporariamente. Miyazaki havia se aposentado em setembro de 2013 e, com Isao Takahata também aposentado - ele faleceu em 2018 -, eles decidiram tirar um tempo para planejar seu futuro. Antes da pausa, lançaram As Memórias de Marnie, de Hiromasa Yonebayashi. Depois do balde água fria, o filme deixou um sabor doce o suficiente para superar a sensação ruim.

    A história se concentra em Anna Sasaki, uma garota que vive em uma família adotiva. Ela tem asma, então seus pais a mandam para a casa de um parente próximo, à beira-mar. Lá, ela conhece Marnie, uma garota misteriosa com quem forma uma amizade muito especial.

    12. Porco Rosso: O Último Herói Romântico

    Studio Ghibli

    Mais uma vez, Miyazaki foi influenciado pelo conflito - nesse caso, a Primeira Guerra Mundial - para desenvolver uma história magnética sobre piratas do ar. Porco Rosso: O Último Herói Romântico foi um grande sucesso no Japão e também não fez feio no exterior. Com o passar do tempo, e apesar de ser um dos filmes mais subestimados, ele apareceu em várias listas dos melhores filmes de animação da história e, apesar de acharmos que a Ghibli tem outras produções melhores, não podemos deixar de recomendá-lo.

    O filme acompanha um experiente piloto militar italiano que, após ver seu parceiro morrer, recebe um feitiço que o transforma em um porco. Um dos filmes mais complexos do estúdio, com várias camadas a serem descobertas.

    11. Vidas ao Vento

    Studio Ghibli

    Hayao Miyazaki não dirigia um filme há cinco anos - Ponyo foi o último - e voltou à ação com Vidas ao Vento, baseado em um mangá que ele mesmo havia escrito alguns anos antes. O mestre da animação queria contar a história da vida de Jiro Horikoshi, uma figura famosa da Segunda Guerra Mundial, e, depois de fazer isso no papel, transferiu-a para a tela.

    Miyazaki retorna a um terreno que conhece bem - o do conflito - sob um ângulo diferente. Não havia dúvidas sobre seu retorno e o que ele oferece ao espectador é, mais uma vez, um espetáculo visual fascinante e uma história cheia de camadas, emoções e mensagens. Um dos melhores filmes de Ghibli.

    10. Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar

    Studio Ghibli

    Ponyo - Uma Amizade que Veio do Mar tem tudo o que se pede de um filme do estúdio. Beleza visual sem igual, uma bela história no centro de tudo e uma riqueza de belas emoções. Para mim, esse é o resumo do Ghibli, e Ponyo reúne tudo isso ponto a ponto, graças à amizade entre um garoto de 5 anos e um peixinho dourado que quer ser humano.

    O filme é dirigido por Hayao Miyazaki, que o desenvolveu com uma mistura de A Pequena Sereia, de Hans Christian Andersen, a inocência de uma criança e seu desejo de trabalhar em uma animação meticulosa. Ele investiu 170 mil imagens individuais no filme, mais do que qualquer outro título do estúdio.

    9. Memórias de Ontem

    Studio Ghibli

    O sucesso de Memórias de Ontem, o quinto filme oficial do Studio Ghibli e o sétimo dirigido por Isao Takahata, acabou sendo um sucesso inesperado. Takahata, que havia acabado de nos traumatizar com Túmulo dos Vaga-lumes, acertou em cheio ao combinar elementos para o público infantil e adulto. Assim, ele se tornou o filme japonês de maior bilheteria de 1991.

    Taeko Okahima é uma garota de 27 anos que sempre viveu em Tóquio, mas decide fugir para Yamagata por alguns dias com a família de sua irmã para ficar longe de tudo. Lá, ela entra em uma jornada de regressão à sua infância. Ela se vê como uma colegial e se lembra de todos os seus colegas de classe, que moram fora da cidade. Taeko se lembra de sua puberdade, de suas dificuldades com a matemática e de seus primeiros romances, o que inevitavelmente a leva a se perguntar se foi fiel àquela garota. Uma história requintada e essencial.

    8. O Menino e a Garça

    Studio Ghibli

    O último filme lançado sob o selo Ghibli não é um título menor, mas um trabalho de crepúsculo do mestre Miyazaki que só foi possível graças à sua longa e veterana carreira. Um melodrama existencial em que Mahito, o protagonista de 12 anos, perde a mãe em um incêndio e, anos depois, precisa superar a dor mudando-se para uma casa no campo. Lá, sendo vítima de bullying e forçado a fazer parte de uma nova família, ele encontra consolo na fantasia.

    O Menino e a Garça é um filme sombrio, mas belo. Uma joia de artesanato que provoca sensações viscerais e esmaga o espectador com sua enorme sensibilidade. Se for realmente o último trabalho de Miyazaki, é um broche de ouro.

    7. Nausicaä do Vale do Vento

    Studio Ghibli

    Hesitamos em incluir esse filme na lista, mas, apesar de ter sido lançado um ano antes da fundação do Studio Ghibli, não podemos deixar de fora um filme criado por Miyazaki, Isao Takahata e Toshio Suzuki - grandes figuras da empresa - que eles mesmos consideram parte de seu catálogo. Portanto, se eles consideram isso, Nausicaä do Vale do Vento é Ghibli, ponto final.

    Nausicaä é uma princesa do Vale do Vento que luta contra o reino de Tormekia, que quer massacrar a Floresta Poluída e os insetos que a habitam. Nesse filme, encontramos temas que mais tarde se repetiriam nas histórias do estúdio, como a proteção dos recursos naturais, o amor pela natureza, um conflito bélico e, é claro, uma protagonista guerreira com bom coração e força de vontade.

    6. O Conto da Princesa Kaguya

    Studio Ghibli

    O Conto da Princesa Kaguya, dirigido por Isao Takahata, é uma joia cinematográfica que deve ser apreciada com a mesma delicadeza com que parece ter sido feita. Na época, foi o filme japonês mais caro da história, com um orçamento de 49,3 milhões de dólares, e também foi o último filme dirigido por Takahata antes de sua morte. O cineasta nos deixou um testemunho incomparável.

    Ele é baseado em uma história clássica do folclore japonês: O Conto do Cortador de Bambu, também conhecido como O Conto da Princesa Kaguya. A história de anciãos sem filhos encontra na floresta, dentro de um talo de bambu, uma pequena menina. Ela logo se transforma em um bebê que cresce aos trancos e barrancos. O casal cuida dela e, sabendo que ela se tornará uma princesa querida, fornece-lhe tudo o que ela precisa. A menina, no entanto, sempre preferiu a vida no campo.

    5. Túmulo dos Vaga-Lumes

    Studio Ghibli

    Quantas crianças ficaram traumatizadas depois de ver Túmulo dos Vaga-Lumes? Quando assisti ao filme pela primeira vez, eu já era adulto e, mesmo assim, ele deixou uma marca indelével em mim que fez com que, anos depois, eu ainda não conseguisse encará-lo novamente. Não quero sofrer mais.

    O filme de Isao Takahata, baseado nas próprias experiências de Akiyuki Nosaka, conta a história da vida difícil de dois irmãos nos últimos meses da Segunda Guerra Mundial. Mais uma vez, Ghibli trata os horrores da guerra com uma beleza requintada, mas, dessa vez, ele não busca a esperança e os finais felizes. Takahata opta por uma forma mais realista e crua de viver o conflito. Um filme imperdível e absolutamente contra a guerra.

    4. Princesa Mononoke

    Studio Ghibli

    A Ghibli sempre foi conhecida por transmitir mensagens complexas e poderosas às crianças de uma forma bonita e bem pensada. Princesa Mononoke é exatamente isso. Superficialmente, é uma história de guerreiros, mas, em seu cerne, é uma denúncia contra a exploração de recursos naturais, o ódio entre os povos e o egoísmo puro e simples dos seres humanos.

    Esse filme de 1997 se passa no período Muromachi, onde os guardiões da floresta tentam impedir que os humanos profanem suas terras. Ashitaka é um príncipe que, depois de ser atacado por um demônio, precisa deixar sua aldeia para buscar a cura para uma morte quase certa. Ele chega à cidade de ferro, onde Lady Eboshi está em guerra com os deuses. Uma aventura épica cheia de camadas

    3. O Castelo Animado

    Studio Ghibli

    A oitava produção dirigida por Hayao Miyazaki também é uma das favoritas dos fãs da Ghibli. Seu impressionante mundo de fantasia, o elenco único de personagens - ninguém imaginava que um fogo, um moleiro, um feiticeiro e um órfão se encaixariam tão bem - e, como sempre, o delicado cenário de guerra fazem com que O Castelo Animado tenha ficado gravado em nossas mentes para sempre.

    Quando Miyazaki começou a trabalhar no filme, ele foi fortemente influenciado pela invasão do Iraque em 2003. Ele estava furioso com o que aconteceu e queria enviar uma mensagem pacifista e, ao mesmo tempo, abordar outros temas comuns em seu trabalho, como o feminismo. Na época, o diretor declarou que essa é uma de suas criações favoritas e nós concordamos.

    2. A Viagem de Chihiro

    Studio Ghibli

    Mesmo aqueles que não assistiram a nenhum filme do Studio Ghibli ou não têm interesse em animação japonesa sabem o que é A Viagem de Chihiro - ou até mesmo gostaram do filme. Esse filme de Hayao Miyazaki é um dos pilares da empresa e está no topo de muitas listas de melhores filmes. Não é de surpreender que a aventura de Chihiro, de 10 anos, seja - como sempre - uma bela maneira de expor sua busca por liberdade e criar um mundo de fantasia tão rico e original que poucos filmes conseguiram igualar.

    Miyazaki desenvolveu essa história inspirado pela filha de amigos que visitavam sua casa todos os anos e criou o filme de maior sucesso da Ghibli. Foi o filme de maior bilheteria do cinema japonês até a chegada de Demon Slayer em 2020 e ganhou o Oscar de Melhor Filme de Animação.

    1. Meu Amigo Totoro

    Studio Ghibli

    O calor de Meu Amigo Totoro e a ternura que ele exala em cada uma de suas cenas fazem dele o filme mais querido entre todos os filmes criados pelo Studio Ghibli. Esse filme, lançado em 1988, foi a porta de entrada para o mundo da animação japonesa para muitas crianças criadas nos anos 90, que o guardam com especial carinho em seus corações.

    Pode não apresentar um universo tão rico quanto O Castelo Animado ou A Viagem de Chihiro, mas a relação dessas duas irmãs, Satsuki e Mei, com o enorme Totoro em um dos episódios mais difíceis de sua infância - a doença de sua mãe - é construída com uma sensibilidade que poucos conseguem alcançar. Tudo isso é decorado com elementos fantásticos - o Catbus, o susuwatari e, é claro, Totoro - que já são icônicos.

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